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Os melhores e os piores investimentos do ano

Tesouro Direto é a melhor aplicação de renda fixa e dólar fecha o ano como o melhor investimento, considerando as aplicações em renda fixa e renda variável

Com alta da Selic, investimentos atrelados à taxa, como poupança nova, LFTs e fundos DI se beneficiam (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2013 às 20h51.

*Texto atualizado às 20h45 do dia 28/06/2013

São Paulo – No primeiro semestre, os títulos do Tesouro Direto que remuneram o investidor de acordo com a variação da Selic, as Letras Financeiras do Tesouro (LFT), com prazo de vencimento em 2014 e 2015, foram os investimentos com melhor resultado entre as aplicações em renda fixa, que são as mais conservadoras.Considerando todas as aplicações, em renda fixa e renda variável, o dólar fechou com a maior rentabilidade do ano.

Os resultados mensais e semestrais ajudam o investidor a balancear sua carteira de aplicações financeiras , mas para tomar uma decisão sobre qual investimento escolher é preciso estudar quais foram os rendimentos das aplicações em um prazo maior, quais são seus fundamentos e se eles combinam com os objetivos do investidor. Um investimento com ótimos resultados neste semestre pode não ser a melhor opção para o mês seguinte, afinal, rentabilidade passada não é garantia de retorno futuro.

Confira na tabela o ranking de desempenho de cada aplicação, além dos índices de inflação (IPCA e IGP-M), o principal índice da Bolsa (Ibovespa) e as taxas básicas de juros (Selic e CDI). E veja em seguida a análise dos investimentos em renda fixa e em renda variável.

AplicaçãoDesempenho no anoDesempenho em junhoFechamento em
Dólar comercial8,97%4,17%28/06/2013
IPCA (estimativa do Banco Central)5,86%**0,32%21/06/2013
IGP-M (estimativa do Banco Central)4,58%**0,51%21/06/2013
Selic*3,53%0,66%27/06/2013
LFT (vencimento em 07/03/2015)3,49%0,62%27/06/2013
LFT (vencimento em 07/03/2014)*3,48%0,65%27/06/2013
Fundos referenciados DI*3,46%0,64%25/06/2013
CDI*3,45%0,64%27/06/2013
Poupança antiga3,03%0,50%27/06/2013
Fundos de Renda Fixa*2,60%0,01%25/06/2013
Poupança nova*2,53%0,42%27/06/2013
NTN-F (vencimento em 01/01/2014)*2,48%0,32%27/06/2013
LTN (vencimento em 01/01/2014)*2,44%0,31%27/06/2013
Fundos Multimercado Macro*2,04%-0,79%25/06/2013
Fundos Multimercados Juros e Moedas*0,92%-0,91%25/06/2013
Fundos Multimercado Multiestratégia*0,75%-0,94%25/06/2013
NTN-B (vencimento em 15/05/2015)*0,23%-1,27%27/06/2013
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2015)*0,02%-1,34%27/06/2013
LTN (vencimento em 01/01/2016)*-1,86%-2,74%27/06/2013
NTN-F (vencimento em 01/01/2017)*-2,72%-3,01%27/06/2013
Fundos de ações livres*-7,75%-9,87%25/06/2013
Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX)-9,079%-7,25%28/06/2013
Fundos de ações dividendos*-9,77%-11,17%25/06/2013
Fundos de ações Ibovespa Ativo*-12,62%-12,03%25/06/2013
Fundos de ações Small Caps*-13,62%-12,31%25/06/2013
NTN-B (vencimento em 15/08/2050)*-16,17%-9,94%27/06/2013
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2035)*-19,19%-13,95%27/06/2013
Ouro-21,92-9,62%28/06/2013
Ibovespa-22,14%-11,30%28/06/2013

Fontes: Banco Central, BM&FBovespa, Tesouro Nacional e Anbima.

(*) Últimos 30 dias até a data de fechamento

(**) Expectativa de inflação para o ano de 2013.


Renda fixa

Entre as aplicações de renda fixa, que são mais conservadoras e têm sua forma de remuneração pré-definida,as Letras Financeiras do Tesouro (LFT), com vencimento em 2015 e 2014, tiveram a maior rentabilidade do ano. E osfundos referenciados DI, que investem em papéis atrelados ao CDI (taxa de juros semelhante à Selic), ocuparam o terceiro lugar do ranking, se considerados apenas os investimentos de renda fixa.

Por acompanharem a variação da Selic, ambos os investimentos tiveram um bom resultado já que nos últimos meses a taxa básica de juros foi elevada para 8,00% ao ano. E com a perspectiva de elevação da taxa aos 9,25% ao ano, a tendência é que os dois investimentos mantenham uma boa rentabilidade nos próximos meses.

Mas, para obter bons resultados nas duas aplicações o investidor deve ficar atento às taxas cobradas pela corretora. No Tesouro Direto, inclusive, é possível investir por meio de corretoras que não cobram taxa de administração ( veja as taxas cobradas por instituição ).

A poupança que vale pela nova regra (rendimento de 70% da Selic mais a TR, taxa que atualmente está próxima a zero) também foi beneficiada pela Selic mais alta e escalou algumas posições em junho em relação aos meses passados, superando alguns fundos de renda fixa e alguns títulos do Tesouro na comparação mensal.

A poupança antiga (que rende 0,5% ao mês mais a TR) ficou em uma posição ainda mais privilegiada no ranking, naturalmente. Sua vantagem frente a outros investimentos no atual patamar da taxa Selic reforça a ideia de que é preciso pensar bem antes de sacar os recursos que ainda são remunerados pela regra antiga da caderneta.

Também ficaram bem posicionadas as Notas do Tesouro Nacional série F (NTN-Fs) com vencimento em 2014 e as Letras do Tesouro Nacional (LTN) também com vencimento em 2014. Os dois títulos pagam ao investidor uma taxa de juro prefixada.

As Notas do Tesouro Nacional série B com vencimento em 2035 e 2050 ficaram entre os piores investimentos do ano. Esses papéis remuneram o investidor com uma taxa prefixada mais a variação da inflação medida pelo IPCA. Mas, se o investidor resgata o título antes vencimento, ele se sujeita às oscilações do mercado e pode vender a NTN-B em um momento de baixa, perdendo dinheiro.

Como a inflação tem subido em uma velocidade menor nesse ano, as NTN-Bs perdem sua atratividade e por isso registram um rendimento ruim no resultado semestral.

Mesmo assim, especialistas recomendam o investimento nas NTN-Bs para quem visa o longo prazo, já que se o título for levado até o vencimento, ele garante uma remuneração acima da inflação ao investidor, enquanto outros investimentos podem não bater a alta dos preços.Além disso, atualmente as taxas das NTN-Bs estão bem elevadas, próximas a 6% ao ano (sem contar o IPCA).

Os títulos do Tesouro Direto mostrados na tabela que estão disponíveis para compra atualmente são as NTN-B Principal com vencimento em 2035, as NTN-B com vencimento em 2050 e as LTN com vencimento em 2016.


Renda variável

O principal índice de referência da Bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou o mês de junho com uma queda abrupta de -11,30%. No ano, a desvalorização é de-22,14%, a maior queda semestral desde o segundo semestre de 2008, quando o índice caiu 42%.

A maior parte das aplicações de renda variável (que não têm uma forma de remuneração pré-definida) fecharam o mês no negativo e puxaram para baixo os resultados do acumulado do ano. Esses investimentos, sobretudo aqueles ligados à Bolsa, sofrem em momentos que o mercado está pessimista porque são muito mais influenciados pelos humores dos investidores do que algumas aplicações de renda fixa.

Contribuíram para o desânimo dos investidores em junho as quedas das empresas "X", de Eike Batista, e a sinalização de redução da compra de títulos pelo banco central americano, Federal Reserve, oque diminui a liquidez de dólar no mercado e provoca a redução do fluxo de investimentos estrangeiros em economias emergentes. Maso fato que pode terpesadomaisnos resultados foi apiora da economia doméstica, com o fraco crescimento do PIB, inflação em alta e fracos dados da balança comercial.

Na contramão dos outros investimentos em renda variável, o dólar teve a maior valorização do ano. Com a retomada da confiança na economia americana, investidores de todo o mundo tendem a reduzir suas posições em outros países para investir no dólar,que representa uma maior segurança frente a outras moedas.Com menos dólares também aqui no Brasil, a cotação da moeda se eleva no mercado nacional.

Apesar das recentes altas da moeda,a aplicação é indicada apenas como instrumento de diversificação e para investidores com forte apetite a risco. Por seremmuito sensíveis ao cenário macroeconômico, osinvestimentos atrelados a moedas são extremamente voláteis.

Os fundos imobiliários também ficaram entre os piores resultados do ano. A performance desses fundos é medida pelo Índice de Investimentos em Fundos Imobiliários (IFIX), que inlcui as cotas dos fundos mais negociados em Bolsa. A desaceleração da economia e a acentuada valorização desses fundos no ano passado e no início desse ano podem explicar a perda de atratividade da aplicação neste primeiro semestre.

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*Texto atualizado às 20h45 do dia 28/06/2013

São Paulo – No primeiro semestre, os títulos do Tesouro Direto que remuneram o investidor de acordo com a variação da Selic, as Letras Financeiras do Tesouro (LFT), com prazo de vencimento em 2014 e 2015, foram os investimentos com melhor resultado entre as aplicações em renda fixa, que são as mais conservadoras.Considerando todas as aplicações, em renda fixa e renda variável, o dólar fechou com a maior rentabilidade do ano.

Os resultados mensais e semestrais ajudam o investidor a balancear sua carteira de aplicações financeiras , mas para tomar uma decisão sobre qual investimento escolher é preciso estudar quais foram os rendimentos das aplicações em um prazo maior, quais são seus fundamentos e se eles combinam com os objetivos do investidor. Um investimento com ótimos resultados neste semestre pode não ser a melhor opção para o mês seguinte, afinal, rentabilidade passada não é garantia de retorno futuro.

Confira na tabela o ranking de desempenho de cada aplicação, além dos índices de inflação (IPCA e IGP-M), o principal índice da Bolsa (Ibovespa) e as taxas básicas de juros (Selic e CDI). E veja em seguida a análise dos investimentos em renda fixa e em renda variável.

AplicaçãoDesempenho no anoDesempenho em junhoFechamento em
Dólar comercial8,97%4,17%28/06/2013
IPCA (estimativa do Banco Central)5,86%**0,32%21/06/2013
IGP-M (estimativa do Banco Central)4,58%**0,51%21/06/2013
Selic*3,53%0,66%27/06/2013
LFT (vencimento em 07/03/2015)3,49%0,62%27/06/2013
LFT (vencimento em 07/03/2014)*3,48%0,65%27/06/2013
Fundos referenciados DI*3,46%0,64%25/06/2013
CDI*3,45%0,64%27/06/2013
Poupança antiga3,03%0,50%27/06/2013
Fundos de Renda Fixa*2,60%0,01%25/06/2013
Poupança nova*2,53%0,42%27/06/2013
NTN-F (vencimento em 01/01/2014)*2,48%0,32%27/06/2013
LTN (vencimento em 01/01/2014)*2,44%0,31%27/06/2013
Fundos Multimercado Macro*2,04%-0,79%25/06/2013
Fundos Multimercados Juros e Moedas*0,92%-0,91%25/06/2013
Fundos Multimercado Multiestratégia*0,75%-0,94%25/06/2013
NTN-B (vencimento em 15/05/2015)*0,23%-1,27%27/06/2013
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2015)*0,02%-1,34%27/06/2013
LTN (vencimento em 01/01/2016)*-1,86%-2,74%27/06/2013
NTN-F (vencimento em 01/01/2017)*-2,72%-3,01%27/06/2013
Fundos de ações livres*-7,75%-9,87%25/06/2013
Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX)-9,079%-7,25%28/06/2013
Fundos de ações dividendos*-9,77%-11,17%25/06/2013
Fundos de ações Ibovespa Ativo*-12,62%-12,03%25/06/2013
Fundos de ações Small Caps*-13,62%-12,31%25/06/2013
NTN-B (vencimento em 15/08/2050)*-16,17%-9,94%27/06/2013
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2035)*-19,19%-13,95%27/06/2013
Ouro-21,92-9,62%28/06/2013
Ibovespa-22,14%-11,30%28/06/2013

Fontes: Banco Central, BM&FBovespa, Tesouro Nacional e Anbima.

(*) Últimos 30 dias até a data de fechamento

(**) Expectativa de inflação para o ano de 2013.


Renda fixa

Entre as aplicações de renda fixa, que são mais conservadoras e têm sua forma de remuneração pré-definida,as Letras Financeiras do Tesouro (LFT), com vencimento em 2015 e 2014, tiveram a maior rentabilidade do ano. E osfundos referenciados DI, que investem em papéis atrelados ao CDI (taxa de juros semelhante à Selic), ocuparam o terceiro lugar do ranking, se considerados apenas os investimentos de renda fixa.

Por acompanharem a variação da Selic, ambos os investimentos tiveram um bom resultado já que nos últimos meses a taxa básica de juros foi elevada para 8,00% ao ano. E com a perspectiva de elevação da taxa aos 9,25% ao ano, a tendência é que os dois investimentos mantenham uma boa rentabilidade nos próximos meses.

Mas, para obter bons resultados nas duas aplicações o investidor deve ficar atento às taxas cobradas pela corretora. No Tesouro Direto, inclusive, é possível investir por meio de corretoras que não cobram taxa de administração ( veja as taxas cobradas por instituição ).

A poupança que vale pela nova regra (rendimento de 70% da Selic mais a TR, taxa que atualmente está próxima a zero) também foi beneficiada pela Selic mais alta e escalou algumas posições em junho em relação aos meses passados, superando alguns fundos de renda fixa e alguns títulos do Tesouro na comparação mensal.

A poupança antiga (que rende 0,5% ao mês mais a TR) ficou em uma posição ainda mais privilegiada no ranking, naturalmente. Sua vantagem frente a outros investimentos no atual patamar da taxa Selic reforça a ideia de que é preciso pensar bem antes de sacar os recursos que ainda são remunerados pela regra antiga da caderneta.

Também ficaram bem posicionadas as Notas do Tesouro Nacional série F (NTN-Fs) com vencimento em 2014 e as Letras do Tesouro Nacional (LTN) também com vencimento em 2014. Os dois títulos pagam ao investidor uma taxa de juro prefixada.

As Notas do Tesouro Nacional série B com vencimento em 2035 e 2050 ficaram entre os piores investimentos do ano. Esses papéis remuneram o investidor com uma taxa prefixada mais a variação da inflação medida pelo IPCA. Mas, se o investidor resgata o título antes vencimento, ele se sujeita às oscilações do mercado e pode vender a NTN-B em um momento de baixa, perdendo dinheiro.

Como a inflação tem subido em uma velocidade menor nesse ano, as NTN-Bs perdem sua atratividade e por isso registram um rendimento ruim no resultado semestral.

Mesmo assim, especialistas recomendam o investimento nas NTN-Bs para quem visa o longo prazo, já que se o título for levado até o vencimento, ele garante uma remuneração acima da inflação ao investidor, enquanto outros investimentos podem não bater a alta dos preços.Além disso, atualmente as taxas das NTN-Bs estão bem elevadas, próximas a 6% ao ano (sem contar o IPCA).

Os títulos do Tesouro Direto mostrados na tabela que estão disponíveis para compra atualmente são as NTN-B Principal com vencimento em 2035, as NTN-B com vencimento em 2050 e as LTN com vencimento em 2016.


Renda variável

O principal índice de referência da Bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou o mês de junho com uma queda abrupta de -11,30%. No ano, a desvalorização é de-22,14%, a maior queda semestral desde o segundo semestre de 2008, quando o índice caiu 42%.

A maior parte das aplicações de renda variável (que não têm uma forma de remuneração pré-definida) fecharam o mês no negativo e puxaram para baixo os resultados do acumulado do ano. Esses investimentos, sobretudo aqueles ligados à Bolsa, sofrem em momentos que o mercado está pessimista porque são muito mais influenciados pelos humores dos investidores do que algumas aplicações de renda fixa.

Contribuíram para o desânimo dos investidores em junho as quedas das empresas "X", de Eike Batista, e a sinalização de redução da compra de títulos pelo banco central americano, Federal Reserve, oque diminui a liquidez de dólar no mercado e provoca a redução do fluxo de investimentos estrangeiros em economias emergentes. Maso fato que pode terpesadomaisnos resultados foi apiora da economia doméstica, com o fraco crescimento do PIB, inflação em alta e fracos dados da balança comercial.

Na contramão dos outros investimentos em renda variável, o dólar teve a maior valorização do ano. Com a retomada da confiança na economia americana, investidores de todo o mundo tendem a reduzir suas posições em outros países para investir no dólar,que representa uma maior segurança frente a outras moedas.Com menos dólares também aqui no Brasil, a cotação da moeda se eleva no mercado nacional.

Apesar das recentes altas da moeda,a aplicação é indicada apenas como instrumento de diversificação e para investidores com forte apetite a risco. Por seremmuito sensíveis ao cenário macroeconômico, osinvestimentos atrelados a moedas são extremamente voláteis.

Os fundos imobiliários também ficaram entre os piores resultados do ano. A performance desses fundos é medida pelo Índice de Investimentos em Fundos Imobiliários (IFIX), que inlcui as cotas dos fundos mais negociados em Bolsa. A desaceleração da economia e a acentuada valorização desses fundos no ano passado e no início desse ano podem explicar a perda de atratividade da aplicação neste primeiro semestre.

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