Os melhores e os piores carros para se enfrentar uma enchente

São Paulo – Com a chegada do verão, aumentam os temores de estragos por conta das fortes chuvas e alagamentos. Nessa época, muitos motoristas hesitam em sair com o carro quando parece que o tempo vai virar, e não é por menos. O conserto de danos causados pela água é trabalhoso e pesa no bolso. Alguns automóveis, porém, enfrentam alagamentos com mais facilidade que outros. Carros mais altos, como os utilitários esportivos, estão menos expostos a estragos, enquanto os populares – os hatchs compactos – sofrem. O Centro de Experimentação e Segurança Viária (CESVI) desenvolveu um índice de enchentes para mensurar o risco de cada modelo de sofrer danos em caso de cheias, que os classifica de 0,5 a 5 estrelas. Quanto melhor a nota, menor o risco de apresentar estragos em enchentes que provoquem a parada do veículo. São analisados os riscos de sofrer calço hidráulico (entrada de água na câmara de combustão, causando danos aos componentes internos), e de comprometer o funcionamento do carro por danos em componentes fundamentais. A nota mais baixa dos carros testados em 2011 pelo CESVI foi 1, e a mais alta, 5. O site da entidade dispõe de uma ferramenta para buscar os modelos e compará-los. Conheça a seguir os modelos mais e menos resistentes aos danos causados por enchentes:

O carro mais vendido do país não foi feito para enfrentar os alagamentos que afligem as cidades brasileiras. O Novo Gol, modelo 1.0 8V de cinco portas total flex, recebeu apenas uma estrela no índice do CESVI. Por sinal, quase todos os carros compactos testados em 2011, especialmente os hatchs, tiveram notas abaixo de 2,5. O outro modelo testado da Volkswagen, o Novo Spacefox, categoria SW compacta, obteve três estrelas

O econômico Fiat Mille Fire Economy, outro hatch compacto, também obteve apenas uma estrela. Foram testados os modelos 1.0 de três e cinco portas, ambos flex. De acordo com Gerson Burin, analista técnico do Cesvi, os hatchs e demais veículos compactos tendem a parar ou sofrer mais danos durante os alagamentos em função da pequena distância de seus componentes em relação ao solo. “O teste leva em conta essas medições. Não chegamos a colocar o veículo em condições de enchente. Também verificamos a configuração dos componentes, como, por exemplo, o comprimento total da galeria entre a entrada de ar e o coletor da admissão, para ver quais veículos são mais suscetíveis a danos”, explica Gerson. Por conta disso, carros mais baixos em geral são considerados mais frágeis.