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Os imóveis comerciais que ficam prontos em 2011 no Rio

Maior parte dos lançamentos se concentra no já adensado Centro, com destaque para a revitalização da Zona Portuária

O velho e o novo (Divulgação/Porto Maravilha)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2011 às 08h00.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h34.

São Paulo - O pujante mercado de imóveis comerciais do Rio de Janeiro deve ver, neste ano, 200.000 novos metros quadrados, numa tentativa de suprir a alta demanda que elevou a capital fluminense ao posto de quarto metro quadrado comercial mais caro do mundo, à frente até mesmo de Nova York. A pouca oferta e a baixa taxa de vacância - 2,8% em 2010, segundo a consultoria Colliers - pressionam os preços. Mas mesmo as novas ofertas não devem ser suficientes, prevê Alberto Robalinho, diretor do escritório do Rio da CB Richard Ellis. “Ainda veremos taxas de vacância baixas e preços altos e crescentes”, estima o executivo. Para suprir a falta de espaço nas regiões mais cobiçadas - aquelas próximas ao Centro -, as incorporadoras vêm apostando nos retrofits, isto é, a repaginação completa de edifícios antigos, muitas vezes de grande valor histórico e arquitetônico. Só neste ano, serão entregues 60.000 metros quadrados de empreendimentos desse tipo. Ao lado desse rejuvenescimento do Rio Antigo, que tem muito a ver com o projeto de revitalização da Zona Portuária (foto) e do Centro como um todo, novos e modernos empreendimentos encontram na Barra da Tijuca uma nova fronteira. A região antes longínqua agora se vê de cara para investimentos vultosos em transporte público, de olho nas Olimpíadas. Veja a seguir os principais imóveis comerciais que serão entregues em 2011 na Cidade Maravilhosa.
  • 2. Complexo O2 é o único na Barra

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    Entregue em abril, o Complexo O2 é o único da lista que não fica no Centro. Os nove blocos encontram-se, aliás, bem distantes da área central, localizados na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Apesar do relativo isolamento, a Barra é hoje o segundo mercado do Rio em volume de negócios imobiliários. “O bairro vai receber muitos investimentos nos próximos anos, pois abrigará 80% dos equipamentos das Olimpíadas. As obras do metrô e das linhas de ônibus rápidos, os BRTs, já estão em andamento e devem suprir a carência de transportes do bairro”, diz Alberto Robalinho, diretor do escritório carioca da CB Richard Ellis, que comercializa um dos blocos do complexo. O conjunto horizontal é formado por cinco blocos corporativos com áreas de 180 a 445 metros quadrados, três blocos de salas pequenas já inteiramente comercializadas e um bloco só de lojas. Os edifícios baixos, de apenas quatro andares, oferecem 60.000 metros quadrados de área locável e 1.800 vagas de estacionamento. Dos blocos corporativos, apenas 30% do espaço está oferecido ao mercado para locação. O restante já está em negociação ou em vias de ocupação por grandes multinacionais, consultorias, empresas da área de petróleo e construção. A gestão do complexo usará técnicas de sustentabilidade, como coleta de água da chuva, reuso de água e coleta seletiva.
  • 3. Rio Office Tower é visado por empresas de energia e serviços

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  • A localização privilegiada do Rio Office Tower, também comercializado pela CB Richard Ellis, deve ser o ponto alto do empreendimento que será entregue em junho. Hoje já existem negociações para a locação de 100% do prédio, por empresas dos setores de serviços, óleo o gás e energia. Segundo Alberto Robalinho, diretor do escritório do Rio da CBRE, há companhias interessadas em alugar todos os 18.000 metros quadrados do edifício. O greenbuilding que pleiteia uma certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design - Liderança em Energia e Design Ambiental, numa tradução livre) possui 16 andares com 1.300 metros quadrados de laje locável. O imóvel se ocaliza bem em frente à estação Presidente Vargas do metrô, no número 1001 da avenida homônima do Centro do Rio. Trata-se simplesmente da região mais bem servida de serviços e transportes da capital fluminense, atendida por trem, metrô, barcas e linhas de ônibus de quase toda a cidade. Nos arredores encontram-se a Prefeitura e grandes empresas como a Embratel.
  • 4. Virtus lembra o Ventura

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    Bem próximo ao Rio Office Tower, será entregue, em julho, o edifício Virtus, pertencente à gestora imobiliária Tishman and Speyer. O empreendimento localiza-se no número 955 da Avenida Presidente Vargas, no Centro, beneficiando-se da ampla malha de transporte e serviços da região. O Virtus conta com 14 andares de 1.000 metros quadrados cada um, sete elevadores e 114 vagas de estacionamento subterrâneo. O green building que pleiteia certificado LEED é uma réplica bem reduzida do imponente Ventura, conjunto de duas torres na Avenida Chile inaugurado no fim do ano passado e ocupado principalmente por Petrobras e BNDES. De acordo com Daniel Cherman, presidente da Tishman, há empresas olhando para o Virtus como sede única e outras que desejam apenas uma parcela do edifício para a expansão de seus escritórios no Rio, mas nenhum contrato foi assinado ainda.
  • 5. Galeria Sul América tem uma das maiores lajes do Rio

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    O outro imóvel da Tishman que será entregue em julho é um retrofit. A Galeria Sul América, antiga sede da seguradora homônima no Centro do Rio, foi totalmente repaginada para se transformar em um edifício Triple A, de 25.000 metros quadrados distribuídos em dez andares. A laje de cerca de 2.500 metros quadrados ocupa o quarteirão inteiro do edifício histórico localizado na esquina das estreitas e pitorescas ruas do Ouvidor e da Quitanda. Inaugurado em 1949 numa das áreas mais movimentadas do Centro, a Galeria Sul América foi projetada pelos arquitetos Joseph Gire, que desenhou o Copacabana Palace, e Robert Prentice, um dos envolvidos no projeto da Estação Central do Brasil. A localização é estratégica, próxima às avenidas Rio Branco e Presidente Vargas, à Praça XV e à estação das barcas, ao aeroporto Santos Dumont, à estação Uruguaiana do metrô e ao Fórum do Rio. “A procura maior é por empresas que precisam de grandes áreas ou companhias já instaladas no Centro e que desejam se expandir. Principalmente empresas de serviços, bancos e escritórios de advocacia”, diz Daniel Cherman, presidente da Tishman and Speyer.
  • 6. Retrofit da Previ tem vista mas não garagem

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    O retrofit da PREVI, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, está em processo de certificação para receber o selo LEED e ser considerado um green building. Localizado na Praça Pio X, esquina com a Presidente Vargas, o imóvel construído na década de 40 em estilo clássico ainda não tem contratos de locação fechados, e só deve ser entregue no segundo semestre. O vizinho da Igreja da Candelária, do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e da Casa França-Brasil também se beneficia da localização privilegiada e bem atendida pelo sistema de transportes. Metrô, ônibus, barcas e até o aeroporto Santos Dumont podem ser encontrados nos arredores, assim como grandes empresas como a Eletrobrás. Os 12 andares do retrofit apresentam uma área privativa total de quase 10.000 metros quadrados, piso elevado, sistema interno de TV, forro acústico e ar central com sistema de água gelada para economia de energia. Faltam vagas de garagem, mas o empreendimento fica a 400 metros de um edifício garagem, muito comuns nessa região da cidade. A cobertura divide-se em áreas técnicas e ambientes de uso comum, incluindo um salão com capacidade para 80 pessoas e terraço descoberto com a vista exuberante do Centro.
  • 7. São Bento Corporate é ilha de modernidade no meio da tradição

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    Previsto para ser entregue em setembro, o São Bento Corporate vem na esteira dos empreendimentos que revitalizarão a Zona Portuária do Rio. O edifício novo e envidraçado de 25 andares – alto para os padrões da região – será um traço de modernidade ao lado de seus tradicionais vizinhos: o Mosteiro de São Bento e o colégio de meninos que leva seu nome. Próximo à Praça Mauá, à Avenida Rio Branco e ao imponente edifício comercial RB1, o empreendimento é fruto de uma parceria entre o fundo imobiliário do Banco Opportunity e a construtora Dominus. O edifício conta com 1.226 metros quadrados de terreno, sendo 46 salas entre 257 e 372 metros quadrados e quatro lojas. O número de vagas na garagem, porém, é bem reduzido, apenas 89. O prédio foi concebido há três anos, mas as obras caminharam lentamente, em função das restrições de horário, falta de canteiro de obras e exigências de barulho reduzido e contratação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para acompanhar as escavações.
  • 8. Edifício Manchete mantém exuberância dos tempos de Bloch

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    Outro que está previsto para setembro é o retrofit do Edifício Manchete, prédio de 27.000 metros quadrados, projetado por Oscar Niemeyer na década de 1970. O edifício tombado foi comprado pelo fundo imobiliário BR Properties em junho do ano passado pela vultosa cifra de 260 milhões de reais e será destinado à locação. O fundo já negocia com quatro empresas que desejam ocupá-lo como sede única e outras três que querem ocupação parcial. A antiga sede das empresas do grupo Bloch, que pediu falência em 2000, chegou a ser ocupado por uma universidade, mas seu destino era mesmo o leilão, com a finalidade de quitar as dívidas trabalhistas do grupo de comunicação. O projeto da BR Properties preserva a fachada, os jardins de Burle Marx localizados na cobertura, bem como o Teatro Manchete, cuja destinação ainda é incerta. Os 12 andares do número 744 da Rua do Russel, na Glória, possuem laje de 1.754 metros quadrados, piso elevado e ar condicionado central. A garagem própria possui cerca de 400 vagas. Localizado em frente ao Aterro do Flamengo, o Edifício Manchete conta ainda com a vista majestosa do Pão de Açúcar, além de fácil acesso ao Centro, ao metrô e à ampla rede de serviços e comércio do bairro do Catete.
  • 9. Venezuela 43 abraça conceito verde

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    A antiga sede da TV e das rádios Tupi no Rio de Janeiro abrigará mais um retrofit verde, que atualmente pleiteia a certificação LEED. O edifício da Avenida Venezuela, 43, na Zona Portuária, foi inaugurado na década de 40, mas apesar do valor histórico, não é tombado. O imóvel encontra-se entre a Praça Mauá e o Morro da Conceição, numa região que já concentra algumas empresas, como as Lojas Americanas. O imóvel conta com cerca de 4.000 metros quadrados de área locável, distribuídos em nove andares, e apenas 15 vagas na garagem. Para suprir essa falta de espaço, a incorporadora São Carlos - responsável pelo retrofit do Edifício Mesbla e pelo Centro Comercial Botafogo – apostou em bicicletários e vestiários, alternativa verde em consonância com o projeto de revitalização da região, que prevê ciclovias. A entrega do Venezuela 43 está prevista para o último trimestre do ano. “Nós estamos sempre de olho no Rio de Janeiro, especialmente a região do porto. Acreditamos na revitalização e também que essa região é atrativa para empreendimentos comerciais”, diz Rubens Cardoso, diretor de novos negócios da São Carlos, cujos imóveis no Rio estão, segundo ele, completamente alugados.
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