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Onde investir depois de aposentado para engordar a renda?

Internauta nunca foi investidor, mas tem previdência privada e pretende investir depois de aposentado para alguns objetivos

Aposentado também pode ser investidor, mas é preciso não correr muito risco (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Dúvida do internauta: Gostaria de recomendações de investimentos, pois estou me aposentando e gostaria de engordar meus rendimentos antes de iniciar os gastos com troca de carro, reforma de casa e viagens. Tenho 53 anos, já solicitei a aposentadoria, mas continuo trabalhando, pois estou aguardando o fechamento do INSS. Nunca fui investidor, apenas utilizo caderneta de poupança e tenho previdência privada pela empresa. Minha renda atual é de 6.500 reais, mas eu pretendo me aposentar com renda de 4.500 reais apenas. Quero gastar entre 35.000 reais e 45.000 reais na troca do carro e de 20.000 a 30.000 reais na reforma da casa.

Resposta de Priscilla Nascimento*:

Quanto mais cedo criarmos o hábito de poupar, maiores as chances de termos recursos suficientes na manutenção de nossos gastos, que tendem a mudar à medida que ficamos mais velhos. No seu caso, esse tempo é curto, e precisamos utiliza-lo a seu favor a fim de incrementar suas reservas para alcançar seus planos de reforma da casa, troca de carro e viagens. Comece estabelecendo prazo para seus objetivos, valor necessário para realização de cada plano, além de estimativa de gastos mensais em sua aposentadoria. Assim, você poderá estimar quanto deve buscar poupar para manter seu padrão de vida no futuro.

Atualmente você está na fase de consolidação de patrimônio e acumulação de recursos para em breve usufruir o que foi acumulado. Logo, convém ser prudente e cauteloso em seus investimentos buscando não tomar muito risco. Entretanto, com a atual realidade econômica onde temos um novo patamar de taxa de juros, cada vez mais o investidor precisa buscar alternativas diferenciadas de investimentos e a diversificação passa a ser um importante aliado neste processo, sendo a premissa básica para quem busca minimizar riscos e potencializar ganhos.

Como um investidor de poupança, sugiro que você comece a introduzir o risco aos poucos em seus investimentos. As reservas para emergências e projetos de curto e médio prazo devem ser aplicadas em investimentos conservadores e com elevada liquidez como os fundos DI, LFT - título público pós-fixado que remunera a Taxa Selic -, e uma parcela menor (até 25% desta reserva) em um fundo de renda fixa com crédito privado, que tem um pouco mais de risco, e buscará render acima do CDI.

As reservas de longo prazo sugiro que diversifique em fundos multimercados multiestratégia, que investem em diversas classes de ativos (juros pré ou pós-fixados, moedas, ações, índices de preços e derivativos) e podem adotar mais de uma estratégia de investimento; renda fixa indexada a índices de preços para preservação de poder de compra no longo prazo, como fundos de inflação e NTN-B (título público que remunera um percentual pré-fixado mais IPCA); e Fundos imobiliários, que investem em negócios que tenham como foco e/ou lastro principal o mercado imobiliário e cujo retorno ocorre de duas formas: pelo pagamento de rendimentos (isentos de IR para pessoa física) e pela variação da cota do fundo, cuja negociação ocorre no mercado secundário.


Ao aplicar em fundos atente-se para a taxa de administração, gestão e política de investimento, bem como a rentabilidade e consistência na entrega de resultados de acordo com o índice que serve de parâmetro, o benchmark. Referidas informações constam nos regulamentos, prospectos e lâminas dos fundos de investimento.

É importante também reavaliar seu planejamento constantemente. Procure um consultor financeiro que lhe ajude nesse processo, para perseguir seus objetivos de vida com mais certeza e segurança, garantindo assim um futuro tranquilo para você e sua família.

*Priscilla Nascimento é Investment Advisor da Geração Futuro Corretora de Valores e possui a Certificação CFP® (Certified Financial Planner) concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).

Dúvidas, observações ou críticas sobre esta resposta de especialista? Deixe seu comentário abaixo!

Envie outras perguntas sobre aposentadoria e alternativas de investimento para seudinheiro_exame@abril.com.br.

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Dúvida do internauta: Gostaria de recomendações de investimentos, pois estou me aposentando e gostaria de engordar meus rendimentos antes de iniciar os gastos com troca de carro, reforma de casa e viagens. Tenho 53 anos, já solicitei a aposentadoria, mas continuo trabalhando, pois estou aguardando o fechamento do INSS. Nunca fui investidor, apenas utilizo caderneta de poupança e tenho previdência privada pela empresa. Minha renda atual é de 6.500 reais, mas eu pretendo me aposentar com renda de 4.500 reais apenas. Quero gastar entre 35.000 reais e 45.000 reais na troca do carro e de 20.000 a 30.000 reais na reforma da casa.

Resposta de Priscilla Nascimento*:

Quanto mais cedo criarmos o hábito de poupar, maiores as chances de termos recursos suficientes na manutenção de nossos gastos, que tendem a mudar à medida que ficamos mais velhos. No seu caso, esse tempo é curto, e precisamos utiliza-lo a seu favor a fim de incrementar suas reservas para alcançar seus planos de reforma da casa, troca de carro e viagens. Comece estabelecendo prazo para seus objetivos, valor necessário para realização de cada plano, além de estimativa de gastos mensais em sua aposentadoria. Assim, você poderá estimar quanto deve buscar poupar para manter seu padrão de vida no futuro.

Atualmente você está na fase de consolidação de patrimônio e acumulação de recursos para em breve usufruir o que foi acumulado. Logo, convém ser prudente e cauteloso em seus investimentos buscando não tomar muito risco. Entretanto, com a atual realidade econômica onde temos um novo patamar de taxa de juros, cada vez mais o investidor precisa buscar alternativas diferenciadas de investimentos e a diversificação passa a ser um importante aliado neste processo, sendo a premissa básica para quem busca minimizar riscos e potencializar ganhos.

Como um investidor de poupança, sugiro que você comece a introduzir o risco aos poucos em seus investimentos. As reservas para emergências e projetos de curto e médio prazo devem ser aplicadas em investimentos conservadores e com elevada liquidez como os fundos DI, LFT - título público pós-fixado que remunera a Taxa Selic -, e uma parcela menor (até 25% desta reserva) em um fundo de renda fixa com crédito privado, que tem um pouco mais de risco, e buscará render acima do CDI.

As reservas de longo prazo sugiro que diversifique em fundos multimercados multiestratégia, que investem em diversas classes de ativos (juros pré ou pós-fixados, moedas, ações, índices de preços e derivativos) e podem adotar mais de uma estratégia de investimento; renda fixa indexada a índices de preços para preservação de poder de compra no longo prazo, como fundos de inflação e NTN-B (título público que remunera um percentual pré-fixado mais IPCA); e Fundos imobiliários, que investem em negócios que tenham como foco e/ou lastro principal o mercado imobiliário e cujo retorno ocorre de duas formas: pelo pagamento de rendimentos (isentos de IR para pessoa física) e pela variação da cota do fundo, cuja negociação ocorre no mercado secundário.


Ao aplicar em fundos atente-se para a taxa de administração, gestão e política de investimento, bem como a rentabilidade e consistência na entrega de resultados de acordo com o índice que serve de parâmetro, o benchmark. Referidas informações constam nos regulamentos, prospectos e lâminas dos fundos de investimento.

É importante também reavaliar seu planejamento constantemente. Procure um consultor financeiro que lhe ajude nesse processo, para perseguir seus objetivos de vida com mais certeza e segurança, garantindo assim um futuro tranquilo para você e sua família.

*Priscilla Nascimento é Investment Advisor da Geração Futuro Corretora de Valores e possui a Certificação CFP® (Certified Financial Planner) concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).

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