Mercado Imobiliário

Menor apartamento do Brasil custa cerca de R$ 270 mil

Unidade com 18 metros quadrados faz parte de empreendimento no centro de São Paulo. Conheça o microapartamento e veja o que pesar na compra desse tipo de imóvel


	Decorado de apartamento com 18 metros quadrados: Sofá vira cama na sala-cozinha
 (Divulgação/Assessoria de imprensa da Setin)

Decorado de apartamento com 18 metros quadrados: Sofá vira cama na sala-cozinha (Divulgação/Assessoria de imprensa da Setin)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 17h29.

São Paulo - Sofá que vira cama na sala de 15,6 metros quadrados, integrada à bancada da cozinha e com armário embutido. Varanda com 1,10 metro quadrado e banheiro com 1,30 metro quadrado. Essa é a planta do menor apartamento lançado no país, que será comercializado em um empreendimento da construtora Setin no centro de São Paulo.

A estimativa é de que o preço do metro quadrado no Downtown São Luis custe 15 mil reais. Ou seja, o preço da unidade está na faixa de 270 mil reais.

Seis apartamentos com a metragem poderão ser adquiridos no prédio com 200 apartamentos, que terá 30 imóveis com área de até 20 metros quadrados. A maior unidade vendida no lançamento terá 42 metros quadrados. 

O menor apartamento no lançamento da Setin tem um metro quadrado a menos do que unidades do empreendimento Casa Quatá, lançado no ano passado pela Vitacon na Vila Olímpia, no sul da cidade, que têm 19 metros quadrados.

A maioria dos interessados no novo empreendimento da Setin, que ainda não está aberto para comercialização, são investidores em busca de renda para aluguel na região, mas também jovens que buscam imóveis para morar. O público alvo é a classe A. 

Tudo perto e serviços pagos

Apartamentos menores são uma tendência nas grandes metrópoles em todo o mundo. 

Além de mais adequados ao estilo de vida de jovens e solteiros, esses produtos tornam a compra do imóvel mais acessível em regiões próximas ao local de trabalho e serviços, cada vez mais valorizadas nas cidades que enfrentam problemas de mobilidade.

Apenas nos últimos doze meses, os preços de anúncios de imóveis em bairros nobres e próximos a centros comerciais em São Paulo aumentaram, em média, 12%, de acordo com levantamento feito pelo FipeZap.

Em Tóquio, no Japão, onde o preço do metro quadrado é ainda mais valorizado do que o de São Paulo, é possível encontrar unidades menores do que as comercializadas na cidade.

A mobilidade é o maior atrativo dos microapartamentos. Geralmente esses imóveis ficam próximos a regiões com oferta de serviços ou que concentram prédios comerciais, e podem ser facilmente acessadas, inclusive utilizando o transporte público. 

Esses tipos de empreendimentos também costumam ter uma estrutura de serviços oferecida aos moradores.

O empreendimento da Setin, por exemplo, terá serviços pagos à parte, semelhantes aos oferecidos por hotéis. As poucas garagens para automóveis podem ser adquiridas à parte na compra, e o prédio terá um bicicletário. 

O que considerar na compra

A aquisição é recomendada para quem mora sozinho, passa a maior parte do dia trabalhando ou fora de casa e quer ter menos gastos com limpeza e manutenção do imóvel. 

A opção pelo apartamento pode também significar maior qualidade de vida, pois a localização pode oferecer mais opções de transporte e diminuir o tempo de deslocamento até o local de trabalho e áreas com maior oferta de serviços. 

Mas a comodidade tem um preço. “É como comprar um pote de margarina. Se você compra o de 500 gramas, paga um preço determinado. Mas se optar pelo de 250 gramas, paga menos, mas o valor proporcional é maior”, explica o consultor financeiro Mauro Calil.

Além do preço do metro quadrado dos microapartamentos ser proporcionalmente maior, esses empreendimentos oferecem serviços que podem fazer com que o condomínio fique mais caro. 

No médio e longo prazo, a manutenção desses serviços pode provocar reajustes na taxa condominial e pressionar o orçamento do proprietário.

Para não ter surpresas com custos a mais, o comprador deve verificar o número de unidades do empreendimento. Quanto maior, menor devem ser os reajustes do preço do condomínio ao longo do tempo.

Também deve ser analisado quantos funcionários trabalham no empreendimento, pois a mão de obra corresponde à maior parte dos custos do condomínio. “Um serviço 24 horas vai exigir mais funcionários, por exemplo”, diz Calil.

É importante também considerar que a aquisição pode valer apenas para uma fase da vida. “Caso o comprador pense em ter uma família, ou apenas mais espaço e uma vaga de garagem, vai precisar vender a unidade”, diz Calil. 

*Texto atualizado às 15h14 para correção do valor do apartamento

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