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Maioria dos brasileiros não conhece nenhum investimento

Em todo Brasil, menos de um quarto da população economicamente ativa (24%) afirma fazer algum tipo de aplicação financeira, aponta pesquisa da Anbima

Porquinho machucado: cultura do consumo e falta de educação financeira afastam pessoas de aplicações. (Andy Dean/Thinkstock)
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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2017 às 15h40.

Última atualização em 10 de novembro de 2017 às 16h11.

Em todo Brasil, menos de um quarto da população economicamente ativa (24%) afirma fazer algum tipo de aplicação financeira. De acordo com levantamento realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) com o apoio do Datafolha, entre o público que se declara investidor, a maioria está na classe A (42%), com a classe C na ponta oposta (18%). No total, 62,34% disseram não conhecer nenhum tipo de investimento .

Os brasileiros ainda têm pouca consciência de seu protagonismo em relação às próprias finanças. O hábito de priorizar o consumo, ao invés de poupar, é uma questão cultural por aqui, afirma Aquiles Mosca, presidente do Comitê de Educação da Anbima. “Na América Latina, somos o país com a menor taxa de poupança , atrás até de nações cuja renda per capta é menor”, completa.

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Entre a fatia da população que já começou a investir, a caderneta de poupança é a opção da maioria: 16%. Os fundos de investimento, planos de previdência privada e a compra e venda de imóveis vêm em segundo lugar, mas bem atrás – cerca de 1% a 2% das pessoas declaram utilizar esses mecanismos. Na sequência, aparecem os títulos públicos (como o Tesouro Direto) e os fundos com ativos de renda variável (ações e multimercados).

Pesquisa sobre investimentos da Anbima (Reprodução)

Só 38% conhecem investimentos oferecidos

Se pouca gente poupa, é ainda menor a quantidade de pessoas que sabe o caminho para começar a aplicar as próprias economias: pouco mais de um terço da população (38%) diz conhecer algum tipo de produto oferecido por bancos e outras instituições. Essa pouca familiaridade com o mercado financeiro fica evidente também quando, durante as entrevistas, itens de consumo pessoal, como roupas e cosméticos, chegaram a ser citados como opção de “investimento” por parte do público.

A educação financeira ainda tem alcance restrito no país, afirma Mosca. ” Já contamos com algumas iniciativas importantes, muitas delas realizadas pela Anbima ou com o apoio da Associação, mas o número ainda é pequeno diante da necessidade de conscientização dos brasileiros”, destaca.

A pesquisa ouviu 2.653 pessoas em 130 municípios brasileiros, com a população economicamente ativa, inativos que possuem renda e aposentados, das classes A, B e C, a partir dos 16 anos. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, no nível de confiança de 95%.

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