Exame Logo

Maioria das empresas brasileiras elevará gasto em segurança, diz Giga Group

Mais da metade das empresas brasileiras vai aumentar o investimento na segurança de suas informações, e um quarto delas já tem um executivo dedicado exclusivamente a tomar da integridade dos seus dados. Essas são as conclusões de um levantamento realizado pelo instituto de pesquisas americano Giga Group junto a mais de 300 altos executivos brasileiros. […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

Mais da metade das empresas brasileiras vai aumentar o investimento na segurança de suas informações, e um quarto delas já tem um executivo dedicado exclusivamente a tomar da integridade dos seus dados. Essas são as conclusões de um levantamento realizado pelo instituto de pesquisas americano Giga Group junto a mais de 300 altos executivos brasileiros. De acordo com Phil Rosch, autor da pesquisa e principal especialista da Giga em segurança, as empresas nacionais estão atentas para o problema -- mas ainda há muito a fazer.

"Segurança é um problema de pessoas, não de tecnologia. Muitos dos executivos de tecnologia ainda não entenderam isso", escreve Rosch na apresentação. Não é à toa que além das perguntas técnicas Rosch mostre interesse pelo grau de satisfação dos funcionários das empresas. "Não há software no mundo que ofereça proteção contra um funcionário descontente e munido de uma senha de acesso", diz Rosch.

Veja também

Nenhuma das empresas ouvidas na pesquisa disse que seus investimentos em segurança vão diminuir em 2002. Uma pequena maioria disse que o orçamento vai aumentar (52%). Os outros 48% acreditam que o investimento será mantido.

Quanto à criação do cargo de CSO (chief security officer, o executivo responsável pela segurança), a reação das empresas tem sido mais lenta. Apenas 25% das consultadas têm tal função em seus quadros. Na opinião do Rosch, a figura será cada vez mais importante, não só por centralizar as estratégias preventivas como também para evitar conflitos políticos entre as diversas áreas da empresa. Há muitos casos em que o diretor de segurança responde ao diretor de tecnologia. Segundo Rosch, aí há um conflito latente. Muitos CIOs têm a compensação baseada na quantidade de projetos implementados. Será que um CSO vai levantar dúvidas sobre a segurança das iniciativas tecnológicas sabendo que isso pode ameaçar os bônus do chefe?

No que diz respeito à alocação de verbas, as empresas estão cientes da importância do treinamento -- pelo menos na teoria. Uma das perguntas do questionário era a seguinte: "Se você tivesse somente um real para investir em segurança, no que gastaria?" Quase metade disse que o melhor destino seria fazer um programa educativo.

Mas os defensores de sistemas antiinvasão (20%) e de aplicações de negócio (31%) ainda são a maioria. Segundo Rosch, uma das avaliações rotineiras que a Giga faz em empresas é checar o nível de segurança das senhas. "Invariavelmente, as companhias não exigem o cumprimento das regras mínimas de segurança. Certa vez, encontramos uma empresa em que 27% dos detentores de contas no sistema usavam a palavra senha (password) como sua senha", escreve Rosch.

Segundo o Giga Group, os números devem ser tomados menos como um espelho da situação nas empresas e mais como um indicador das tendências. Cada vez mais, aponta o instituto, as empresas entendem que a integridade de seus dados não é um problema técnico e sim uma atribuição fundamental do negócio.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Minhas Finanças

Mais na Exame