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Lucro do Unibanco sobe 25% no semestre

Instituição obteve ganhos de R$ 1,068 bilhão, impulsionada pelo aumento do crédito às empresas

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

O Unibanco aumentou seu lucro líquido no primeiro semestre de 2006 em 25,1% em relação ao mesmo período de 2005, totalizando 1,068 bilhão de reais. Assim como os concorrentes, a instituição teve os resultados impulsionados pelo aumento nas operações de crédito, que geraram 5,145 bilhões de reais de receita nos seis primeiros meses do ano, 21% a mais que no ano passado.

Ao contrário dos concorrentes, no entanto, desde o final de 2005 o Unibanco vem reduzindo o ritmo de concessão de empréstimos sem garantias a pessoas físicas, principalmente por meio da sua financeira, a Fininvest. "Percebemos que a inadimplência estava crescendo muito e isso poderia afetar nossos resultados", afirma o vice-presidente da instituição, Geraldo Travaglia. "Sabemos que essa foi uma decisão acertada ao verificarmos nossa margem financeira, que mesmo com a queda dos juros recuou só 0,2 ponto percentual do primeiro para o segundo trimestre", diz. No acumulado do semestre, a margem financeira subiu 0,5 ponto percentual, passando de 10,1% em junho de 2005 para 10,6% no mesmo mês deste ano.

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Em se tratando de pessoa física, o banco preferiu focar no cartão de crédito, que teve sua carteira ampliada em 42,9% nos últimos 12 meses. "Diferentemente de quem procura empréstimo em uma financeira, o cliente do cartão mantém uma relação com o banco. Assim, temos como avaliar o perfil desse cliente ao disponibilizar o crédito e isso reduz o risco", afirma Travaglia.

Mesmo com o freio no crédito ao consumo, as operações do varejo, que incluem empréstimos a micro e pequenas empresas, cresceram 18,5%, totalizando 23,438 bilhões de reais. O segmento que mais evoluiu no semestre, entretanto, foi o de grandes empresas. O crédito ao atacado subiu 20,2% nos seis primeiros meses do ano, contabilizando 18,491 bilhões. "Muitas empresas quitaram débitos e isso ampliou os recursos disponíveis para empréstimos", diz o vice-presidente do Unibanco.

Inadimplência

O aumento da inadimplência é verificada no balanço de todas as instituições financeiras. No Unibanco, o indicador quase dobrou, passando de 4,1% em 2005 para 7,6% este ano. Esse foi o principal fator que levou o banco a modificar o mix de sua carteira de crédito, direcionando mais crédito às grandes empresas -queapresentam menor risco - e restringindo os empréstimos às pessoas físicas.

Ao todo, foram emprestados 15,552 bilhões de reais a pessoas físicas, 16,4% a mais que no ano passado, e 26,377 bilhões de reais a pessoas jurídicas, uma evolução de 21% em relação ao primeiro semestre de 2005. Para garantir as operações, a instituição elevou sua provisão para devedores duvidosos em 34,7% nos últimos 12 meses, passando de 1,739 bilhão em junho de 2005 para 2,343 em junho deste ano.

Para o vice-presidente do Unibanco, apesar da inadimplência, o mercado de crédito deve continuar crescendo nos próximos meses. A previsão do banco para 2006 é de aumento entre 20% e 25% nas operações de crédito.

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