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Itaú Holding faz oferta pública por ações do Banestado

O Banco Itaú fará, no dia 25 de agosto, uma Oferta Pública para Aquisição (OPA) de todas as ações de emissão do Banestado que estão no mercado. A operação já foi aprovada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). "A administração do Banco Itaú Holding Financeira S.A. entende ser oportuno esse procedimento, devido aos reduzidos percentuais […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O Banco Itaú fará, no dia 25 de agosto, uma Oferta Pública para Aquisição (OPA) de todas as ações de emissão do Banestado que estão no mercado. A operação já foi aprovada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

"A administração do Banco Itaú Holding Financeira S.A. entende ser oportuno esse procedimento, devido aos reduzidos percentuais de ações em circulação em poder dos acionistas minoritários, caracterizando sua baixa liquidez", explica Alfredo Setubal, diretor de Relações com Investidores do Banco Itaú Holding Financeira.

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Segundo informações do banco, apenas 2,60% das ações estão com os minoritários. "A oferta pública objetiva também ter uma única instituição financeira do Conglomerado Itaú com ações negociadas em Bolsas de Valores", afirma o banco em nota oficial. "Os acionistas interessados poderão adquirir ações do Banco Itaú Holding Financeira S.A., instituição que hoje abriga o Banco Itaú S.A. e o Banco Itaú BBA S.A."

O preço de compra das ações ordinárias e preferenciais será de R$ 952,14 por lote de mil ações, pago à vista, em moeda corrente nacional, na data da liquidação financeira do leilão. Os acionistas do Banestado têm o período de 24 de julho até 22 de agosto para se habilitarem à oferta. A habilitação pode ser feita em qualquer agência do Baco Itaú, Banco Banestado, por intermédio de corretora ou pelo Investfone.

CPI

A CPI Mista do Banestado, que investiga a evasão de divisas por meio de contas CC-5 abertas em agências bancárias de Foz do Iguaçu (PR), continua ouvindo o depoimento de testemunhas nesta semana. No dia 29, a audiência será com o delegado da Polícia Federal José Francisco Castilho Neto, que chefiou o inquérito que apura os beneficiários de depósitos irregulares na agência do Banestado em Nova York. As informações são da Agência Câmara.

O presidente da CPI, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), acredita que o delegado tenha informações interessantes a compartilhar pois "esteve durante mais de dois meses em Nova Iorque onde teve acesso à movimentação bancária de pelo menos nove contas da agência do Banestado naquela cidade que receberam depósitos originários das contas CC-5 de Foz do Iguaçu". No dia 30, o depoimento será procurador da República no Paraná Luiz Francisco de Carvalho, integrante da força-tarefa que investigou a evasão de divisas no Estado. O procurador foi convidado a depor porque disse ter informações importantes para a CPI, além disso, apresentou uma proposta de roteiro de investigações a alguns parlamentares.

Valores e depoimentos

Na semana passada a CPI ouviu quatro procuradores da República no Paraná. Eles afirmaram que cerca de 24 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 68,4 bilhões) saíram do País por agências bancárias de Foz do Iguaçu (PR). Desse total, entre 9 e 12 bilhões de dólares foram remetidos para a agência do Banestado em Nova York.

A CPI também deve ouvir a gerente do extinto Banco Araucária, Ruth Whately Bandeira de Almeida sobre uma conversa entre ela e um cliente, acerca do funcionamento das contas CC-5 naquela instituição. A conversa foi gravada e apresentada pelo Jornal da Record. Antero Paes de Barros já requisitou cópias do programa.

O Banco Araucária aparece como suspeito de envolvimento na evasão de divisas por ter movimentado cerca de R$ 3 bilhões por meio de contas CC-5, embora tivesse apenas duas agências, uma em Curitiba e outra em Foz do Iguaçu.

As contas CC-5 no Banco Araucária eram do Banco Integración, do Paraguai, que é considerado suspeito de irregularidades pelos procuradores da República que investigam o esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas em Foz do Iguaçu.

Os parlamentares devem ouvir ainda os ex-administradores e ex-controladores do Banco Araucária Reinaldo Silva Peixoto, Fernando Silva Peixoto, Humberto Ciccarino Filho, Reinoldo Tuleski, Luis Alberto Dalcanale e Alberto Dalcanale Neto.

Nesta terça-feira (29/7), o delegado da Polícia Federal Paulo Roberto Falcão, integrante da força-tarefa, entrega ao Ministério da Justiça e à CPI a documentação complementar com os dados solicitados pela justiça norte-americana para quebrar o sigilo de contas bancárias naquele país.

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