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Ibovespa recua 2,81%, aos 41.179 pontos

Segundo analistas, a turbulência continuou sendo comandada pela aversão dos investidores internacionais ao risco

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o dia com perda de 2,81%, aos 41.179 pontos. O volume de negócios foi reduzido em relação a sexta-feira (2/3), com giro de R$ 3,73 bilhões. Segundo analistas, a turbulência continuou sendo comandada pela aversão dos investidores internacionais ao risco. Neste mês, o Ibovespa acumula desvalorização de 6,18%.

Investidores continuaram saindo de aplicações financeiras de maior risco que haviam sido feitas com recursos captados em países com juro baixo - principalmente o Japão, onde o juro anual é de 0,5% ao ano. Essas aplicações financeiras foram feitas anteriormente em diversos mercados e seu "desmonte" tem repercussão em todos os mercados, como de moedas, commodities agrícolas e metálicas, entre outras.

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Os investidores temem uma queda mais forte nos preços das commodities, o que aprofundaria o ajuste na Bovespa, altamente dependente desse setor. O petróleo registra hoje baixa de mais de 2% nas negociações de contratos futuros em Nova York e Londres.

Nova York

O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York reverteu as perdas do início do pregão, quando estava sob influência da forte queda nas bolsas da Ásia e da Europa, e operava em alta de 0,13%, às 12h30. A virada de rumo ocorreu apesar da divulgação de um dado mostrando desempenho mais fraco do que o esperado no setor de serviços nos Estados Unidos. O índice Nasdaq mantém-se em baixa, com perda de 0,10%.

O Instituto para Gestão de Oferta (ISM, ex-NAPM) informou que seu índice de atividade do setor não industrial (de serviços) caiu de 59 para 54,3 em fevereiro. Os analistas previam uma deterioração mais amena da atividade do setor, para 57,5.

Mesmo com o dado fraco, o dólar reagiu ante o iene e se valorizava 0,29%, a 116,03 ienes, após ter atingido a mínima de 115,15 ienes no início da manhã. Com a melhora do sinal no mercado acionário de Nova York, as vendas voltaram aos títulos do Tesouro americano, projetando o juro do papel de 10 anos de prazo em 4,5096% ao ano.

Na sexta-feira passada, as Bolsas americanas fecharam em queda e o índice Dow Jones caiu 0,98%, acumulando queda de 4,22% na semana, o pior resultado semanal desde março de 2003. Os mercados acionários foram atingidos na semana passada pelo rali do iene ante o dólar, além das más notícias sobre a área de crédito imobiliário de maior risco ("subprime") nos Estados Unidos.

Europa

As principais bolsas européias fecharam em queda nesta segunda-feira (5/3) pelo quinto pregão consecutivo, com os investidores preocupados com o mercado de crédito imobiliário "subprime" (de maior risco) nos Estados Unidos, a valorização do iene e as perdas nas bolsas asiáticas. As ações européias tiveram uma sessão de muita oscilação, atingidas logo cedo pela alta do iene, mas saíram das mínimas com a breve recuperação dos índices em Wall Street, ao final da manhã.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em queda de 57,5 pontos (-0,94%), em 6.058,7 pontos, chegando a ficar por alguns momentos abaixo de 6.000 pontos pela primeira vez em quatro meses. O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, fechou em queda de 39,67 pontos (-0,73%), em 5.385,03 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o índice Xetra-DAX fechou em queda de 68,75 pontos (-1,04%), em 6.534,57 pontos. O índice Ibex-35, da Bolsa de Madri, fechou em queda de 213,1 pontos (-1,53%), em 13.749,1 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 fechou em queda de 166,86 pontos (-1,44%), em 11.432,56 pontos.

"Os comentários sobre recessão de Greenspan (Alan Greenspan, ex-presidente do banco central americano), a China, preocupações com a taxa de juros japonesa, preocupações com o Oriente Médio e os empréstimos subprime são alguns dos vários suspeitos responsáveis pelas quedas", disse um analista. O rali do iene renovou as preocupações sobre o desmonte das operações de que buscavam ganhos com os diferenciais de juros entre os países. O iene subiu 0,6% ante o dólar, 1,2% ante o euro e 1,7% ante a libra esterlina.

Com informações da Agência Estado.

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