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Haddad: só 17,1% aderiu ao fundo garantidor para Fies

Apenas 148 das 863 mantenedoras aderiram a dispositivo que dispensa a apresentação de fiador para alunos de cursos de licenciatura

Ano passado, foram firmados 74 mil contratos, abaixo da capacidade do fundo (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2011 às 19h18.

Brasília - Apenas 148 das 863 mantenedoras (17,1%) que participam do programa de financiamento estudantil Fies aderiram às facilidades do fundo garantidor, que dispensa a apresentação de fiador para alunos de cursos de licenciatura ou que tenham renda familiar per capita de até um salário mínimo, informou hoje o ministro da Educação, Fernando Haddad.

Insatisfeito com os números, Haddad participou ao longo do dia de reunião com representantes de entidades de ensino, para discutir mecanismos de aperfeiçoamento do Fies e do ProUni. "Tanto os estudantes quanto as instituições estão pouco informados do potencial (de crescimento) que a nova legislação permite", disse o ministro, que anunciou a criação de um grupo permanente de trabalho para discutir os programas.

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"Há um enorme potencial de crescimento do Fies com a dispensa de fiador. É preciso permanentemente esclarecer a mantenedora e o estudante, para que eles entendam que a dinâmica é nova". Ano passado, foram firmados 74 mil contratos, abaixo da capacidade do fundo (200 mil).

Em conversa com jornalistas, Haddad disse que uma das possibilidades para aumentar o número de contratos seria chamar os alunos que não foram selecionados para o Programa Universidade Para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudo para instituições privadas. "O que se discutiu é a possibilidade de usar a lista do ProUni para potencializar o Fies. Das pesquisas que fizemos junto a várias mantenedoras, nenhuma delas utiliza a lista (do Fies) a partir das vagas do ProUni. Sobretudo nas licenciaturas, a lista pode andar", comentou Haddad.

Questionado sobre uma eventual participação de bancos privados no financiamento estudantil (hoje, Caixa e Banco do Brasil são os agentes financeiros do programa), Haddad respondeu que essa é uma "decisão de conveniência", que deve ser feita "pensando no estudante, se é o caso de ampliar ou não".

Quanto ao ProUni, o ministro lembrou casos de não formação de turmas de cursos do ProUni, defendendo que inscrições desse tipo sejam evitadas, e observou que, a partir deste ano, alunos ingressantes de cursos superiores avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) não terão de realizar a prova, caso já tenham feito o Enem.

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