A aguardada fusão do Goldman Sachs com o banco Pactual deverá ser anunciada no final da próxima semana, segundo pessoas envolvidas na negociação. O Goldman Sachs é um dos maiores bancos de investimento do mundo, com uma carteira de 409 bilhões de reais. Já o Pactual é o último banco de investimento de capital 100% nacional e tem sob seu comando 10 bilhões de dólares.

O acordo levou seis meses para sair. O Goldman Sachs deve pagar algo em torno de 400 milhões de dólares por 50% do Pactual. O novo banco deve se chamar Goldman Sachs-Pactual e será o único veículo autorizado do Goldman Sachs na América Latina (com exceção do México). A presidência deve continuar com o executivo André Esteves. Já para o cargo de vice-presidente deve ser indicado Corrado Varoli, que hoje é responsável pelas atividades da Goldman em toda América Latina.

Como relatava reportagem de EXAME de janeiro deste ano (clique aqui para reler o texto), o casamento entre Pactual e Goldman é um dos negócios mais importantes do sistema bancário dos últimos tempos. "Em primeiro lugar, um grande banco de investimentos brasileiro não se associava a uma instituição internacional desde 1998, quando o Banco de Investimentos Garantia, fundado por Jorge Paulo Lemann, foi adquirido pelo CS First Boston por 67 milhões de dólares. Em segundo lugar, a mudança na composição acionária do Pactual e sua possível venda total para um estrangeiro vão encerrar uma fase da história bancária do país." O Pactual permaneceu como o último remanescente dos agressivos bancos de investimentos que nasceram no Brasil no fim dos anos 70. "Seus principais concorrentes nomes que marcaram época, como Icatu e Bozano, Simonsen já deixaram o mercado há tempos."