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Garantia paga a investidor demora ao menos 30 dias, diz FGC

Diretor do FGC afirma que investidor deve sempre prever prazo de 30 dias para recebimento de cobertura paga em caso de intervenção ou liquidação de bancos

Demora de seis meses no ressarcimento de investidores, como ocorreu com ex-clientes do banco BVA, não deve se repetir, segundo diretor do FGC (Divulgação/Imovelweb)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 17h51.

São Paulo - Os investidores que aplicam em bancos médios , em produtos como CDB s, devem se preparar para esperar pelo menos 30 dias até receberem a garantia que é oferecida peloFundo Garantidor de Crédito (FGC), em caso de intervenção ou liquidação da instituição."O pagamento nesses casos nunca vai ser imediato, sempre demora um pouco. Por isso, é sempre bom prever, no mínimo, 30 ou 45 dias de prazo até que o pagamento seja feito", afirma o diretor do FGC, Celso Antunes.

O FGC é mantido pelas contribuições das próprias instituições financeiras. O fundo devolve os recursos aos investidores de poupança, CDBs, LCIs, entre outras aplicações, quando o banco detentor da conta ou emissor do título sofre intervenção, liquidação extrajudicial ou quando é considerado insolvente pelo Banco Central.

Em abril, o limite de cobertura do FGC passou a ser de de 250 mil reais por CPF, por instituição financeira, somando-se todas as aplicações do investidor naquele banco. Mas para intervenções e liquidações feitas até o dia 30 de abrilaindavale a antiga cobertura de 70 mil reais, como no caso do BVA , que sofreu intervenção em outubro de 2012.

Caso BVA evidencia risc o adicional do investimento em bancos médios

Apesar de bancos médios possuírem mais riscos do que os bancos grandes, planejadores financeiros recomendam a aplicação nessas instituições -desde que dentro do limite de cobertura oferecido pelo FGC -porque elas costumam oferecer remunerações vantajosas. No entanto, casos recentes mostram que há riscos mesmo para quem investe volumes inferiores ao teto da cobertura, já que os ressarcimentos têm demorado meses.

Com a demora no pagamento, investidores ficam com seus recursos travados e deixam de ganhar dinheiro em outras aplicações. Aquestão passou a ser uma preocupação a mais na hora de investir em bancos médios depois da intervenção do banco BVA, já que os investidores do banco demoraram cerca de cinco ou seis meses para começar a receber seus pagamentos.


A demora ocorreu, segundo Antunes, porque o banco precisou cruzar os dados de todos os clientes que investiam em seus produtos diretamente e por meio de corretoras. O procedimento é necessário porque, por mais que o investidor invista em CDBs do BVA por meio de diferentes corretoras, a garantiase limita a70 mil por instituição financeira emissora do papel.

"É preciso tomarcuidado com isso. Se o investidor está comprando CDBs do banco BVA, não importa se ele comprou por meio da corretora 'a', 'b' ou 'c' porque o que conta é a instituição emissora. Por isso, é preciso somar tudo para depois verificar quanto é preciso pagar por isso", diz o diretor do FGC.

Apesar de ter sido levantada a hipótese de que a demora no pagamento das garantias devia-se à falta de registros dos investimentosna Cetip por parte dascorretoras- já que elas não são obrigadas a fazer isso -, Antunes afirma que essa não foi a principal causa dos atrasos e que os investidores não precisam se preocupar em checar se a corretora mantém ou não os registros na Cetip.

Demora de seis meses em ressarcimento não deve se repetir

Ele diz que, depois dos problemas o BVA, o Banco Central passou a ter uma preocupação maior com assunto e já tomou algumas providências para agilizar o processo de ressarcimento.

Por isso, ele defende veementemente que atrasos como no caso do BVA, não devem se repetir. "Estou seguro de que outro caso de demora de seis meses não vai ocorrer. Mas um prazo de 30 a 45 dias o investidor deve continuar esperando porque é o tempo que leva para o banco apurar os dados dos investidores e passar para o FGC, que ao receber as informações faz o pagamento dentro de uma semana", diz.

Segundo Antunes,95% dos investidores do BVA já receberam suas garantias,oito meses depois da intervenção. Apenas não resgataram seus recursos aqueles clientes que ainda não se mobilizaram para isso.

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O FGC é mantido pelas contribuições das próprias instituições financeiras. O fundo devolve os recursos aos investidores de poupança, CDBs, LCIs, entre outras aplicações, quando o banco detentor da conta ou emissor do título sofre intervenção, liquidação extrajudicial ou quando é considerado insolvente pelo Banco Central.

Em abril, o limite de cobertura do FGC passou a ser de de 250 mil reais por CPF, por instituição financeira, somando-se todas as aplicações do investidor naquele banco. Mas para intervenções e liquidações feitas até o dia 30 de abrilaindavale a antiga cobertura de 70 mil reais, como no caso do BVA , que sofreu intervenção em outubro de 2012.

Caso BVA evidencia risc o adicional do investimento em bancos médios

Apesar de bancos médios possuírem mais riscos do que os bancos grandes, planejadores financeiros recomendam a aplicação nessas instituições -desde que dentro do limite de cobertura oferecido pelo FGC -porque elas costumam oferecer remunerações vantajosas. No entanto, casos recentes mostram que há riscos mesmo para quem investe volumes inferiores ao teto da cobertura, já que os ressarcimentos têm demorado meses.

Com a demora no pagamento, investidores ficam com seus recursos travados e deixam de ganhar dinheiro em outras aplicações. Aquestão passou a ser uma preocupação a mais na hora de investir em bancos médios depois da intervenção do banco BVA, já que os investidores do banco demoraram cerca de cinco ou seis meses para começar a receber seus pagamentos.


A demora ocorreu, segundo Antunes, porque o banco precisou cruzar os dados de todos os clientes que investiam em seus produtos diretamente e por meio de corretoras. O procedimento é necessário porque, por mais que o investidor invista em CDBs do BVA por meio de diferentes corretoras, a garantiase limita a70 mil por instituição financeira emissora do papel.

"É preciso tomarcuidado com isso. Se o investidor está comprando CDBs do banco BVA, não importa se ele comprou por meio da corretora 'a', 'b' ou 'c' porque o que conta é a instituição emissora. Por isso, é preciso somar tudo para depois verificar quanto é preciso pagar por isso", diz o diretor do FGC.

Apesar de ter sido levantada a hipótese de que a demora no pagamento das garantias devia-se à falta de registros dos investimentosna Cetip por parte dascorretoras- já que elas não são obrigadas a fazer isso -, Antunes afirma que essa não foi a principal causa dos atrasos e que os investidores não precisam se preocupar em checar se a corretora mantém ou não os registros na Cetip.

Demora de seis meses em ressarcimento não deve se repetir

Ele diz que, depois dos problemas o BVA, o Banco Central passou a ter uma preocupação maior com assunto e já tomou algumas providências para agilizar o processo de ressarcimento.

Por isso, ele defende veementemente que atrasos como no caso do BVA, não devem se repetir. "Estou seguro de que outro caso de demora de seis meses não vai ocorrer. Mas um prazo de 30 a 45 dias o investidor deve continuar esperando porque é o tempo que leva para o banco apurar os dados dos investidores e passar para o FGC, que ao receber as informações faz o pagamento dentro de uma semana", diz.

Segundo Antunes,95% dos investidores do BVA já receberam suas garantias,oito meses depois da intervenção. Apenas não resgataram seus recursos aqueles clientes que ainda não se mobilizaram para isso.

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