Cédulas: mudança foi reflexo do desenvolvimento dos fundos e aumento da concorrência no segmento (Priscila Zambotto/Getty Images)
Marília Almeida
Publicado em 1 de novembro de 2019 às 11h56.
Última atualização em 2 de novembro de 2019 às 23h33.
São Paulo – Entra em vigor nesta sexta-feira (1º) a nova classificação para os fundos de previdência privada aberta, que cria 23 tipos de fundos de previdência. Antes, eram sete tipos.
Criada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), a nova categorização das aplicações financeiras está em linha com a regulação da Instrução CVM 555.
Na renda fixa, por exemplo, as novas subdivisões consideram os prazos e riscos dos ativos. Nos multimercados balanceados, o produto foi adaptado à Resolução CMN 4.444, que possibilita um limite maior de alocação de ativos em renda variável.
A mudança atende demandas do mercado, incentivadas pelo desenvolvimento do segmento de previdência nos últimos anos, que registrou a entrada de novas gestoras e a criação de novos fundos e diferentes estratégias de gestão.
Segundo Carlos André, vice-presidente da Anbima, o avanço desse segmento está relacionado à estabilização da economia, ao avanço da Reforma da Previdência e à queda dos juros, que estimula os investidores a buscarem diversificação das suas aplicações financeiras.
Antes de vigorar, a proposta da nova classificação passou por audiência pública para consulta do mercado. Os fundos de previdência acumulam patrimônio líquido de 740,1 bilhões de reais. Até setembro, a captação líquida desses produtos no ano é de 26 bilhões de reais.
Confira abaixo a lista completa dos tipos de fundos:
Acompanha as variações de indicadores de referência do mercado de renda fixa
Carteiras com duração média inferior a 63 dias que mantenham 100% do patrimônio líquido em títulos públicos federais
Carteiras com duração média inferior a 63 dias que mantenham, no mínimo, 80% do patrimônio líquido em títulos públicos federais ou ativos de baixo risco de crédito nos mercados doméstico ou externo
Carteiras com duração média inferior a 63 dias que podem manter mais de 20% do patrimônio líquido em ativos de médio e alto risco nos mercados doméstico ou externo
Carteiras com duração média inferior ou igual à apurada no IRF-M do último dia útil do mês de junho que mantenham 100% do patrimônio líquido em títulos públicos federais
Carteiras com duração média inferior ou igual à apurada no IRF-M do último dia útil do mês de junho que mantenham, no mínimo, 80% do patrimônio líquido em títulos públicos federais ou ativos de baixo risco de crédito nos mercados doméstico ou externo
Carteiras com duração média inferior ou igual à apurada no IRF-M do último dia útil do mês de junho que podem manter mais de 20% do patrimônio líquido em ativos de médio e alto risco nos mercados doméstico ou externo
Carteiras com duração média igual ou superior à apurada no IMA-Geral do último dia útil do mês de junho que mantenham 100% do patrimônio líquido em títulos públicos federais
Carteiras com duração média igual ou superior à apurada no IMA-Geral do último dia útil do mês de junho que mantenham, no mínimo, 80% do patrimônio líquido em títulos públicos federais ou ativos de baixo risco de crédito nos mercados doméstico ou externo
Carteiras com duração média igual ou superior à apurada no IMA-Geral do último dia útil do mês de junho que podem manter mais de 20% do patrimônio líquido em ativos de médio e alto risco nos mercados doméstico ou externo
Carteiras sem compromisso de manter limites máximo ou mínimo de duração média que mantenham 100% do patrimônio líquido em títulos públicos federais
Carteiras sem compromisso de manter limites máximo ou mínimo de duração média que mantenham, no mínimo, 80% do patrimônio líquido em títulos públicos federais ou ativos de baixo risco de crédito nos mercados doméstico ou externo
Carteiras sem compromisso de manter limites máximo ou mínimo de duração média que podem manter mais de 20% do patrimônio líquido em ativos de médio e alto risco nos mercados doméstico ou externo
Carteiras com objetivo de buscar retorno em prazo referencial, ou data-alvo, com estratégia de rebalanceamento periódico
Deve possuir, no mínimo, 67% da carteira em renda variável, com o objetivo de acompanhar as variações de um índice de referência do mercado de ações
Deve possuir, no mínimo, 67% da carteira em renda variável, podendo ou não ter o objetivo de superar um índice de referência do mercado de ações
Investe em diversas classes de ativos com o objetivo de retorno em longo prazo. Pode ter até 15% da carteira em renda variável
Investe em diversas classes de ativos com o objetivo de retorno em longo prazo. Deve ter entre 15% e 30% da carteira em renda variável
Investe em diversas classes de ativos com o objetivo de retorno em longo prazo. Deve ter entre 30% e 49% da carteira em renda variável
Investe em diversas classes de ativos com o objetivo de retorno em longo prazo. Deve ter acima de 49% da carteira em renda variável
Investe em diversas classes de ativos com o objetivo de retorno em prazo referencial, ou data-alvo
Carteiras têm objetivo de buscar retorno em longo prazo, admitindo estratégias que impliquem risco de juros, risco de índice de preço e risco de moeda estrangeira
Carteiras têm objetivo de buscar retorno em longo prazo por meio de investimento em diversas classes de ativos.