Empresas de telefonia devem crescer menos que em 2005

A partir da segunda quinzena de julho, as empresas de telefonia começam a divulgar os balanços referentes ao segundo trimestre de 2006. As expectativas do mercado não são muito otimistas, apontando resultados inferiores aos registrados no mesmo período do ano passado.

Segundo análise da BES Securities, corretora do Grupo Espírito Santo, as operadoras de celulares deverão registrar perdas em suas margens operacionais devido às promoções e subisídios realizados nos três últimos meses. Já as empresas de telefonia fixa não deverão recuperar o tráfego de ligações perdido no primeiro trimestre do ano - neste caso, atribuído à sazonalidade por ser período de férias - devido aos feriados e à Copa do Mundo. Além disso, o relatório destaca as grandes possibilidades de o reajuste tarifário que está em negociação com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) situar-se próximo de zero.

Em junho, no entanto, o Índice Setorial de Telecomunicações (Itel) apresentou valorização 1%, contra 0,3% do Ibovespa. A alta foi decorrente da recuperação de algumas ações, que no mês anterior haviam registrado fortes quedas. As ações da TIMParticipações subiram 8,7% em junho, as da Telesp 8,5%, Embratel 8,3% e Brasil Telecom 4,5%. Todas elas, com exceção da Embratel, registraram perdas em maio.

Os papéis da Telemar, entretanto, mantiveram acentuado movimento de queda, desvalorizando 8% no mês passado. De acordo com a BES Securities, a queda é decorrente da descrença do mercado em relação à concretização da oferta secundária e conseqüentemente, da reorganização societária do grupo.