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Disputa por SulAmérica faz ações da seguradora subirem

Bradesco e Banco do Brasil estariam interessados em adquirir a segunda maior seguradora do país

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Quem acreditava que o setor de seguros se acalmaria depois da associação entre Itaú Unibanco e Porto Seguro se enganou. Agora as atenções se voltam para a SulAmérica, segunda empresa do ramo no país, alvo do interesse do Bradesco e do Banco do Brasil. As negociações, divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo no último sábado, fizeram as ações da seguradora subirem no pregão desta segunda-feira (14). Às 12h02, os papéis da SulAmérica (SULA11) registravam alta de 3,29%, negociados a 39,24 reais. No mesmo instante, o Ibovespa subia 0,13%, aos 58.442 pontos.

Segundo o jornal, o grupo holandês ING, sócio da SulAmérica, teria interesse em vender a participação direta de 21% na seguradora desde o início do ano para se capitalizar e enfrentar dificuldades na Europa. O valor ainda está em negociação. A aquisição da empresa seria especialmente interessante para o Bradesco, que perdeu a Porto Seguro - a maior seguradora independente do país - para o Itaú Unibanco no final de agosto. A assessoria de imprensa do Bradesco, no entanto, diz que a "informação não procede".

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A SulAmérica já é parceira do BB em alguns ramos de seguro. O banco planeja um completo rearranjo do setor de seguros. Ele é minoritário em parcerias com a SulAmérica na Brasilcap e na Brasil Saúde, com participações de 49,9% cada. Já na Brasil Veículos, o BB tem 70% e a SulAmérica, 30%. A espanhola Mapfre fechou um acordo com a Nossa Caixa, o banco estatal paulista comprado pelo BB, e também é vista pelo mercado como uma potencial parceria do banco federal. Por meio de sua assessoria de imprensa, o BB confirma apenas a reestruturação do setor, sem mencionar parceiros específicos.

A venda de parte da SulAmérica confirma uma tendência do mercado brasileiro. Como as possibilidades de elevar a carteira de crédito via grandes aquisições estão praticamente esgotadas no Brasil, os bancos passaram nos últimos meses a olhar com bastante carinho para o mercado de seguros. No Brasil, as seguradoras não fazem oposição a essa "invasão" dos bancos porque, com as parcerias, elas também ganham acesso aos clientes das instituições financeiras.

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