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O que deve pressionar a cotação do dólar esse ano

Inês Filipa, da corretora inglesa Icap no Brasil, acredita que a moeda norte-americana ficará abaixo de 2 reais em 2010

Inês Filipa, da Icap: fluxo de investimento externo no Brasil continua alto (.)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.

Para Inês Filipa, economista-chefe da corretora inglesa Icap no Brasil, a valorização do real é explicada pela credibilidade internacional do país, o que deve manter a cotação abaixo de 2 reais.

EXAME - É hora de esperar maior alta do dólar?
Inês Filipa
- A moeda pode subir um pouco neste ano, em razão de fatores que deixam o mercado mais volátil, como as eleições. Mas não acredito que a cotação passará dos 2 reais.

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EXAME - Por quê?
Inês Filipa
- Basicamente, porque a credibilidade do Brasil é tão grande que os estrangeiros continuam colocando dólares aqui. Se dependesse apenas da diferença entre as receitas e as despesas internacionais do país, o dólar já teria disparado. O que muda todo o cenário é o fluxo de investimento externo no Brasil, que continua muito alto. Ainda não há data definida. Mas o plano de capitalizar a Petrobras para financiar a exploração da camada do pré-sal, esperado ainda para este semestre, pode ser o maior da história em todo o mundo.

EXAME - Vale a pena aplicar nos papéis da empresa?
Inês Filipa
- No longo prazo, sim. Apesar de já ser uma gigante, a Petrobras, é vista como uma das poucas empresas petrolíferas com capacidade de crescer muito. No curto prazo, porém, sobram dúvidas sobre como será a capitalização, e isso pode mexer com o preço do papel.

Se a injeção de recursos na Petrobras alcançar o volume esperado, será a maior emissão de ações ocorrida no mundo e a empresa estará capitalizada para realizar investimentos e aumentar ainda mais sua produção. Produção mensal de óleo da Petrobras (em milhares de barris por dia)

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