Conta de luz terá cobrança extra em novembro com bandeira vermelha nível 1
De acordo com a Aneel, cobrança adicional foi influenciada por previsão de chuvas abaixo da média nos principais reservatórios hidrelétricos no próximo mês
Reuters
Publicado em 25 de outubro de 2019 às 16h48.
Última atualização em 25 de outubro de 2019 às 17h22.
São Paulo — As contas de luz dos brasileiros terão cobrança adicional em novembro devido ao acionamento da bandeira tarifária vermelha nível 1, que representa custo extra de 4,169 reais para cada 100 quilowatts-hora consumidos, disse a Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ) em comunicado nesta sexta-feira.
As bandeiras resultam em cobranças adicionais para os consumidores quando saem do patamar verde para o amarelo ou vermelho, variando de acordo com a oferta de energia para sinalizar maiores custos de geração no sistema.
A definição da bandeira para o próximo mês foi influenciada por previsão de chuvas abaixo da média nos principais reservatórios hídricos, mesmo com novembro sendo o mês de início do chamado "período úmido" na região das hidrelétricas do país, de acordo com a Aneel.
As vazões abaixo da média histórica nos reservatórios deverão exigir maior acionamento do parque de termelétricas, que têm custo de geração superior, explicou a agência.
A bandeira vermelha nível 1 representa custo extra de 4,169 reais para cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Em outubro, o peso das bandeiras sobre as contas de luz foi menor, devido ao acionamento do patamar amarelo para o mecanismo tarifário. Antes, ainda no período seco, o Brasil teve dois meses de bandeira vermelha nível 1.
As bandeiras passaram a ser aplicadas pela Aneel nas contas de luz partir de 2015, com o objetivo de sinalizar aos consumidores a oferta de energia e repassar de imediato às tarifas alguns custos que eram carregados pelas distribuidoras e repassados posteriormente aos clientes, no momento de reajustes tarifários anuais.
O mecanismo sofreu forte oposição de alguns políticos, mas a agência reguladora chegou a acordo neste mês com parlamentares para a retirada de um projeto de decreto legislativo que visava acabar com as bandeiras.
Em meio ao entendimento com os parlamentares, as cobranças adicionais disparadas pelas bandeiras sofreram leve reajuste, com a Aneel deixando de arredondar os valores.