Cinco maneiras de evitar golpes em aplicações financeiras
Na América Latina, uma das principais preocupações da população está relacionada com fraudes em aplicações financeiras
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2016 às 15h37.
Depois do caso de Bernard Madoff, o ex-presidente da Nasdaq que criou uma pirâmide financeira que desapareceu com US$ 50 bilhões de economias de investidores nos Estados Unidos e em diversos países, inclusive no Brasil, o cuidado com os golpes cresceu no mundo inteiro.
Na América Latina, uma das principais preocupações da população está relacionada com fraudes em aplicações financeiras. Segundo a Pesquisa de Mercado Global feita pelo CFA Institute, 41% dos entrevistados da região afirmaram temer pela falta de ética dos gestores de investimentos.
De acordo com o CFA, associação que atua no reforço da qualidade do profissional de investimentos em todo o mundo por meio de certificações, é sempre importante atentar para um possível golpe. Sempre que há dinheiro envolvido, existe a possibilidade de que pessoas sem escrúpulos tentem tirar proveito, alerta a entidade.
Para ajudar os investidores na tomada de decisões de investimento bem embasadas, o instituto preparou cinco dicas para reduzir as chances de uma fraude financeira:
1) Entenda a estratégia do investimento
O gestor de carteira Peter Lynch aconselha que as pessoas invistam apenas no que elas entendam. Os investidores devem estar atentos ao fato de que o jargão complexo utilizado nesta área pode esconder inconsistências suspeitas.
Algumas oportunidades de investimento parecem sedutoras simplesmente por serem descritas utilizando termos complexos e impactantes.
Como investidores, queremos parecer inteligentes e sorrimos e concordamos com algo que não entendemos. Mas as estratégias de investimento e produtos financeiros devem ser claras e compreensíveis, e os consultores contratados devem assegurar que o investidor se sinta confortável antes de mergulhar de cabeça.
2) Cuidado com garantias, retornos rápidos e acesso especial
Os profissionais de investimento legítimos não prometem nem dão garantias. Isso não existe. Impostores fazem com que a combinação de segurança e altos retornos pareça plausível, oferecendo um “acesso especial” com base em seu relacionamento com algum conhecido ou parceria com um grupo específico.
É comum um esquema de pirâmide começar em uma empresa ou clube ou mesmo na família, com um investidor contando vantagem ou indicando a aplicação para um amigo ou parente e todos se tornando vítimas.
É preciso se certificar também que os investimentos foram avaliados não apenas por seus benefícios, mas também por seus riscos, e fazer um esforço para evitar a pressão social dos grupos, que pode levar os investidores à miséria.
3) Observe se o investimento está sujeito à regulamentação
As regulamentações podem variar de acordo com o país e o tipo de investimento. Consultores estrangeiros, por exemplo, podem estar sujeitos a uma supervisão menos rigorosa em alguns países.
Antes de tomar uma decisão sobre investimento, o investidor deve se certificar de estar ciente da regulamentação, avaliando os benefícios do investimento.
4) Confie, mas verifique
A empresa escolhida para gerir os investimentos será responsável pela supervisão dos bens até por muitos anos. Por isso é importante construir uma relação de confiança.
Uma das melhores maneiras de obter este nível de relacionamento é adotando o raciocínio “confie, mas verifique”.
Busque profissionais que apresentem uma posição distinta em sua carreira, como uma certificação profissional, caso do Chartered Financial Analyst (CFA), e profissionais que sigam um Código de Ética que os obrigue a colocar os interesses dos clientes à frente dos seus.
É o caso também do brasileiro IBCPF. Confiança se constrói com consistência, portanto pesquisar sobre o passado profissional deles pode revelar muito sobre seu histórico de investimentos, referências, além do registro no regulador. A CVM mantém um registro dos gestores de recursos e consultores autorizados a operar no mercado.
5) Não se esqueça da diversificação
Mesmo que a diversificação seja fundamental, muitos investidores se esquecem disso. Esta medida pode ajudar a limitar uma possível catástrofe associada a fraudes, além de estar propensa a oferecer maior retorno médio com menor risco.
Em todos os casos, as decisões de investimento devem estar alinhadas aos objetivos financeiros de longo prazo do investidor.
Depois do caso de Bernard Madoff, o ex-presidente da Nasdaq que criou uma pirâmide financeira que desapareceu com US$ 50 bilhões de economias de investidores nos Estados Unidos e em diversos países, inclusive no Brasil, o cuidado com os golpes cresceu no mundo inteiro.
Na América Latina, uma das principais preocupações da população está relacionada com fraudes em aplicações financeiras. Segundo a Pesquisa de Mercado Global feita pelo CFA Institute, 41% dos entrevistados da região afirmaram temer pela falta de ética dos gestores de investimentos.
De acordo com o CFA, associação que atua no reforço da qualidade do profissional de investimentos em todo o mundo por meio de certificações, é sempre importante atentar para um possível golpe. Sempre que há dinheiro envolvido, existe a possibilidade de que pessoas sem escrúpulos tentem tirar proveito, alerta a entidade.
Para ajudar os investidores na tomada de decisões de investimento bem embasadas, o instituto preparou cinco dicas para reduzir as chances de uma fraude financeira:
1) Entenda a estratégia do investimento
O gestor de carteira Peter Lynch aconselha que as pessoas invistam apenas no que elas entendam. Os investidores devem estar atentos ao fato de que o jargão complexo utilizado nesta área pode esconder inconsistências suspeitas.
Algumas oportunidades de investimento parecem sedutoras simplesmente por serem descritas utilizando termos complexos e impactantes.
Como investidores, queremos parecer inteligentes e sorrimos e concordamos com algo que não entendemos. Mas as estratégias de investimento e produtos financeiros devem ser claras e compreensíveis, e os consultores contratados devem assegurar que o investidor se sinta confortável antes de mergulhar de cabeça.
2) Cuidado com garantias, retornos rápidos e acesso especial
Os profissionais de investimento legítimos não prometem nem dão garantias. Isso não existe. Impostores fazem com que a combinação de segurança e altos retornos pareça plausível, oferecendo um “acesso especial” com base em seu relacionamento com algum conhecido ou parceria com um grupo específico.
É comum um esquema de pirâmide começar em uma empresa ou clube ou mesmo na família, com um investidor contando vantagem ou indicando a aplicação para um amigo ou parente e todos se tornando vítimas.
É preciso se certificar também que os investimentos foram avaliados não apenas por seus benefícios, mas também por seus riscos, e fazer um esforço para evitar a pressão social dos grupos, que pode levar os investidores à miséria.
3) Observe se o investimento está sujeito à regulamentação
As regulamentações podem variar de acordo com o país e o tipo de investimento. Consultores estrangeiros, por exemplo, podem estar sujeitos a uma supervisão menos rigorosa em alguns países.
Antes de tomar uma decisão sobre investimento, o investidor deve se certificar de estar ciente da regulamentação, avaliando os benefícios do investimento.
4) Confie, mas verifique
A empresa escolhida para gerir os investimentos será responsável pela supervisão dos bens até por muitos anos. Por isso é importante construir uma relação de confiança.
Uma das melhores maneiras de obter este nível de relacionamento é adotando o raciocínio “confie, mas verifique”.
Busque profissionais que apresentem uma posição distinta em sua carreira, como uma certificação profissional, caso do Chartered Financial Analyst (CFA), e profissionais que sigam um Código de Ética que os obrigue a colocar os interesses dos clientes à frente dos seus.
É o caso também do brasileiro IBCPF. Confiança se constrói com consistência, portanto pesquisar sobre o passado profissional deles pode revelar muito sobre seu histórico de investimentos, referências, além do registro no regulador. A CVM mantém um registro dos gestores de recursos e consultores autorizados a operar no mercado.
5) Não se esqueça da diversificação
Mesmo que a diversificação seja fundamental, muitos investidores se esquecem disso. Esta medida pode ajudar a limitar uma possível catástrofe associada a fraudes, além de estar propensa a oferecer maior retorno médio com menor risco.
Em todos os casos, as decisões de investimento devem estar alinhadas aos objetivos financeiros de longo prazo do investidor.