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Cielo prevê que BC autorize já em novembro uso do WhatsApp em pagamentos

WhatsApp, braço de mensageria do Facebook, anunciou em junho parceria com Banco do Brasil, Cielo e as bandeiras de cartões Visa e Mastercard para pagamentos

Pagamentos no WhatsApp: BC suspendeu operação, autorizando-a desde o final de julho apenas para testes (WhatsApp/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 28 de outubro de 2020 às 14h22.

Última atualização em 28 de outubro de 2020 às 14h44.

O presidente executivo da Cielo, Paulo Caffarelli, disse nesta quarta-feira esperar que o Banco Central autorize em novembro o uso do WhastApp para pagamentos.

"A expectativa que a gente tem ouvido de partes envolvidas no assunto é que a autorização do regulador sairá em novembro", disse Caffarelli em teleconferência com jornalistas sobre os resultados da Cielo do terceiro trimestre, sem mencionar nomes.

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O WhatsApp, braço de mensageria do Facebook, anunciou em junho parceria com Banco do Brasil, Cielo e as bandeiras de cartões Visa e Mastercard para pagamentos, mas o BC suspendeu essa operação, autorizando-a desde o final de julho apenas para testes.

Nesse período, a expectativa em torno do início comercial desse negócio tem ampliado a volatilidade das ações da Cielo, com analistas avaliando que a maior empresa de pagamentos eletrônicos do país pode ter na parceria um caminho para se recuperar, após anos de queda nas margens e nos lucros.

Essa tendência declinante foi reforçada na terça-feira à noite, quando a Cielo anunciou que seu lucro do terceiro trimestre caiu 71,5% ante mesma etapa de 2019, refletindo queda nas margens devido à forte concorrência e aos efeitos da crise desencadeada pela pandemia da covid-19.

Em nota aos clientes, o Credit Suisse reafirmou ser "difícil ver qualquer ângulo estruturalmente positivo nas ações se a Cielo continuar da mesma forma", embora tenha considerado o resultado trimestral acima do previsto.

Analistas do setor financeiro ainda veem desafios adicionais para a Cielo com a estreia em novembro do sistema instantâneo de pagamentos, Pix, que deve tomar mercado de outras modalidades que dão receitas para instituições financeiras, caso dos cartões de crédito e de débito, eixo do negócio das adquirentes.

Caffarelli, no entanto, alegou na teleconferência que o Pix deve ampliar a bancarização no Brasil, criando oportunidades maiores para o setor financeiro, incluindo a própria Cielo. Mas não deu detalhes.

Às 11h55, a ação da Cielo caía 3,6%, enquanto o Ibovespa tinha queda de 3,2%, num dia de fortes perdas nas bolsas no mundo inteiro, diante de uma nova onda de infecções pela covid-19 e de receios ligados à eleição presidencial nos Estados Unidos.

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