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Bradesco registra lucro recorde de R$ 3 bilhões em 2004

Queda das receitas da intermediação financeira foram compensadas por outras fontes, como tarifas, planos de previdência e capitalização

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O Bradesco, maior banco privado do país, fechou 2004 com o maior lucro líquido consolidado de sua história: 3,060 bilhões de reais, cifra 32,7% maior que os 2,306 bilhões obtidos em 2003. "Foi um resultado muito positivo, pois mostra que o Bradesco segue uma linha de consolidação correta", afirma a analista especializada no mercado financeiro Catarina Pedrosa, do Banif Investment Banking.

No ano passado, os recursos captados e administrados pelo banco atingiram 265,383 bilhões de reais um crescimento de 10,19% sobre 2003. As receitas da intermediação financeira, porém, apresentaram uma queda de 6,5%, para 26,203 bilhões de reais. Com isso, a margem financeira do banco (receitas de intermediação menos despesas de intermediação) caiu 0,4% e somou 13,231 bilhões de reais. Segundo o Bradesco, esse recuo decorreu da menor remuneração obtida por operações baseadas em juros e pela redução dos spreads.

Parte da queda, porém, foi compensada pelo maior volume de receitas de prestação de serviços (como as tarifas bancárias) que passaram de 4,557 bilhões para 5,824 bilhões de reais um acréscimo de 27,8%. De acordo com o banco, o montante foi suficiente para cobrir 58,8% das despesas totais (pessoal e administrativas). No ano retrasado, a cobertura foi de 47,5%.

As receitas decorrentes de planos de seguro, previdência e capitalização cresceram 13,3% e somaram 13,284 bilhões de reais. A área de seguros contribuiu com lucro líquido de 888 milhões de reais, contra 613 milhões no período comparado.

Segundo Catarina, do Banif, outro destaque do Bradesco foi a expansão da carteira de crédito, que fechou o ano em 62,8 bilhões, 15,6% maior que o de 2003. O que puxou o crédito do Bradesco foi a maior demanda das pessoas físicas e das pequenas e médias empresas, em função da expansão da economia e da melhoria do nível salarial. Com isso, as pessoas físicas responderam por 33,8% da carteira de crédito, em 2004, contra 28,8% em 2003. Já as pequenas e médias empresas subiram de 25,9% para 29,7%.

As grandes empresas, em contrapartida, reduziram sua participação na carteira de crédito do Bradesco de 45,3% para 36,5%. De acordo com o banco, a valorização do real e o maior uso de instrumentos do mercado de capitais (como emissões de ações e debêntures) reduziram a demanda por crédito das grandes companhias.

As despesas operacionais do Bradesco caíram 2,9%, de 7,279 bilhões de reais para 7,071 billhões. O lucro operacional foi 15,9% maior e somou 4,118 bilhões. O Bradesco encerrou dezembro com patrimônio líquido de 15,215 bilhões de reais, 12,3% maior que o de dezembro do ano retrasado. O banco possui 3 004 agência no país, além de 21 822 máquinas de auto-atendimento.

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