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Bovespa fecha em alta de 1,73% nesta quarta

Demanda por papéis da Vale do Rio Doce e da Petrobras sustentam o pregão. Declarações do Federal Reserve também ajudam

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, conseguiu sustentar a tendência de alta ao longo de toda a quarta-feira (28/2). O resultado foi uma valorização de 1,73% no fechamento do pregão, que atingiu os 43.892 pontos. O resultado indica uma aceleração dos ganhos ao longo do dia, pois o pregão abriu com alta mais modesta. No meio da manhã de hoje, por exemplo, o Ibovespa subia apenas 0,50%.

Apesar do resultado, a Bovespa ainda acumula queda de 1,31% no ano. O motivo foi o forte tombo de 6,63% sofrido ontem, em função da queda histórica de 8,8% da Bolsa de Xangai - o maior recuo chinês em mais de dez anos. No Brasil, a queda da bolsa foi a mais forte desde 13 de setembro de 2001, ainda sob o impacto dos atentados contra os Estados Unidos.

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No ponto mais baixo do dia, a Bovespa chegou a cair 0,05%. Já no melhor momento, a alta foi de 1,80%. O volume negociado, 4,63 bilhões de reais, foi considerado grande pelos analistas. A principal ação da bolsa, a Petrobras PN, encerrou o dia com alta de apenas 0,66%. As ações preferenciais da Companhia Vale do Rio Doce, contudo, terminaram o pregão com ganho de 3,65%. Esses papéis são os segundos em importância no Ibovespa.

Outras bolsas

O desempenho acompanhou a tendência das bolsas americanas. No término dos negócios, a Nasdaq subiu 0,34%. Já o Índice Dow Jones avançou 0,42%. Enquanto a Bovespa e as bolsas americanas recuperaram parte das perdas de ontem, causadas pela forte queda da Bolsa de Xangai, os asiáticos e os europeus ainda sentiram os efeitos da turbulência internacional.

Na Ásia, os mercados acionários fecharam esta quarta-feira em baixa, apesar de a bolsa chinesa ter recuperado parte das perdas, ao terminar o dia com alta de 3,9%. A Bolsa de Tóquio, por exemplo, recuou 2,9%; a de Hong Kong, 2,5%; e a da Coréia do Sul, 2,6%. Na Europa, o dia também foi de desvalorização. A Bolsa da Alemanha recuou 1,5%. Na França, a perda foi de 1,3%. Já em Londres, houve baixa de 1,8%.

Contendo os ânimos

De acordo analistas, os pregões americanos foram estimulados pela ausência de surpresas negativas no relatório sobre a economia dos Estados Unidos no quarto trimestre de 2006. Embora a taxa de crescimento anualizada tenha sido rebaixada para 2,2%, ante a divulgação inicial de 3,5%, havia o temor de que o relatório reforçasse as declarações do ex-presidente do banco central do país, Alan Greenspan. Na segunda-feira (26/2), Greenspan afirmou que os Estados Unidos poderiam entrar em recessão ainda no final deste ano.

Hoje, seu sucessor no Federal Reserve, Ben Bernanke, focou seu discurso na necessidade de o governo americano conter o rombo do orçamento. O presidente do Fed procurou, contudo, acalmar os investidores, ao reforçar que a instituição mantém sua expectativa de crescimento moderado da economia e, inclusive, de fortalecimento da atividade no final do ano.

No Brasil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também tratou de esfriar as tensões do mercado. Segundo ele, a turbulência do mercado internacional está se dissipando. Mantega afirmou que a economia brasileira é "muito sólida". O ministro também procurou minimizar os efeitos de uma crise prolongada sobre o país. Para Mantega, se a instabilidade persistir, o "máximo" que pode acontecer é uma redução do superávit comercial - considerado bastante alto por ele - e a desvalorização do preço das commodities.

Rescaldo

As autoridades chinesas, que estiveram no epicentro do terremoto financeiro ontem, também saíram a campo para conter os ânimos dos investidores. Uma das principais causas da queda de 8,8% da Bolsa de Xangai ontem - a maior baixa em mais de dez anos - foi o rumor de que o governo chinês vai taxar os ganhos gerados por investimentos em ações. Hoje, representantes do país negaram o boato. As declarações contribuíram para que a bolsa subisse 3,9% hoje, recuperando parte do estrago. Para os analistas, porém, a incerteza continuará nas próximas semanas.

Um dos motivos é que a China encontra-se às vésperas da Assembléia Popular Nacional, na próxima semana. Da reunião, são esperadas resoluções sobre o programa de privatização e outros problemas da economia. Além disso, muitos investidores no mundo todo estão "machucados" pelo terremoto de ontem, há alguma redução de exposição ao risco, ajustes e chamadas de margem.

Com informações da Agência Estado

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