As marcas de luxo mais desejadas ao redor do mundo
Quatro das dez marcas mais valiosas fazem parte do grupo francês LVMH, dono da Louis Vuitton
Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 17h07.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h40.
A Tiffany & Co é a décima marca de luxo mais desejada do mundo, segundo pesquisa da Millward Brown Optimor, uma consultoria global de estratégia de marca. O levantamento foi feito a partir de entrevistas com mais de 1 milhão de consumidores ao redor do mundo que fazem parte do banco de dados do gigantesco grupo de mídia WPP, dono da própria Millward Brown. A Tiffany não estava na lista das dez maiores no ano passado, mas em 2010 conquistou a posição que pertencia à Prada. Fundada em 1837 nos Estados Unidos, a marca de joias é avaliada atualmente em 2,38 bilhões de dólares. O livro "Breakfast at Tiffany´s", de Truman Capote, deu origem a um filme homônimo que ajudou a marca a ser conhecida em todo o mundo - ainda que, no Brasil, o filme estrelado por Audrey Hepburn tenha sido chamado "Bonequinha de Luxo". A Tiffany & Co abriu sua primeira loja no Brasil em 2001, no shopping Iguatemi de São Paulo. Em maio deste ano, uma quadrilha de nove homens, alguns deles armados, assaltou a loja da Tiffany no shopping Cidade Jardim.
A marca italiana de alta costura Fendi é a nona marca mais desejada pelos consumidores. Avaliada em 3,20 bilhões de dólares, tem como diretor criativo Karl Lagerfeld, o mesmo da Chanel. Fundada em 1925, a empresa é conhecida principalmente pelos seus acessórios e bolsas. Faz parte do grupo LVMH, que também detém marcas como Louis Vuitton, Moët & Chandon, Hennessy, Givenchy, Tag Heuer, Kenzo e Loewe.
Depois de perder três posições em 2009, a marca de joias Cartier foi ultrapassada neste ano pela Moët & Chandon e agora é apenas a oitava marca mais desejada do mundo. O contexto mundial explica a derrocada da marca. Quando a economia não vai bem nos países ricos, joias de mais de 1 milhão de dólares tornam-se bem mais difíceis de vender que sapatos ou bolsas não tão caras produzidas por outras grifes. Fundada em 1847, a francesa Cartier vale 3,96 bilhões de dólares e continua a atrair principalmente membros da realeza e celebridades. Uma história bastante curiosa da Cartier envolve um brasileiro ilustre. O primeiro relógio de pulso foi desenhado em 1904 por Louis Cartier a pedido de seu amigo Santos Dumont, considerado o pai da aviação. O brasileiro havia reclamado que era impossível ver as horas em relógios de bolso enquanto voava.
A fabricante francesa de espumantes Moët & Chandon ganhou uma posição no ranking e se tornou neste ano a sétima marca mais desejada pelos consumidores ao redor do mundo. Com valor de 4,28 bilhões de dólares, a Moët produz anualmente mais de 26 milhões de garrafas de espumante. Apesar dos rumores de que poderia ser vendida para a Diageo, maior fabricante de bebidas destiladas do mundo, a marca ainda faz parte do portfólio da LVHM, dona da Louis Vuitton.
A marca suíça de relógios e joias Rolex perdeu uma posição no ranking deste ano, mas ainda aparece como a sexta marca de luxo mais desejada, com valor de 4,74 bilhões de dólares. A empresa iniciou suas atividades em 1905 em Londres, mas apenas em 1908 surgiu a marca Rolex. Posteriormente, a empresa se transferiu para a Suíça, conhecida como a terra dos relógios.
Quem desbancou a Rolex e assumiu a quinta posição no ranking das marcas valiosas foi a fabricante francesa de conhaque Hennessy. A marca vale 5,37 bilhões de dólares e pertence à LVMH, dona de grifes como a Louis Vuitton. A Hennessy vende cerca de 50 milhões de garrafas da bebida por ano. O conhaque é muito apreciado por rappers americanos. Afroman, Jay-Z, 50 Cent, Eminem e Tupac Shakur já citaram a bebida em algumas de suas letras.
Lançada em 1909 por Gabrielle "Coco" Chanel, a Chanel é a quarta marca mais desejada do mundo, com valor de 5,55 bilhões de dólares. A grife parisiense especializada em moda de luxo produz roupas, acessórios, bolsas, perfumes e cosméticos. A polêmica vida de Coco e suas bandeiras feministas garantem exposição à marca mesmo quase 40 anos após sua morte, seja por meio de filmes, documentários ou reportagens. O atual diretor criativo da grife é Karl Lagerfeld, que manteve o foco na produção de roupas clássicas, elegantes e originais. Entre as fragrâncias da marca, a mais badalada é o Chanel No. 5, que já teve garotas-propaganda como Catherine Deneuve, Nicole Kidman, Audrey Tautou e Marilyn Monroe.
Marca de roupas mais vendida da Itália, a Gucci aparece em terceiro lugar no ranking das mais desejadas do mundo. Com valor de 7,59 bilhões de dólares, a casa de moda é vista pelos críticos como um símbolo de uma era de excessos. Os clientes, no entanto, adoram suas roupas, relógios, joias e sapatos. Fundada em Florença em 1921, a marca esteve próxima da falência na década de 70. A recuperação só começou a se intensificar na segunda metade da década de 80. Em 1995, a empresa, já bastante lucrativa, abriu o capital e passou a ter ações negociadas em bolsa nos Estados Unidos.
A fabricante francesa de artigos de luxo Hermès é bastante conhecida por suas bolsas de couro de 5.000 dólares. Fundada em 1837 pela família Hermès, é especializada em roupas perfumaria e acessórios. Para chegar à segunda posição no ranking das marcas mais desejadas do mundo, com um valor de 8, 46 bilhões de dólares, a Hermès teve passar por um forte período de crescimento nas décadas de 80 e 90, quando aumentou muito o número de itens à venda e de lojas ao redor do mundo. Para coroar essa ascensão, passou a ter ações negociadas na bolsa de Paris em 1993.
A fabricante de artigos de luxo francesa fundada em 1854 pelo próprio Louis Vuitton se manteve no topo do ranking das marcas de luxo mais desejadas do mundo em 2010. A marca vale 19,78 bilhões de dólares e pertence ao grupo LVMH. Seu logotipo inclui as iniciais LV, que aparecem em boa parte de seus produtos, como roupas, sapatos, relógios, joias, acessórios e óculos. Os produtos são vendidos tanto em pequenas boutiques quando em lojas de departamento ou em seu site de comércio eletrônico. A empresa é presidida por Bernard Arnault e tem Marc Jacobs como diretor criativo.