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Agrupar as ações da OGX prejudica o acionista?

Para especialistas, juntar ações que valem centavos para formar uma quantidade menor de ações a um preço maior não faz grande diferença prática para o acionista

Sede da OGX no centro do Rio de Janeiro: assembleia no próximo dia 19 decide pelo grupamento das ações (Sérgio Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h52.

São Paulo – A OGX anunciou, na última quarta-feira, que promoverá uma assembleia de acionistas no próximo dia 19 para decidir pelo grupamento das ações da companhia. A intenção é reduzir a pulverização entre os acionistas que ocorreu com a perda de valor dos papéis no mercado. Mas por mais que os acionistas minoritários estejam se mostrando contrários a isso, inclusive publicamente nas redes sociais, o grupamento não deve fazer grande diferença para quem detém ações da companhia.

“Para o acionista não faz nenhuma diferença”, diz Pedro Galdi, analista de investimentos da SLW Corretora. Ele explica que ao agrupar certo número de ações que valem centavos – por exemplo, dez ações de 16 centavos que passam a valer uma ação de 1,60 real – simplesmente o papel passa para um patamar em que as oscilações são menores.

Ações que custam centavos costumam sofrer oscilações percentuais muito bruscas sempre que seu preço se move. Ou seja, o grupamento de ações reduz a volatilidade para o acionista, o que é até positivo.

Na opinião de Paulo Bittencourt, diretor técnico da Apogeo Investimentos, a indignação dos acionistas que se recusam a aceitar o grupamento se dá mais por uma questão de desconhecimento. Ele afirma que o grupamento é normal em situações como essa, em que as ações passam a ser negociadas por poucos centavos e ficam muito pulverizadas, notadamente em casos de recuperação judicial, como é o caso da OGX.

Segundo Bittencourt, o grupamento é bom para o acionista. “Ele fica com um número menor de ações, mas o valor final é o mesmo. A ação volta a ter uma representatividade do valor econômico da companhia. É até melhor para o investidor, pois cria uma referência de preço”, explica.

As ações podem ser agrupadas em lotes de 10, 100 ou 1.000, por exemplo. Se algum acionista tiver uma quantidade inferior à do lote de agrupamento – sete ações, por exemplo – ele não conseguiria ficar nem uma única ação após o grupamento. Paulo Bittencourt, no entanto, explica que há formas de contornar esse problema.

“O acionista pode vender seus papéis, comprar a quantidade necessária para formar uma ação ou a empresa pode converter o valor das ações em dinheiro e investi-lo em um fundo que só compre papéis da própria empresa”, exemplifica.

Os acionistas temem que o grupamento deprecie ainda mais os papéis da companhia, pois abrirá mais espaços para perdas, e nada impede que a ação volte a valer centavos outra vez. Além disso, o menor número de ações em circulação representa uma perda de liquidez.

São Paulo – A OGX anunciou, na última quarta-feira, que promoverá uma assembleia de acionistas no próximo dia 19 para decidir pelo grupamento das ações da companhia. A intenção é reduzir a pulverização entre os acionistas que ocorreu com a perda de valor dos papéis no mercado. Mas por mais que os acionistas minoritários estejam se mostrando contrários a isso, inclusive publicamente nas redes sociais, o grupamento não deve fazer grande diferença para quem detém ações da companhia.

“Para o acionista não faz nenhuma diferença”, diz Pedro Galdi, analista de investimentos da SLW Corretora. Ele explica que ao agrupar certo número de ações que valem centavos – por exemplo, dez ações de 16 centavos que passam a valer uma ação de 1,60 real – simplesmente o papel passa para um patamar em que as oscilações são menores.

Ações que custam centavos costumam sofrer oscilações percentuais muito bruscas sempre que seu preço se move. Ou seja, o grupamento de ações reduz a volatilidade para o acionista, o que é até positivo.

Na opinião de Paulo Bittencourt, diretor técnico da Apogeo Investimentos, a indignação dos acionistas que se recusam a aceitar o grupamento se dá mais por uma questão de desconhecimento. Ele afirma que o grupamento é normal em situações como essa, em que as ações passam a ser negociadas por poucos centavos e ficam muito pulverizadas, notadamente em casos de recuperação judicial, como é o caso da OGX.

Segundo Bittencourt, o grupamento é bom para o acionista. “Ele fica com um número menor de ações, mas o valor final é o mesmo. A ação volta a ter uma representatividade do valor econômico da companhia. É até melhor para o investidor, pois cria uma referência de preço”, explica.

As ações podem ser agrupadas em lotes de 10, 100 ou 1.000, por exemplo. Se algum acionista tiver uma quantidade inferior à do lote de agrupamento – sete ações, por exemplo – ele não conseguiria ficar nem uma única ação após o grupamento. Paulo Bittencourt, no entanto, explica que há formas de contornar esse problema.

“O acionista pode vender seus papéis, comprar a quantidade necessária para formar uma ação ou a empresa pode converter o valor das ações em dinheiro e investi-lo em um fundo que só compre papéis da própria empresa”, exemplifica.

Os acionistas temem que o grupamento deprecie ainda mais os papéis da companhia, pois abrirá mais espaços para perdas, e nada impede que a ação volte a valer centavos outra vez. Além disso, o menor número de ações em circulação representa uma perda de liquidez.

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