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1947 Cheval Blanc

Bordeaux, a mais famosa região vinícola do planeta, deve muito ao ano de 1947. O crítico Robert Parker, notório fã dos vinhos bordaleses, nasceu nesse ano. O polêmico enólogo Michel Rolland, diretor de várias vinícolas da região, também. Mas o maior mérito daquele ano, marcado por um verão de temperaturas altíssimas e clima seco, é […]

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DR

Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h06.

 Bordeaux, a mais famosa região vinícola do planeta, deve muito ao ano de 1947. O crítico Robert Parker, notório fã dos vinhos bordaleses, nasceu nesse ano. O polêmico enólogo Michel Rolland, diretor de várias vinícolas da região, também. Mas o maior mérito daquele ano, marcado por um verão de temperaturas altíssimas e clima seco, é o vinho da foto ao lado, o Cheval Blanc, considerado por nove em cada dez críticos o melhor vinho da história (quem pensa diferente, diz a piada, ainda não teve a chance de degustá-lo). Com a fama, o preço das garrafas que restam vem subindo: um exemplar de 1,5 litro foi arrematado recentemente por 25 000 reais. Na adega do château restam apenas 50 garrafas da safra 1947. Estima-se que haja mundo afora 2 000 outras garrafas das 50 000 elaboradas em 1947.</p> 

Mesmo em safras ruins, a cheval blanc produz vinhos tidos como fantásticos. Em 1947, porém, uma conjunção de fatores fez com que a qualidade das uvas atingisse patamares ainda não igualados. O clima quente daquele ano adiantou a colheita em 15 dias e resultou em uvas concentradas, com altos níveis de açúcar. A fermentação foi difícil e o tinto chegou a 14,3% de teor alcoólico, o que não era usual. Muitos acharam que o resultado seria um vinho abaixo da média. "Ele acabou se tornando um vinho inesquecível", afirma o francês Pierre Lurton, diretor do Château Cheval Blanc. As quase seis décadas que se passaram fizeram bem ao tinto. Robert Parker, quando abriu uma garrafa em 2003, descreveu o Cheval 1947 com aromas de bolo de frutas, chocolate, couro, café e especiarias -- e confere ao vinho a nota máxima de 100 pontos, definindo-o como o mais rico e opulento Bordeaux tinto do século 20.

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 Bordeaux, a mais famosa região vinícola do planeta, deve muito ao ano de 1947. O crítico Robert Parker, notório fã dos vinhos bordaleses, nasceu nesse ano. O polêmico enólogo Michel Rolland, diretor de várias vinícolas da região, também. Mas o maior mérito daquele ano, marcado por um verão de temperaturas altíssimas e clima seco, é o vinho da foto ao lado, o Cheval Blanc, considerado por nove em cada dez críticos o melhor vinho da história (quem pensa diferente, diz a piada, ainda não teve a chance de degustá-lo). Com a fama, o preço das garrafas que restam vem subindo: um exemplar de 1,5 litro foi arrematado recentemente por 25 000 reais. Na adega do château restam apenas 50 garrafas da safra 1947. Estima-se que haja mundo afora 2 000 outras garrafas das 50 000 elaboradas em 1947.</p> 

Mesmo em safras ruins, a cheval blanc produz vinhos tidos como fantásticos. Em 1947, porém, uma conjunção de fatores fez com que a qualidade das uvas atingisse patamares ainda não igualados. O clima quente daquele ano adiantou a colheita em 15 dias e resultou em uvas concentradas, com altos níveis de açúcar. A fermentação foi difícil e o tinto chegou a 14,3% de teor alcoólico, o que não era usual. Muitos acharam que o resultado seria um vinho abaixo da média. "Ele acabou se tornando um vinho inesquecível", afirma o francês Pierre Lurton, diretor do Château Cheval Blanc. As quase seis décadas que se passaram fizeram bem ao tinto. Robert Parker, quando abriu uma garrafa em 2003, descreveu o Cheval 1947 com aromas de bolo de frutas, chocolate, couro, café e especiarias -- e confere ao vinho a nota máxima de 100 pontos, definindo-o como o mais rico e opulento Bordeaux tinto do século 20.

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