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A US$ 50 bi, Mercado Livre seria a 3ª empresa mais valiosa da B3

Valor de mercado da companhia argentina é equivalente ao de Magazine Luiza, Via Varejo, B2W e Lojas Americanas juntas

Mercado Livre: ações da companhia acumulam alta de 75% no ano (Sarah Pabst/ Bloomberg via/Getty Images)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 9 de julho de 2020 às 13h55.

Última atualização em 9 de julho de 2020 às 18h10.

Apesar das profundas perdas econômicas impostas pela pandemia da Covid-19, ao menos um setor foi beneficiado: o de comércio digital. Com as ações listadas na Nasdaq , a principal bolsa de tecnologia do mundo, a plataforma de vendas on-line Mercado Livre atingiu 50 bilhões de dólares de valor de mercado nesta semana – montante é equivalente ao da Magazine Luiza , Via Varejo , B2W e Lojas Americanas juntas.

Se a empresa argentina fosse listada na bolsa de valores brasileira, a B3, seu valor de mercado seria o terceiro maior, perdendo apenas para Vale e Petrobrás, com cerca de 5 bilhões de dólares a mais de valor de mercado.

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O patamar dos 50 bilhões de dólares foi atingido pelo Mercado Livre, após suas ações acumularem alta de 75% no ano, passando de 571,94 dólares para pouco mais de 1.000 dólares por papel. Mesmo sendo negociada na bolsa que mais subiu durante a pandemia, a valorização da companhia também deixa para trás o índice Nasdaq, que subiu cerca 16% no ano.

Somente no primeiro trimestre, o faturamento da companhia cresceu 70,5%, desconsiderando fatores cambiais. No Brasil, que representa 60,9% do total da receita líquida da companhia, a expansão foi de 54,8% em moeda local.

Mas o resultado do segundo trimestre, que deve abarcar maior período da quarentena e será divulgado em 30 de julho, pode mostrar um crescimento ainda maior. Isso porque, segundo dados preliminares do Mercado Livre, as vendas diárias na plataforma aumentaram a partir de abril, atingindo o recorde de 1,4 milhões de entregas diárias.

A base de clientes do Mercado Livre também teve aumento de 45% entre o fim de fevereiro e o início de maio em relação o mesmo período de 2019. Apenas no Brasil, o crescimento foi de 2,6 milhões entre novos usuários e clientes que voltaram a fazer compras na plataforma.

De acordo com dados Similarweb divulgado em relatório do BTG Pactual, o site do Mercado Livre também é o mais acessado do Brasil entre os de compras digitais, com cerca 265 milhões de visitas mensais. Em maio, a quantidade de visitas de usuários do país dos sites dos grupos B2W, Magazine Luiza e Amazon foram de 192,7 milhões, 117 milhões, 110 milhões e 72,8 milhões, respectivamente.

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