São Paulo - Um forte terremoto no Japão, pouco antes do fechamento do mercado em Tóquio nesta sexta-feira, ampliava o viés negativo nas principais praças financeiras internacionais, onde a tensão no Oriente Médio e preocupações sobre a situação da dívida de alguns países na Europa já vinham minando o humor de investidores. E os ativos locais não devem passar ilesos.

A escalada nos preços do petróleo, contudo, caminhava para mais uma sessão de trégua. Apesar de o noticiário seguir negativo em relação à Líbia, um início tranquilo do planejado "dia de fúria" na Arábia Saudita amenizava temores de que protestos mais violentos se alastrem para o maior exportador de petróleo do mundo.

Na operações eletrônicas em Nova York, o contrato da commodity recuava 1,29 por cento às 7h30, a 101,38 dólares. Em Londres, o Brent cedia 1,23 por cento, a 114,01 dólares.

No segmento acionário, a agenda do dia ainda reserva dados de varejo e confiança do consumidor nos Estados Unidos, que se vierem positivos podem proporcionar alguma melhora nos negócios. Mas, por ora, o tom negativo predominava.

Em Tóquio, o Nikkei encerrou em baixa de 1,72 por cento. O índice MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão <.MIAPJ0000PUS> perdia 1,53 por cento. O índice da bolsa de Xangai <.SSEC> caiu 0,79 por cento, com os negócios também afetados por números mostrando a inflação acima do esperado em fevereiro.

A inflação anual ao consumidor na China manteve-se em 4,9 por cento em fevereiro, mesma taxa apurada em janeiro, segundo a agência nacional de estatísticas do país (NBS), mas ligeiramente acima dos 4,7 por cento esperados. Os preços ao produtor subiram 7,2 por cento, ante 6,6 por cento em janeiro e prognóstico de alta de 6,9 por cento.

O índice MSCI para ações globais <.MIWD00000PUS> declinava 0,61 por cento e para ações emergentes <.MSCIEF>, 1,17 por cento. Na Europa, o FTSEurofirst 300 <.FTEU3> cedia 0,98 por cento. O futuro do norte-americano S&P-500 recuava 0,62 por cento --8 pontos.

Na área cambial, o euro cedia 0,28 por cento, a 1,3761 dólar, com o foco voltado para uma reunião dos líderes da União Europeia que começa nesta sexta-feira em Bruxelas para discutir a competitividade o bloco, mas também a situação de dívida de países da zona do euro como Portugal.

O índice DXY <.DXY>, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais moedas globais, ganhava 0,10 por cento.

Em relação à divisa japonesa , o dólar depreciava-se 0,9 por cento, a 82,18 ienes.

No Brasil, especificamente, um eventual anúncio de novas medidas cambiais segue no radar de investidores. A agenda do ministro da Fazenda, Guido Mantega, informa apenas reuniões internas no Ministério da Fazenda em São Paulo.

Veja a agenda com os principais indicadores desta sexta-feira. [ID:nN11199988] Veja a variação dos principais mercados na quinta-feira: CÂMBIO O dólar terminou a 1,661 real, em alta de 0,24 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP> O Ibovespa caiu 1,82 por cento, para 66.040 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 7,56 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS <.BR20> O índice dos principais ADRs brasileiros caiu 2,40 por cento, a 35.590 pontos.

JUROS <0#2DIJ:> No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,35 por cento ao ano, ante 12,55 por cento no ajuste anterior.

EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,3796 dólar, ante 1,3907 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía a 134,500 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,675 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS <11EMJ> O risco Brasil subia 12 pontos, para 173 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 11 pontos, a 265 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones <.DJI> caiu 1,87 por cento, a 11.984 pontos; o S&P 500 <.SPX> cedeu 1,89 por cento, a 1.295 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> perdeu 1,84 por cento, a 2.701 pontos.

PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo 1,68 dólar, ou 1,61 por cento, a 102,70 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, avançava, oferecendo rendimento de 3,3602 por cento ante 3,469 por cento no fechamento anterior.