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S&P não prevê mudança na nota de crédito do Brasil

De acordo com a agência de classificação, a nota não mudará mesmo neste período de crescimento mais lento

Standard & Poor's: a avaliação da agência é de que o Brasil sofre com o excesso de otimismo do mercado no passado (Don Emmert/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2012 às 13h20.

Rio de Janeiro - A agência de classificação de risco Standard & Poor's enxerga um cenário de estabilidade na economia brasileira , mesmo neste período de crescimento mais lento, segundo a presidente da empresa no Brasil, Regina Nunes. A avaliação é de que o Brasil sofre com o excesso de otimismo do mercado no passado.

Regina defende a política monetária do Banco Central no governo de Dilma Rousseff e diz que o BC "fez o seu trabalho" ao iniciar o processo de queda da taxa básica de juros, em 2011. "O governo estava fazendo o seu trabalho com toda informação possível e, naquela época, vislumbrou o País que temos hoje", enfatizou a economista, complementando que a S&P não prevê mudança na nota de crédito soberano do País.

Ela considera compreensível que o governo tenha dificuldade em realizar reformas estruturais, foco das críticas do mercado. "Avançar rapidamente não é simples em um país como o Brasil, que é dos mais complexos entre os países que planejam ser desenvolvidos", destacou Regina, durante seminário promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Petrobras

A classificação de risco de investimento na Petrobras é afetada pela ausência de regras claras para a indústria de petróleo e gás natural, segundo Regina. A economista afirmou que o atraso na regulamentação do pré-sal repercute em questionamento pelo mercado.

"Uma entidade com nível de investimento e necessidade de financiamento como a Petrobras tem a sua classificação atrelada ao governo", ressaltou Regina. Ela acredita também que o pacote do governo de redução da tarifa de energia não deverá ter influência na classificação do risco de investimento nas empresas do setor elétrico.

"Os ratings do setor elétrico são vinculados aos países. É um direito do poder concessionário discutir contratos. Mas há um fator importante: a discussão tem que existir", argumentou.

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Regina defende a política monetária do Banco Central no governo de Dilma Rousseff e diz que o BC "fez o seu trabalho" ao iniciar o processo de queda da taxa básica de juros, em 2011. "O governo estava fazendo o seu trabalho com toda informação possível e, naquela época, vislumbrou o País que temos hoje", enfatizou a economista, complementando que a S&P não prevê mudança na nota de crédito soberano do País.

Ela considera compreensível que o governo tenha dificuldade em realizar reformas estruturais, foco das críticas do mercado. "Avançar rapidamente não é simples em um país como o Brasil, que é dos mais complexos entre os países que planejam ser desenvolvidos", destacou Regina, durante seminário promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Petrobras

A classificação de risco de investimento na Petrobras é afetada pela ausência de regras claras para a indústria de petróleo e gás natural, segundo Regina. A economista afirmou que o atraso na regulamentação do pré-sal repercute em questionamento pelo mercado.

"Uma entidade com nível de investimento e necessidade de financiamento como a Petrobras tem a sua classificação atrelada ao governo", ressaltou Regina. Ela acredita também que o pacote do governo de redução da tarifa de energia não deverá ter influência na classificação do risco de investimento nas empresas do setor elétrico.

"Os ratings do setor elétrico são vinculados aos países. É um direito do poder concessionário discutir contratos. Mas há um fator importante: a discussão tem que existir", argumentou.

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