Exame Logo

Risco em IPO de empresas menores deixa varejo de fora

Segundo a CVM, o risco dessas operações deverá deixar de fora, por enquanto, os investidores de varejo da inciativa de facilitar ofertas públicas

CVM divulgou, na semana passada, uma série de regras para facilitar o acesso de pequenas e médias empresas ao mercado de capitais (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2012 às 12h49.

São Paulo - Os investidores de varejo devem continuar fora do radar da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pelo menos por enquanto, na iniciativa para facilitar ofertas públicas iniciais de ações ( IPO , na sigla em inglês) de pequenas e médias empresas. Segundo a entidade, o risco dessas operações é o principal motivo.

A autarquia divulgou, na semana passada, uma série de regras para facilitar o acesso de pequenas e médias empresas ao mercado de capitais. Os benefícios, entretanto, ficaram restritos a ofertas de ações exclusivas a investidores qualificados, com valor investido superior a R$ 300 mil.

Segundo Luciana Dias, diretora da CVM, “o investidor de varejo é uma das missões institucionais da CVM, e está sempre no foco das preocupações”. Entretanto, “o IPO de pequenas e médias empresas é mais arriscado, embora ofereça a possibilidade de maiores retornos”.

De acordo com ela, abrir operações desse tipo para o varejo “exige uma reflexão mais profunda”, que a CVM fará, embora ainda não haja data definida. Luciana explica que o órgão regulador deu início, na sexta-feira, a um grupo de trabalho envolvendo diversas entidades e participantes do mercado, para debater incentivos ao IPO de empresas menores, envolvendo também a participação dos investidores de varejo. Não há, entretanto, nada definido, já que as atividades do grupo mal começaram.

Oferta para qualificados

O Comunicado da CVM, publicado na sexta-feira, foi elaborado em resposta a uma consulta da corretora XP Investimentos, segundo Luciana. A corretora questionou a autarquia sobre uma possível flexibilização das regras que valem para a fase anterior à oferta.
A principal flexibilização que a autarquia está disposta a fazer é isentar a companhia candidata ao IPO de publicar o prospecto, “um documento parrudo e que é percebido como bastante custoso pelo mercado”, segundo a diretora. Entretanto, “a empresa vai continuar sujeita às regras de divulgação de informação e conduta após o IPO”, esclarece.

As empresas que fizerem ofertas de até R$ 150 milhões poderão fazer isso por meio do mecanismo de leilão, “que é mais simples e permite a isenção da publicação do prospecto”. Luciana destaca, contudo, que as empresas terão que continuar arcando com os custos pós-oferta.

A CVM não estuda, por enquanto, outras mudanças que facilitem a chegada de pequenas e médias empresas à bolsa. “A CVM só foi consultada sobre esse aspecto”, diz a diretora. “É evidente que não é a única medida que ajudaria no desenvolvimento desse mercado, mas isso será discutido no grupo de trabalho criado para tratar de ofertas menores.”

Veja também

São Paulo - Os investidores de varejo devem continuar fora do radar da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pelo menos por enquanto, na iniciativa para facilitar ofertas públicas iniciais de ações ( IPO , na sigla em inglês) de pequenas e médias empresas. Segundo a entidade, o risco dessas operações é o principal motivo.

A autarquia divulgou, na semana passada, uma série de regras para facilitar o acesso de pequenas e médias empresas ao mercado de capitais. Os benefícios, entretanto, ficaram restritos a ofertas de ações exclusivas a investidores qualificados, com valor investido superior a R$ 300 mil.

Segundo Luciana Dias, diretora da CVM, “o investidor de varejo é uma das missões institucionais da CVM, e está sempre no foco das preocupações”. Entretanto, “o IPO de pequenas e médias empresas é mais arriscado, embora ofereça a possibilidade de maiores retornos”.

De acordo com ela, abrir operações desse tipo para o varejo “exige uma reflexão mais profunda”, que a CVM fará, embora ainda não haja data definida. Luciana explica que o órgão regulador deu início, na sexta-feira, a um grupo de trabalho envolvendo diversas entidades e participantes do mercado, para debater incentivos ao IPO de empresas menores, envolvendo também a participação dos investidores de varejo. Não há, entretanto, nada definido, já que as atividades do grupo mal começaram.

Oferta para qualificados

O Comunicado da CVM, publicado na sexta-feira, foi elaborado em resposta a uma consulta da corretora XP Investimentos, segundo Luciana. A corretora questionou a autarquia sobre uma possível flexibilização das regras que valem para a fase anterior à oferta.
A principal flexibilização que a autarquia está disposta a fazer é isentar a companhia candidata ao IPO de publicar o prospecto, “um documento parrudo e que é percebido como bastante custoso pelo mercado”, segundo a diretora. Entretanto, “a empresa vai continuar sujeita às regras de divulgação de informação e conduta após o IPO”, esclarece.

As empresas que fizerem ofertas de até R$ 150 milhões poderão fazer isso por meio do mecanismo de leilão, “que é mais simples e permite a isenção da publicação do prospecto”. Luciana destaca, contudo, que as empresas terão que continuar arcando com os custos pós-oferta.

A CVM não estuda, por enquanto, outras mudanças que facilitem a chegada de pequenas e médias empresas à bolsa. “A CVM só foi consultada sobre esse aspecto”, diz a diretora. “É evidente que não é a única medida que ajudaria no desenvolvimento desse mercado, mas isso será discutido no grupo de trabalho criado para tratar de ofertas menores.”

Acompanhe tudo sobre:ComércioCVMIPOsMercado financeiroPequenas empresasVarejo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame