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Por que há investidores prevendo queda inevitável do LinkedIn

Segundo eles, a empresa não está crescendo o suficiente para justificar seu valor de mercado

LinkedIn precisa aumentar sua receita em 148% ao ano para que a relação preço/ faturamento fique em linha com as demais empresas do Dow Jones Internet Services Index
DR

Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2011 às 14h51.

Nova York - O LinkedIn Corp., cuja abertura de capital foi a mais comentada nos Estados Unidos desde 2006, pode não estar crescendo rápido o suficiente para justificar seu valor de mercado.

A ação deveria estar sendo negociada 60 por cento abaixo do fechamento de ontem de U$ 88,30, baseado na estimativa do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização de U$ 104 milhões em 2012, disse Lawrence Haverty, da Gamco Investors Inc. A ação, que já foi negociada a um nível 31 vezes maior que a receita anual, está se beneficiando de uma escassez que não vai durar, disseram Haverty, Kevin Shacknofsky, da Alpine Mutual Funds, e Brian Barish, da Cambiar Investors LLC.

A crescente demanda pelo setor de mídia social e o retorno das aberturas de capital promovidas por fundos de private equity impulsionaram o LinkedIn a ser negociado a até U$ 122,70 logo no primeiro dia, bem acima do preço de inicial de U$ 45. Com valor de mercado de U$ 8,45 bilhões, a empresa precisa aumentar sua receita em 148 por cento ao ano, o dobro do crescimento observado desde 2009, para que a relação preço/faturamento fique em linha com as demais empresas do Dow Jones Internet Services Index até o ano de 2013, segundo dados da Bloomberg.

“Isso não é nem algo em que pensamos investir” disse Haverty, que gerencia U$ 35 bilhões em Rye, Nova York. “É um show de mágica. A única pergunta para o investidor é o quão cedo ele deve vender.”

Oferta e demanda

O volume negociado superou 30 milhões de ações da empresa sediada em Mountain View, Califórnia, em 19 de maio, o primeiro dia de negociação na bolsa de Nova York, quantidade 3,8 vezes maior do que o que foi ofertado ao público. Esse foi o maior descompasso entre oferta e demanda de um IPO de uma empresa americana em pelo menos cinco anos, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

O LinkedIn vendeu 7,84 milhões de ações em 18 de maio. Cerca 85,7 milhões de ações, atualmente detidas por executivos da empresa e gestores de recursos, poderão ser negociadas em 180 dias depois do IPO, conforme documentos do processo. Empresas que lideram o setor de mídia social, como Facebook Inc. e Twitter Inc., podem também abrir capital.

Hani Durzy, porta-voz do LinkedIn, não retornou a ligação da Bloomberg solicitando cometário.

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Nova York - O LinkedIn Corp., cuja abertura de capital foi a mais comentada nos Estados Unidos desde 2006, pode não estar crescendo rápido o suficiente para justificar seu valor de mercado.

A ação deveria estar sendo negociada 60 por cento abaixo do fechamento de ontem de U$ 88,30, baseado na estimativa do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização de U$ 104 milhões em 2012, disse Lawrence Haverty, da Gamco Investors Inc. A ação, que já foi negociada a um nível 31 vezes maior que a receita anual, está se beneficiando de uma escassez que não vai durar, disseram Haverty, Kevin Shacknofsky, da Alpine Mutual Funds, e Brian Barish, da Cambiar Investors LLC.

A crescente demanda pelo setor de mídia social e o retorno das aberturas de capital promovidas por fundos de private equity impulsionaram o LinkedIn a ser negociado a até U$ 122,70 logo no primeiro dia, bem acima do preço de inicial de U$ 45. Com valor de mercado de U$ 8,45 bilhões, a empresa precisa aumentar sua receita em 148 por cento ao ano, o dobro do crescimento observado desde 2009, para que a relação preço/faturamento fique em linha com as demais empresas do Dow Jones Internet Services Index até o ano de 2013, segundo dados da Bloomberg.

“Isso não é nem algo em que pensamos investir” disse Haverty, que gerencia U$ 35 bilhões em Rye, Nova York. “É um show de mágica. A única pergunta para o investidor é o quão cedo ele deve vender.”

Oferta e demanda

O volume negociado superou 30 milhões de ações da empresa sediada em Mountain View, Califórnia, em 19 de maio, o primeiro dia de negociação na bolsa de Nova York, quantidade 3,8 vezes maior do que o que foi ofertado ao público. Esse foi o maior descompasso entre oferta e demanda de um IPO de uma empresa americana em pelo menos cinco anos, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

O LinkedIn vendeu 7,84 milhões de ações em 18 de maio. Cerca 85,7 milhões de ações, atualmente detidas por executivos da empresa e gestores de recursos, poderão ser negociadas em 180 dias depois do IPO, conforme documentos do processo. Empresas que lideram o setor de mídia social, como Facebook Inc. e Twitter Inc., podem também abrir capital.

Hani Durzy, porta-voz do LinkedIn, não retornou a ligação da Bloomberg solicitando cometário.

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