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PIB cresce?; Joesley bloqueado…

PIB cresce? Pela primeira vez em dois anos, a economia brasileira registrou um trimestre de crescimento. O PIB do 1º trimestre deste ano teve um crescimento de 1% em relação ao quarto trimestre de 2016, já retirados os efeitos da sazonalidade. O indicador não tinha um aumento desde o quarto trimestre de 2014 — foram […]

AGRICULTURA: setor foi o principal responsável pelo crescimento do PIB no primeiro trimestre / Cristiano Mariz/ EXAME (Cristiano Mariz/Site Exame)
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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2017 às 19h01.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h57.

PIB cresce?

Pela primeira vez em dois anos, a economia brasileira registrou um trimestre de crescimento. O PIB do 1º trimestre deste ano teve um crescimento de 1% em relação ao quarto trimestre de 2016, já retirados os efeitos da sazonalidade. O indicador não tinha um aumento desde o quarto trimestre de 2014 — foram oito quedas consecutivas. Em relação ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 0,4% e, no acumulado do último ano, a economia recuou 2,3%. O principal motivo para o crescimento deste ano foi o desempenho do setor agropecuário, que teve um aumento de 13,4%, impulsionado por safras recorde de grãos. Em sua conta no Twitter, o presidente Michel Temer disse que “o país saiu da recessão”. Analistas e economistas afirmam que ainda é cedo para tal afirmação.

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Fim da recessão?

Apesar do crescimento de 1% da economia no primeiro trimestre do ano em relação aos últimos três meses do ano passado, o Brasil ocupa a última colocação em um ranking de países com divulgação do PIB neste ano. Na comparação anual, critério internacionalmente aceito, a redução de 0,4% da economia deixou o país no último lugar entre 39 países numa lista elaborada pela consultoria Austin Ratings. O Brasil foi superado pelas economias da Grécia, da Ucrânia e da Rússia, por exemplo.

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Bolsa termina em queda

Depois de começar o dia operando em alta, ante as notícias sobre a melhora nos dados do PIB, a bolsa fechou o dia em queda de 0,67%, com 62.288 pontos. A queda foi motivada principalmente por ações vinculadas às commodities, como os papéis da mineradora Vale e da Petrobras. A maior queda do dia foi do fundo BradesPar, controlador da Vale, que recuou 4,39%. As ações do frigorífico JBS caíram 1,86%, depois de subir mais de 9% na quarta-feira. A maior alta foi da seguradora BB Seguridade, que teve avanço de 2,58%.

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Petro em queda

As ações da Petrobras fecharam em queda nesta quinta-feira. Os papéis vinham subindo no início do dia, mas caíram após o anúncio do presidente americano, Donald Trump, de que retiraria os Estados Unidos do Acordo de Paris, seguindo o movimento de queda do petróleo. Os contratos futuros de barril do tipo Brent caíram 0,69%; e os do tipo WTI 0,48%. Como resultado, as ações ordinárias da petroleira recuaram 0,66%; e as preferenciais, 0,54%.

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Superávit recorde

O superávit da balança comercial brasileira foi de 7,6 bilhões de dólares em maio, maior dado positivo para o mês desde que o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) iniciou as medições em 1989. Em maio, as exportações cresceram 7,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, chegando a 19,7 bilhões de dólares. O movimento foi ajudado pelo valor mais alto de alguns produtos da pauta comercial brasileira, com destaque para as commodities. As importações também subiram no ano, mas de forma mais modesta, com crescimento de 4%, para 12,1 bilhões de dólares. No ano, o superávit da balança comercial já chega a 29 bilhões de dólares, montante 47,5% maior ao registrado nos primeiros cinco meses do ano passado.

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Joesley bloqueado

A Justiça federal determinou o bloqueio de 800 milhões de reais das contas de Joesley Batista, dono da holding J&F, controladora do frigorífico JBS. A medida é parte de julgamento preliminar de ação que acusa Batista de usar informações privilegiadas para comprar cerca de 1 bilhão de dólares às vésperas da divulgação da gravação de diálogo com o presidente Michel Temer. Segundo a denúncia, Joesley e Wesley Batista, bem como os diretores da JBS S.A. e da J&F, teriam praticado o crime de insider trading e utilizaram informação privilegiada para compra de dólares.

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