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Petróleo sobe em reação a alerta sobre navios do Irã

Por Renato Martins Nova York - Os preços do petróleo subiram, em reação à notícia de que dois navios da Marinha do Irã estariam para entrar no Mediterrâneo pelo Canal de Suez. O preço do petróleo Brent, consumido principalmente na Europa e mais suscetível a gargalos no abastecimento, subiu mais do que o do West […]

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2011 às 17h50.

Por Renato Martins

Nova York - Os preços do petróleo subiram, em reação à notícia de que dois navios da Marinha do Irã estariam para entrar no Mediterrâneo pelo Canal de Suez. O preço do petróleo Brent, consumido principalmente na Europa e mais suscetível a gargalos no abastecimento, subiu mais do que o do West Texas Intermediate (WTI). Com isso, o diferencial de preços entre os dois tipos de petróleo subiu para um novo recorde, próximo dos US$ 19 por barril.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), os preços do petróleo variaram pouco pela manhã, operando em leve alta depois do informe do Departamento de Energia dos EUA (DOE) sobre o nível dos estoques norte-americanos na semana passada. O estoque de petróleo bruto teve um crescimento de 860 mil barris, menor do que se previa, enquanto o estoque em Cushing (Oklahoma), ponto de entrega do petróleo negociado na Nymex, tece um crescimento de 250 mil barris, para 37,657 milhões de barris, ficando pouco abaixo do recorde de 38,3 milhões de barris registrado há duas semanas.

No começo da tarde, os preços aceleraram sua alta, depois de o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, dizer que dois navios da Marinha iraniana entrariam no Mediterrâneo hoje à noite, dirigindo-se para a Síria. Ele caracterizou isso como uma "provocação" que Israel "não pode ignorar". Embora sua presença no Mediterrâneo não constitua nenhuma violação das leis internacionais, navios de guerra do Irã não atravessavam o Canal de Suez desde 1979. O governo iraniano disse que os dois navios estão em missão de treinamento.

"Se houver uma escalada, poderemos subir US$ 5 por barril. Mas se nada acontecer, voltaremos para onde começamos. De qualquer maneira, os 'vendidos' têm que sair", comentou Rich Ilczyszyn, da Lind-Waldock.

Os contratos do petróleo tipo Brent têm permanecido acima dos US$ 100 por barril desde o início do levante popular no Egito, em 25 de janeiro. O fato de a turbulência política ter se espalhado para países como Iêmen, Bahrein, Argélia, Jordânia e Líbia fez os preços do Brent voltarem a testar as máximas dos últimos dois anos nesta semana.

A instabilidade no Oriente Médio e o nível elevado dos estoques nos EUA tem mantido alto o diferencial de preços entre o Brent e o WTI. Na Nymex, os contratos de petróleo bruto para março fecharam a US$ 84,99 por barril, em alta de US$ 0,67 (0,79%); a mínima foi em US$ 84,12 e a máxima em US$ 85,95. Na Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do Brent para abril fecharam a US$ 103,78 por barril, em alta de US$ 2,14 (2,11%), com mínima em US$ 101,73 e máxima em US$ 104,52. As informações são da Dow Jones.

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