Petróleo sobe a US$ 99,63 com medo de 'contágio'
Por Renato Martins Nova York - Os preços do petróleo tiveram uma alta forte, em reação à intensificação dos combates na Líbia e em meio a temores de que a turbulência política se espalhe para outros países produtores de petróleo. Na Arábia Saudita, o índice de ações Tadawul caiu 6,8%, com os investidores preocupados com […]
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2011 às 17h23.
Por Renato Martins
Nova York - Os preços do petróleo tiveram uma alta forte, em reação à intensificação dos combates na Líbia e em meio a temores de que a turbulência política se espalhe para outros países produtores de petróleo. Na Arábia Saudita, o índice de ações Tadawul caiu 6,8%, com os investidores preocupados com a radicalização dos protestos no vizinho Bahrein. No Irã, a política teria usado gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes.
"Isso não é isolado, isso vai continuar. Temos um golpe militar no Egito, temos uma guerra civil na Líbia e temos medo de contágio. Não é como a queda do comunismo no Leste Europeu. Temos aqui um absoluto vácuo de poder e ninguém sabe como isso vai se resolver", comentou Stephen Schork, editor do Schork Report.
Segundo o analista Tom Bentz, da BNP Paribas Commodity Futures, qualquer coisa relativa a turbulências na ou perto da Arábia Saudita provoca "uma grande reação" no mercado de petróleo, "especialmente num momento em que dois terços da produção da Líbia estão fora do mercado".
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), os contratos de petróleo bruto para abril fecharam a US$ 99,63 por barril, em alta de US$ 2,66 (2,74%). A mínima foi em US$ 96,37 e a máxima em US$ 100,25. Na Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do petróleo Brent para abril fecharam a US$ 115,42 por barril, em alta de US$ 3,62 (3,24%), com mínima em US$ 111.80 e máxima em US$ 115,56. As informações são da Dow Jones.