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Petróleo opera em alta à espera da reunião com Irã e Iraque

Às 8h58 (de Brasília), o petróleo para março na Nymex subia 2,31%, a US$ 29,71 por barril

Cotação: às 8h58 (de Brasília), o petróleo para março na Nymex subia 2,31%, a US$ 29,71 por barril (thinkstock)
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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 08h25.

Londres - Os preços do petróleo operam em alta nesta manhã, com os investidores na expectativa pela reunião em Teerã entre o ministro de Energia do Catar e atual presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) , Mohammed al-Sada, com colegas de pasta do Irã, Venezuela e Iraque, para discutir um plano com o objetivo de limitar a produção da commodity.

A grande expectativa em torno da reunião é a presença de al-Sada, que poderá pressionar o Irã e o Iraque, que ainda não se pronunciaram, sobre o plano de congelar a produção de petróleo nos níveis de janeiro.

Às 8h58 (de Brasília), o petróleo para março na Nymex subia 2,31%, a US$ 29,71 por barril, enquanto na ICE, o Brent para abril tinha alta de 2,95%, a US$ 33,12 por barril.

Ontem, a Arábia Saudita e a Rússia, os dois maiores exportadores de petróleo bruto do mundo, assim como a Venezuela e o Catar chegaram a um acordo para congelar a sua produção de petróleo nos níveis de janeiro.

O Irã, no entanto, rejeitou o acordo dizendo que quer elevar sua produção para recuperar a participação de mercado perdida durante as sanções internacionais.

Isso levou a uma onda de ceticismo no mercado em relação às perspectivas de um acordo desse tipo. O petróleo tipo Brent perdeu 3,6% na terça-feira depois de subir mais de 5% no início do dia.

"Apesar de um acordo entre as partes ser um passo positivo, o negócio em si parece inadequado, se a meta é estabilizar ou mesmo aumentar os preços do petróleo no curto prazo", disse Michael Poulsen, analista da Global Risk Management.

Mesmo que os produtores de petróleo concordem em congelar a produção global em níveis de janeiro, o mundo ainda teria cerca de 300 milhões a mais de barris por ano do que o necessário.

Em janeiro, a produção russa bateu um recorde de produção média de 10,88 milhões de barris por dia, enquanto a Arábia Saudita produziu em média 10,23 milhões de barris no mesmo mês.

"Um congelamento não é o mesmo que um corte. Manter a produção de petróleo bruto nos níveis de janeiro, na verdade, implica em uma produção anual maior do que o esperado a partir dos quatro participantes e por isso dificilmente impactara o mercado atual que sofre com o excesso de oferta", apontam os analistas da JBC Energia em nota aos clientes.

No dia de hoje, os investidores também estão de olho na divulgação dos estoques de petróleo dos EUA do American Petroleum Institute (API, uma associação de refinarias), à frente do relatório oficial que será divulgado na quinta-feira pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA.

Os analistas esperam um aumento nos estoques de petróleo bruto, em mais um sinal de que o excesso de oferta contínua forte.

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Londres - Os preços do petróleo operam em alta nesta manhã, com os investidores na expectativa pela reunião em Teerã entre o ministro de Energia do Catar e atual presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) , Mohammed al-Sada, com colegas de pasta do Irã, Venezuela e Iraque, para discutir um plano com o objetivo de limitar a produção da commodity.

A grande expectativa em torno da reunião é a presença de al-Sada, que poderá pressionar o Irã e o Iraque, que ainda não se pronunciaram, sobre o plano de congelar a produção de petróleo nos níveis de janeiro.

Às 8h58 (de Brasília), o petróleo para março na Nymex subia 2,31%, a US$ 29,71 por barril, enquanto na ICE, o Brent para abril tinha alta de 2,95%, a US$ 33,12 por barril.

Ontem, a Arábia Saudita e a Rússia, os dois maiores exportadores de petróleo bruto do mundo, assim como a Venezuela e o Catar chegaram a um acordo para congelar a sua produção de petróleo nos níveis de janeiro.

O Irã, no entanto, rejeitou o acordo dizendo que quer elevar sua produção para recuperar a participação de mercado perdida durante as sanções internacionais.

Isso levou a uma onda de ceticismo no mercado em relação às perspectivas de um acordo desse tipo. O petróleo tipo Brent perdeu 3,6% na terça-feira depois de subir mais de 5% no início do dia.

"Apesar de um acordo entre as partes ser um passo positivo, o negócio em si parece inadequado, se a meta é estabilizar ou mesmo aumentar os preços do petróleo no curto prazo", disse Michael Poulsen, analista da Global Risk Management.

Mesmo que os produtores de petróleo concordem em congelar a produção global em níveis de janeiro, o mundo ainda teria cerca de 300 milhões a mais de barris por ano do que o necessário.

Em janeiro, a produção russa bateu um recorde de produção média de 10,88 milhões de barris por dia, enquanto a Arábia Saudita produziu em média 10,23 milhões de barris no mesmo mês.

"Um congelamento não é o mesmo que um corte. Manter a produção de petróleo bruto nos níveis de janeiro, na verdade, implica em uma produção anual maior do que o esperado a partir dos quatro participantes e por isso dificilmente impactara o mercado atual que sofre com o excesso de oferta", apontam os analistas da JBC Energia em nota aos clientes.

No dia de hoje, os investidores também estão de olho na divulgação dos estoques de petróleo dos EUA do American Petroleum Institute (API, uma associação de refinarias), à frente do relatório oficial que será divulgado na quinta-feira pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA.

Os analistas esperam um aumento nos estoques de petróleo bruto, em mais um sinal de que o excesso de oferta contínua forte.

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