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Petróleo fecha em baixa e registra mais de 8% de queda na semana

Os preços voltaram a recuar, com os investidores ainda reagindo ao último relatório do Departamento de Energia, que mostrou um aumento nos estoques

Petróleo: durante todo o ano, os preços ficaram estagnados entre US$ 50 e US$ 55 (./Getty Images)

Petróleo: durante todo o ano, os preços ficaram estagnados entre US$ 50 e US$ 55 (./Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de março de 2017 às 19h27.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira, 10, ampliando as perdas registradas durante a semana, pressionados pela preocupação, por parte dos investidores, quanto ao aumento na produção da commodity nos Estados Unidos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em baixa de 1,60%, a US$ 48,49 por barril. A queda semanal foi de 9,08%.

Já o petróleo tipo Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 1,57%, a US$ 51,37 por barril. Na semana, o contrato registrou perda de 8,10%.

Os preços do petróleo avançaram no início do dia, impulsionados por um movimento de correção após as fortes perdas da sessão do dia anterior, quando os contratos recuaram mais de 5%.

Após a divulgação do relatório de emprego de fevereiro dos EUA (payroll), a commodity chegou a ampliar os ganhos, com o dólar perdendo um pouco de força.

No entanto, os preços abandonaram os ganhos e voltaram a recuar, com os investidores ainda reagindo ao último relatório do Departamento de Energia (DoE) dos EUA, que mostrou um aumento nos estoques da commodity e fez com que os investidores temessem que mesmo os cortes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de outros grandes produtores não conseguissem drenar o excesso mundial de petróleo.

Durante todo o ano, os preços ficaram estagnados entre US$ 50 e US$ 55, apesar de dados mostrarem altos níveis de conformidade por parte da Opep com o acordo de corte.

"Já tínhamos um bom retorno", disse John Saucer, vice-presidente de pesquisa e análise da Mobius Risk Group, em Houston. Segundo ele, o acúmulo de posições otimistas por parte dos investidores tornou o mercado vulnerável a um "selloff".

Para Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch & Associates, o mercado ainda é bastante vulnerável.

Ele disse, também, que espera outro grande aumento na oferta de petróleo por parte dos EUA na próxima semana e que a decisão da Opep pode enfraquecer em face de preços mais baixos.

Também nesta sexta-feira, a Baker Hughes informou que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA subiu 8, na última semana, para 617.

Na comparação anual, o avanço foi de 231, segundo a companhia, sendo a oitava alta consecutiva do indicador. Fonte: Dow Jones Newswires

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