Mercados

Petróleo em NY recua com alta do juro na China

Queda é reação à desaceleração da atividade econômica no país, que é o segundo maior consumidor dos EUA

A China é observada de perto porque espera-se que a modernização do país gere aumento na demanda por petróleo nos próximos anos (Essam Al-Sudani/AFP)

A China é observada de perto porque espera-se que a modernização do país gere aumento na demanda por petróleo nos próximos anos (Essam Al-Sudani/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2011 às 11h22.

Nova York - Os contratos futuros do petróleo negociados em Nova York operam em baixa, em reação a alta no juro chinês, com potencial de reduzir a velocidade da atividade econômica do país e, consequentemente, a demanda por commodities. A China é o segundo maior consumidor de petróleo do mundo.

Às 11h (de Brasília), o contrato do WTI, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), caía 0,53%, para US$ 107,91 o barril. Na plataforma ICE, o contrato do Brent subia 0,53%, para US$ 121,68 o barril.

Operadores sugerem que a elevação da taxa de juro chinesa favoreceu realização da alta atingida ontem pelo WTI, quando registrou sua maior cotação em dois anos e meio. "Pode representar (a alta do juro) uma pequena queda na demanda", disse um analista acrescentando que, de qualquer forma, o mercado está mais sensível para a oferta do que para a demanda.

A economia chinesa é observada de perto porque espera-se que a modernização do país gere aumento na demanda por petróleo nos próximos anos. O consumo de petróleo pela China previsto para este ano é de quase 9,6 milhões de barris ou cerca de 37% da demanda global esperada, segundo dados da Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos. O contrato do WTI cedeu quase US$ 1,00 após a notícia da alta do juro na China.

Já o Brent sobe com informações de queda na produção no Mar do Norte. A produção de 200 mil barris ao dia do petróleo tipo forties - de elevada qualidade, produzido no Mar do Norte e comparável ao Brent - no campo Buzzard tem ficado abaixo da capacidade, em consequência de trabalhos de manutenção da plataforma, disse uma porta-voz da Nexen Corp, que administra o campo.

Entre outras notícias de interesse do mercado de petróleo, um petroleiro deve atracar na região controlada pelos rebeldes no leste da Líbia para fazer o primeiro carregamento de petróleo desde o início da guerra civil no mês passado. Se o carregamento for concluído será um claro sinal de que as exportações de petróleo da Líbia podem ser retomadas. A Líbia tinha uma exportação mensal de cerca de 1,3 milhão de barris ao dia de petróleo antes da crise. Segundo a JBC Energy em Viena, os rebeldes estão produzindo cerca de 110 mil barris ao dia atualmente nos campos de Sarir, Mesla e Nafoura. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaEnergiaEstados Unidos (EUA)JurosMetrópoles globaisNova YorkPaíses ricosPetróleoPreços

Mais de Mercados

Ações da Usiminas (USIM5) caem 16% após balanço; entenda

"Se tentar prever a direção do mercado, vai errar mais do que acertar", diz Bahia Asset

"O dólar é o grande quebra-cabeça das políticas de Trump", diz Luis Otavio Leal, da G5 Partners

Ibovespa fecha em alta de mais de 1% puxado por Vale (VALE3)

Mais na Exame