Barris de petróleo: às 8h36, o brent para julho avançava 0,38% (Spencer Platt/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2014 às 09h50.
Londres - A escalada da violência no Iraque continua impulsionando os futuros de petróleo, com o brent chegando a atingir seu maior nível desde o começo de setembro.
Insurgentes sunitas ocuparam mais cidades iraquianas, gerando temores de que as exportações de petróleo do país sejam prejudicadas.
O governo iraquiano se prepara agora para proteger a capital, Bagdá, e os Estados Unidos estudam a possibilidade de oferecer algum tipo de assistência militar.
A situação no Iraque é "um perigo claro e presente", comentou David Hufton, da PVM. "Ela pode ser a fonte de um choque nos preços do petróleo e, consequentemente, de um choque financeiro...e pode levar a revisões nas projeções de crescimento", acrescentou.
Os preços do petróleo vêm operando dentro de um intervalo estreito há vários meses e nem mesmo o risco geopolítico ligado às tensões entre Ucrânia e Rússia conseguiu interromper o padrão de pouca volatilidade da commodity.
O conflito em um grande país produtor como o Iraque, porém, tem outra dimensão. Em fevereiro, a produção iraquiana de petróleo chegou a 3,6 milhões de barris por dia, o maior nível desde antes da invasão liderada pelos EUA em 2003.
Os combates entre insurgentes e forças do governo iraquiano, no entanto, estão concentrados mais ao norte e ainda não ameaçam os principais locais de produção do país.
"Por enquanto, há pouco risco para a produção de petróleo", disse Olivier Jakob, analista da Petromatrix.
"Os campos mais importantes, no sul, ficam bem distantes. O Curdistão está seguro. O risco imediato à oferta é bastante limitado." Para Jakob, deverá haver tumultos em Bagdá, que é o maior risco no momento.
Às 8h36 (de Brasília), o brent para julho avançava 0,38%, a US$ 113,45 por barril, após ter ultrapassado brevemente a marca de US$ 114,00 por barril pela primeira vez desde 9 de setembro.
Na Nymex, o petróleo para o mesmo mês também subia 0,38%, a US$ 106,94 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.