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Petróleo a US$ 60 não é "impensável", diz ministro saudita

Muitos produtores de fora da Opep revelaram que estão dispostos a colaborar e o ministro afirmou que se reunirá com seu par russo nos próximos dias

Khalid al-Falih: a Arábia Saudita está “otimista” em relação a chegar a um acordo até o fim de novembro (Murad Sezer/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2016 às 18h26.

Dubai - O preço do petróleo pode se recuperar para US$ 60 o barril até o fim de 2016, afirmou o ministro da Energia da Arábia Saudita , poucas semanas após concordar em reduzir a oferta pela primeira vez em oito anos.

O maior país exportador de petróleo bruto do mundo trabalhará com outros produtores para estipular limites à produção e está “otimista” em relação a chegar a um acordo até o fim de novembro, mas a Organização dos Países Exportadores de Petróleo não deve tomar medidas que choquem o mercado, disse Khalid Al-Falih na segunda-feira.

Muitos produtores de fora da Opep revelaram que estão dispostos a colaborar e o ministro afirmou que se reunirá com seu par russo nos próximos dias.

“Não é impensável ver US$ 60 até o fim do ano”, disse Al-Falih no Congresso Mundial de Energia, em Istambul.

O mercado de petróleo “mudou” depois de 2014, quando a Arábia Saudita levou a Opep a abandonar seu teto de produção para buscar uma fatia maior do mercado, e agora é hora de fazer algo distinto, disse Al-Falih.

Os primeiros comentários públicos do ministro depois do acordo de Argel de 28 de setembro salientam que a estratégia saudita está se distanciando drasticamente da produção irrestrita, o que será formalizado na próxima reunião do grupo, no dia 30 de novembro, em Viena.

Mudança saudita

Embora a estratégia de mercado adotada durante dois anos pelos sauditas tenha obrigado algumas empresas dos EUA a reduzir a produção, a persistência da abundância de petróleo impediu que os preços se recuperassem de forma duradoura.

No mês passado, a Opep decidiu limitar a produção para entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia a fim de acelerar a “redução atual do excesso de estoque e voltar ao equilíbrio” dos mercados de petróleo.

O acordo estrutural da Opep para limitar a produção precisa se ajustar à Líbia e à Nigéria, disse o ministro.

Ambos os países pretendem retomar a produção perdida por causa da guerra e dos atentados terroristas. Al-Falih não fez nenhuma menção ao Irã, que também informou que pretende continuar aumentando a produção depois que as sanções internacionais foram aliviadas neste ano.

Ministros de alguns dos maiores países produtores de petróleo estão reunidos no Congresso Mundial de Energia, na Turquia.

Com o barril do petróleo tipo Brent sendo negociado abaixo de US$ 52 -- menos da metade do preço de meados de 2014 --, países ricos em petróleo, da Arábia Saudita à Rússia, passaram a sofrer pressões orçamentárias e as principais empresas deverão reduzir o investimento pelo terceiro ano.

A Arábia Saudita está preparada para lidar com qualquer patamar de preço do petróleo e “não há, em absoluto, nenhum motivo para entrar em pânico” sobre o balanço do país, disse Al-Falih.

O déficit fiscal do país chegou a 16 por cento do produto interno bruto no ano passado.

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Dubai - O preço do petróleo pode se recuperar para US$ 60 o barril até o fim de 2016, afirmou o ministro da Energia da Arábia Saudita , poucas semanas após concordar em reduzir a oferta pela primeira vez em oito anos.

O maior país exportador de petróleo bruto do mundo trabalhará com outros produtores para estipular limites à produção e está “otimista” em relação a chegar a um acordo até o fim de novembro, mas a Organização dos Países Exportadores de Petróleo não deve tomar medidas que choquem o mercado, disse Khalid Al-Falih na segunda-feira.

Muitos produtores de fora da Opep revelaram que estão dispostos a colaborar e o ministro afirmou que se reunirá com seu par russo nos próximos dias.

“Não é impensável ver US$ 60 até o fim do ano”, disse Al-Falih no Congresso Mundial de Energia, em Istambul.

O mercado de petróleo “mudou” depois de 2014, quando a Arábia Saudita levou a Opep a abandonar seu teto de produção para buscar uma fatia maior do mercado, e agora é hora de fazer algo distinto, disse Al-Falih.

Os primeiros comentários públicos do ministro depois do acordo de Argel de 28 de setembro salientam que a estratégia saudita está se distanciando drasticamente da produção irrestrita, o que será formalizado na próxima reunião do grupo, no dia 30 de novembro, em Viena.

Mudança saudita

Embora a estratégia de mercado adotada durante dois anos pelos sauditas tenha obrigado algumas empresas dos EUA a reduzir a produção, a persistência da abundância de petróleo impediu que os preços se recuperassem de forma duradoura.

No mês passado, a Opep decidiu limitar a produção para entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia a fim de acelerar a “redução atual do excesso de estoque e voltar ao equilíbrio” dos mercados de petróleo.

O acordo estrutural da Opep para limitar a produção precisa se ajustar à Líbia e à Nigéria, disse o ministro.

Ambos os países pretendem retomar a produção perdida por causa da guerra e dos atentados terroristas. Al-Falih não fez nenhuma menção ao Irã, que também informou que pretende continuar aumentando a produção depois que as sanções internacionais foram aliviadas neste ano.

Ministros de alguns dos maiores países produtores de petróleo estão reunidos no Congresso Mundial de Energia, na Turquia.

Com o barril do petróleo tipo Brent sendo negociado abaixo de US$ 52 -- menos da metade do preço de meados de 2014 --, países ricos em petróleo, da Arábia Saudita à Rússia, passaram a sofrer pressões orçamentárias e as principais empresas deverão reduzir o investimento pelo terceiro ano.

A Arábia Saudita está preparada para lidar com qualquer patamar de preço do petróleo e “não há, em absoluto, nenhum motivo para entrar em pânico” sobre o balanço do país, disse Al-Falih.

O déficit fiscal do país chegou a 16 por cento do produto interno bruto no ano passado.

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