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Petrobras não quer valor de US$8 para o barril

Enquanto governo defende valor especulado, empresa quer que preço fique em torno dos US$ 6

Petrobras quer um preço menor do barril para ter mais recursos para seus investimentos (Divulgação)

Petrobras quer um preço menor do barril para ter mais recursos para seus investimentos (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2010 às 16h47.

Brasília - A Petrobras resiste a aceitar um valor em torno de 8 dólares pelo barril das reservas de petróleo da União que deverão ser trocadas por ações da companhia, disse um ministro do governo próximo das negociações que estão ocorrendo em Brasília.

"A discussão central ainda é sobre preço. A Petrobras não está querendo 8 dólares de jeito nenhum", afirmou, pedindo anonimato.

Segundo fontes, a Petrobras quer um preço próximo de 6 dólares por barril. O governo, de outro lado, não aceitaria um valor menor que 8 dólares.

Esse preço será multiplicado pelo volume de barris de petróleo que será concedido à companhia, a chamada cessão onerosa. Quanto maior o preço, maior o peso da União na capitalização, mas pode significar um volume de recursos menor para a Petrobras, que precisa do dinheiro para seu volumoso plano de investimentos.

O ministro disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva definirá a questão do preço do barril de petróleo que será usado na capitalização da Petrobras o mais rápido possível, assim que tiver os dados completos sobre o assunto, disse um ministro nesta quinta-feira.

"O martelo será batido pelo presidente", disse a fonte, acrescentando que Lula vai arbitrar a questão que colocou governo e Petrobras em confronto.

O governo deverá receber na próxima segunda-feira o relatório final da certificadora contratada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para avaliar o preço do barril de petróleo das reservas da União.

Os ministros da Minas e Energia, Marcio Zimmermann; da Casa Civil, Erenice Guerra; da Fazenda, Guido Mantega e o presidente da Petrobras, José Sergio Gabirelli, assistiram na quarta-feira apresentações das certificadoras sobre o trabalho preliminar realizado nas reservas não licitadas da bacia de Santos.

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