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Dólar abaixo de R$3,65; Petrobras reduz preços e tudo o que você não viu

Petrobras anunciou que vai reduzir os preços de diesel e gasolina nas refinarias a partir de quarta-feira e outras notícias importantes do dia

Pedro Parente: A Petrobras não mudará sua política para os preços dos combustíveis
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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2018 às 18h18.

Última atualização em 22 de maio de 2018 às 19h40.

Enfim, um acordo

Depois de quatro meses de negociações, bancos e Odebrecht acertaram, na noite de segunda-feira 21, os termos de um acordo para liberar 2,6 bilhões de reais ao grupo, informa o jornal O Estado de S.Paulo. O novo empréstimo será concedido por Bradesco e Itaú, sendo que cada instituição vai conceder 50% do montante em duas parcelas: uma de 1,7 bilhão de reais e outra de 900 milhões, com garantias de ações da Braskem. O acordo tem pontos pendentes e ainda precisa ser formalizado no comitê de crédito de algumas instituições. O grupo também negocia uma parcela adicional de 500 milhões de reais. Quase metade dos 2,6 bilhões de reais — que serão liberados por meio de emissão de debêntures — ficará com a construtora do grupo para pagar uma dívida de 500 milhões de reais vencida em abril e para capital de giro da empreiteira.

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Política de preços mantida…

A Petrobras não mudará sua política para os preços dos combustíveis, que tem sofrido pressão de uma greve de caminhoneiros e de políticos, e a redução nas cotações da gasolina e no diesel nas refinarias anunciada para quarta-feira ocorreu pela variação do câmbio, disse o presidente da companhia, Pedro Parente. A estatal tem praticado desde julho do ano passado reajustes até diários dos combustíveis para seguir as cotações internacionais, mas uma alta nos preços do petróleo neste ano tem levado os preços da gasolina e do diesel às máximas nas refinarias desde o início dessa política. “A redução de hoje é simples de entender, uma redução importante de câmbio ontem… então é prova de que essa política funciona tanto na direção de subir os preços quanto de cair os preços”, disse Parente após a reunião com os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, e de Minas e Energia, Moreira Franco, em Brasília.

…Mas com redução nesta quarta

Mais cedo nesta terça-feira, a Petrobras anunciou que vai reduzir os preços de diesel e gasolina nas refinarias a partir de quarta-feira. Segundo a petroleira, o diesel será reduzido em 1,54%. Já a gasolina diminuirá em 2,08%, para 2,0433 reais por litro, a primeira redução desde 3 de maio. A decisão foi tomada em meio a discussões do governo sobre a alta do preço dos combustíveis, que desencadeou uma paralisação de motoristas de caminhões em 19 estados, na segunda e nesta terça-feira. Nesta terça-feira, caminhoneiros voltaram a bloquear rodovias e o porto de Santos.

A reação do governo

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou na tarde desta terça-feira, 22, pelo Twitter, que o governo vai zerar a Cide sobre a gasolina e o diesel para ajudar a reduzir o preço dos combustíveis no país. Ele também anunciou acordo para destinar 100% dos recursos do projeto da reoneração da folha de pagamento para reduzir o impacto do aumento do diesel. Maia afirmou que as duas medidas foram acertadas por ele e pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, que ainda não se pronunciou sobre o assunto. A diminuição da alíquota da Cide depende apenas de um decreto do presidente Michel Temer para que passe a valer. A medida, porém, só passará a valer três meses após a assinatura do decreto. No entanto, segundo o sindicato da categoria, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) a medida não trará impacto na mobilização da categoria, que deve continuar nesta quarta-feira. Segundo a assessoria de imprensa da instituição afirmou ao Estadão, a Cide representa apenas 1% dos 27% de tributos incidentes no diesel. “Vai reduzir no máximo uns R$ 0,05 do litro do diesel”.

Efeito dominó

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou, nesta terça-feira, que, caso os protestos de caminhoneiros continuem, há risco de falta de produtos para os consumidores. Além da falta de alimentos, a ABPA alertou para o cancelamento de contratos de exportação, e da morte de animais por falta de insumos. Em nota, a Associação afirmou que os bloqueios impedem o transporte de aves e suínos vivos, ração e cargas refrigeradas destinadas ao abastecimento das gôndolas no Brasil ou para exportações, e ainda acrescentou que já há relatos de unidades produtoras com turnos de abates suspensos.

Alta da energia em Minas

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira, uma alta de 23,2% nas tarifas da distribuidora de energia Cemig-D, responsável pelo fornecimento em Minas Gerais. Os clientes residenciais da elétrica, controlada pelo governo do estado, terão aumento de 18,5% nas contas, enquanto os consumidores de alta tensão, como indústrias, terão alta de 35,56%. Também nesta terça, a agência afirmou que está investigando a distribuidora, que é acusada de ter manipulado indicadores de qualidade do serviço. O comentário veio após uma fala do deputado federal Weliton Prado (PROS-MG), que disse ter recebido denúncias anônimas sobre os indicadores que medem a duração e a frequência de interrupções no fornecimento de energia pela empresa. Segundo Prado, a Cemig assinou uma renovação de seu contrato de concessão para a prestação do serviço de distribuição que prevê a possibilidade de perda da concessão no caso de descumprimento por dois anos consecutivos das metas relativas à duração e à frequência de blecautes em sua área de atuação, conhecidos respectivamente como DEC e FEC. A distribuidora mineira falhou em cumprir a meta para o DEC em 2016 e ficou muito pouco acima do mínimo exigido pela Aneel em 2017, segundo o diretor.

Gradual liquidada

O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial da Gradual Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários por “graves violações às normas legais e regulamentares”, informou a autoridade monetária nesta terça-feira 22. Além das violações das normas, o BC disse que o “comprometimento de sua situação econômico-financeira, bem como a existência de prejuízos que sujeitam a risco anormal seus credores, foram as razões que levaram à liquidação da empresa”. Na semana passada, a Gradual anunciou o encerramento de suas atividades na Bolsa e disse que realizaria apenas operações para “zeragem e transferência de posições”. Recentemente, a diretora da corretora, Fernanda Lima, foi alvo de duas operações da Polícia Federal, Papel Fantasma e Encilhamento, que investigam fraudes em fundos de pensão municipais.

Troca de comando

A bolsa de Nova York (NYSE) anunciou nesta terça-feira que o grupo que a administra será dirigido por Stacey Cunningham, a primeira mulher a liderá-lo em mais de 200 anos de história. Cunningham, de 43 anos e desde 1996 no NYSE, substituirá Thomas Farley no comando do Grupo NYSE e se tornará a 67a presidente da companhia. Com a indicação de Cunningham, agora são duas as mulheres no comando das principais bolsas de valores dos Estados Unidos, já que Adena Friedman dirige a Nasdaq desde janeiro de 2017.

Dólar abaixo de R$3,65

O dólar fechou em queda de mais de 1,20% (a 3,6447 reais na venda) pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira, abaixo do patamar de 3,65 reais, em sintonia com o comportamento da cena externa e ainda ecoando a atuação mais firme do Banco Central no mercado de câmbio. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 1% no final da tarde.

Ibovespa em alta

O Ibovespa, principal índice acionário da B3, fechou em alta de 1,13%, a 82.738 pontos. O volume financeiro do pregão somou 14 bilhões de reais. As ações da operadora de logística Rumo registraram a maior alta do dia, subindo 7,04%. Entre as ações que mais subiram nesta terça, também estão as da Cyrela (6,02%), Kroton (5,65%), Localiza (5,65%) e Cemig (5,16%).

Entre os papéis que registraram as maiores quedas, três são de empresas do setor de papel e celulose. A Suzano, com queda de 5,99%, foi a maior baixa do dia. Fibria caiu 2% e Klabin, 1,5%. Completam as maiores baixas, as ações ordinárias da Petrobras (-2,47%) e as preferenciais da Usiminas (1,54%).

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