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Papéis da Petrobras sobem com oferta de ações mais próxima

Aprovação da capitalização pelo Senado eliminou mais uma barreira para a captação gigante da estatal, que visa obter recursos para a exploração do pré-sal

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2010 às 19h45.

São Paulo - As ações da  Petrobras (PETR3) (PETR4) encerraram o pregão da quinta-feira (10) em alta na BM&FBovespa, após a aprovação pelo Senado, na madrugada de hoje, do projeto de lei para a capitalização da petrolífera. Foram por 44 votos a favor, 6 votos contrários e 5 abstenções.

Os papéis preferenciais da estatal, os mais negociados da bolsa brasileira, terminaram o dia com avanço de 1,18%, negociados a 29,90 reais; os ordinárias fecharam em alta de 1,13%, vendidos a 34,94 reais. O projeto de capitalização seguirá agora para sanção direta do presidente Luís Inácio Lula da Silva.

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A oferta, que é prevista para o início de julho, é um dos pontos altos do calendário dos investidores em 2010, e prevê o aumento de capital da empresa por meio da cessão do direitos de exploração de até 5 bilhões de barris de petróleo em áreas não licitadas do pré-sal.  A expectativa é que a capitalização alcance até 50 bilhões de dólares, mas o valor final pode aumentar diante do pedido de autorização aos acionistas para emitir até 150 bilhões de reais em ações.

Mesmo com a reação positiva nos negócios do dia, o movimento das ações estará sujeito a partir de agora aos novos avanços da oferta, uma vez que a aprovação da cessão onerosa e da capitalização já eram aguardadas, diz em relatório a corretora Link Investimentos. "Agora, a atenção dos mercados deverá se voltar para o valor dos barris e o plano de negócios, que deverão ser divulgados nos próximos dias", diz a análise do analista Andrés Kikuchi. A corretora mantém o rating de outperform para as ações da companhia.

Banco do Brasil é coordenador

Na tarde desta quinta-feira, a Petrobras divulgou ainda em comunicado a escolha do Banco do Brasil como coordenador de varejo da oferta. A estatal já havia anunciado os bancos Bank of America Merryl Linch, Bradesco BBI, Citigroup, Itaú-BBA, Morgan Stanley e Santander como coordenadores globais do processo.

Diante de umas maiores ofertas já realizadas em todo o mundo, a expectativa dos mercados se volta para a condução dos termos e o detalhamento do processo pelo governo. Já é quase consenso, porém, a atratividade das ações, cujo preço é destacado pelos analistas. O primeiro passo para a precificação será dado no dia 22 de junho, quando uma assembleia extraordinária irá aprovar o volume financeiro final a ser incorporado.

Outro ponto de destaque é a definição de quanto os investidores que já detêm papéis da empresa terão de capitalizar para não serem diluídos - serão necessários por volta de 30% a mais das suas atuais posições para manter a proporção da estrutura acionária, mostra relatório divulgado pela corretora Socopa e assinado pelo analista Osmar Camilo.

Com a nova oferta, a petrolífera planeja aumentar sua capacidade de alavancagem e captar investimentos para um ambicioso plano de negócios que prevê injeção entre US$ 200 bilhões e US$ 220 bilhões no período entre 2010 e 2014. A aprovação ajudou a esquentar o Ibovespa, que fechou em alta de 2,36%, aos 62.929 pontos.

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