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Mercado local espera Copom; balanços minam bolsas

São Paulo  - A decisão do juro básico brasileiro concentrou as atenções de investidores locais nesta quarta-feira, enquanto nos Estados Unidos balanços aquém do esperado derrubaram as bolsas de valores. O mercado de DI voltou a registrar aumento de prêmio nos vencimentos mais curtos, em meio à expectativa de que o Comitê de Política Monetária […]

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2011 às 19h01.

São Paulo  - A decisão do juro básico brasileiro concentrou as atenções de investidores locais nesta quarta-feira, enquanto nos Estados Unidos balanços aquém do esperado derrubaram as bolsas de valores.

O mercado de DI voltou a registrar aumento de prêmio nos vencimentos mais curtos, em meio à expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve a Selic em 0,5 ponto percentual. Há, contudo, aqueles que apostam num acréscimo maior, de até 0,75 ponto.

De todo modo, os juros futuros na quinta-feira devem passar por ajustes, como costuma ocorrer um dia após o anúncio da decisão sobre a Selic.

Até mesmo o dólar pode experimentar queda nos próximos dias, caso o Banco Central surpreenda com um aperto maior. Nesta sessão, a moeda fechou com leve baixa, acompanhando o rali do euro, que atingia a máxima em oito semanas ante a moeda norte-americana diante de esperanças de uma resolução para a crise de dívida na Europa.

Notícias de que a Alemanha estaria trabalhando em planos de contigenciamento para o caso de um default grego também ajudaram o euro, com investidores entendendo a ação como mais um esforço para sanar os problemas na região.

O clima entre as bolsas, contudo, não foi dos melhores. A decepção com os lucros trimestrais de Goldman Sachs e Wells Fargo esfriou o otimismo com relação aos balanços do setor financeiro, o que conduziu o índice Standard and Poor's 500 da Bolsa de Nova York à maior queda em quase dois meses.

A debilidade de Wall Street contaminou o Ibovespa, que por pouco não fechou abaixo dos 70 mil pontos. Mais cedo, o principal índice de ações da Europa <.FTEU3> terminara com recuo de 1,3 por cento, afastando-se da máxima em 28 meses alcançada na véspera. O mercado de commodities <.CRB> seguiu o mau desempenho das ações, levando o petróleo ao vermelho.

A agenda macroeconômica foi fraca em todo o mundo. No Brasil, os agentes souberam que a inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) desacelerou a 0,63 por cento na segunda prévia de janeiro, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) [ID:nN19192101].

Já o Banco Central informou que a entrada de dólares no país alcançou 5,185 bilhões de dólares nas duas primeiras semanas de janeiro, período em que a liquidação de compras de moeda estrangeira pela autoridade monetária atingiu 2,291 bilhões de dólares [ID:nN19222443].

Nos EUA, o início de construção de moradias caiu à taxa anual de 529 mil unidades, informou o Departamento de Comércio nesta quarta-feira, bem abaixo da taxa de 553 mil registrada em novembro e da previsão de 550 mil de uma pesquisa da Reuters [ID:nN19239586].

Na quinta-feira, a pauta doméstica reserva os números da arrecadação federal de dezembro, bem como indicadores da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

No exterior, a agenda é mais carregada. Merecem atenção uma série de indicadores nos EUA --como auxílio-desemprego e vendas de casas usadas--, a confiança do consumidor na zona do euro e dados de preços na Alemanha e China. O mercado conhecerá ainda o Produto Interno Bruto (PIB) e a produção industrial chineses de 2010.

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