DIs e Bovespa caem após ata; NY sobe com balanços
São Paulo - Os ativos domésticos se desvalorizaram nesta quinta-feira, em dia de agenda cheia que contou com a piora na avaliação do Banco Central sobre as perspectivas inflacionárias. Pela manhã, o Banco Central divulgou a ata da reunião da semana passada, no qual a Selic foi elevada em 0,5 ponto para 11,25 por cento. […]
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2011 às 18h49.
São Paulo - Os ativos domésticos se desvalorizaram nesta quinta-feira, em dia de agenda cheia que contou com a piora na avaliação do Banco Central sobre as perspectivas inflacionárias.
Pela manhã, o Banco Central divulgou a ata da reunião da semana passada, no qual a Selic foi elevada em 0,5 ponto para 11,25 por cento. No documento, o BC destacou os riscos do descompasso entre oferta e demanda, apontou um alto grau de incerteza à frente e lembrou que ainda serão sentidos impactos das medidas macroprudenciais adotadas em 2010 [ID:nN27238022].
O documento, contudo, não sinalizou uma aceleração do ritmo de aperto monetário mais forte nas próximas reuniões, o que favoreceu alívio nos DIs mais curtos.
Os investidores também souberam que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo acelerou a 1,03 por cento na terceira quadrissemana de janeiro, segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) [ID:nN27228634].
Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reportou que a taxa de desemprego caiu para 5,3 por cento em dezembro, menor nível da série histórica, iniciada em 2002 [ID:nN27179721].
No mercado de câmbio, os agentes repercutiram o anúncio surpresa de leilão de swap cambial reverso. A operação abriu espaço para que o dólar subisse frente ao real, após dias de pouca oscilação mesmo com o reforço das atuações do governo sobre o segmento [ID:nN27209210].
A Bovespa seguiu descolada das bolsas de valores internacionais e marcou nova baixa. Segundo profissionais do mercado, a saída de estrangeiros associada às incertezas nos planos monetário e fiscal continuou pesando nos negócios.
No exterior, os agentes se dividiram entre o otimismo com a safra de balanços corporativos nos EUA e as preocupações envolvendo dívida soberana, mas desta vez no Japão. A agência de classificação de risco Standard and Poor's cortou o rating japonês de longo prazo para "AA-", levantando temores de reduções em outras nações desenvolvidas.
Nas bolsas globais, a europeia <.FTEU3> fechou valorizada, na expectativa pelo balanço do Santander . O tom em Wall Street também era positivo pouco antes do encerramento, com os índices ainda nas máximas em 29 meses após a Caterpillar divulgar lucro trimestral acima do esperado.
O viés positivo permaneceu mesmo após a divulgação de que os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA aumentaram em 51 mil na semana passada, totalizando 454 mil com ajustes sazonais, o maior nível desde fim de outubro. O número pressionou os preços do petróleo, cujo barril terminou em baixa em Nova York.