SÃO PAULO, 22 de outubro (Reuters) - A semana termina com
a reunião dos líderes de Finanças do G20 em Gyeongju, na Coreia
do Sul, no centro das atenções, embora muitos investidores
duvidem que o encontro que começa nesta sexta-feira conseguirá
um progresso significativo no que diz respeito a questão da
desvalorização cambial.

Em carta aos ministros de Finanças do grupo, o secretário
do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner disse que as
nações do G20 deveriam se abster de políticas cambiais visando
ganho de competitividade e mirar conter os desequilíbrios
comerciais. O Canadá apoiou tal documento.

Mas economias em desenvolvimento como a China podem reagir
friamente à ideia de deixar suas moedas valorizarem em um
cenário no qual o Federal Reserve está discutindo uma nova
rodada de "quantitative easing".

De acordo com o vice-ministro de Finanças russo, o esboço
do comunicado do G20 pede que se evite interferência estatal
excessiva no câmbio.

No mercado de câmbio internacional, o dólar mostrava
tendência indefinida nesta sessão, tendo situado-se já tanto em
terreno positivo como negativo. Pela manhã, a divisa
norte-americana subia apenas 0,08 ante uma cesta com as
principais moedas globais.

O euro também se mostrava volátil e cedia 0,05 por cento,
a 1,3918 dólar. No caso da divisa japonesa, o dólar recuava
0,17 por cento, a 81,20 ienes.

As praças acionárias externas sustentavam um viés negativo,
embora sem oscilações expressivas. O índice MSCI para ações
globais cedia 0,28 por cento, enquanto o para
ações emergentes recuava 0,32 por cento.

Na Ásia, o Nikkei conseguiu encerrar a jornada com
alta de 0,54 por cento em meio à zeragem de posições vendidas.
A safra de balanços em andamento no Japão também ajudou, com
investidores comprando ações de empresas que apresentaram
perspectivas de ganhos acima do esperado, como a Hitachi Ltd.

O índice da bolsa de Xangai , por sua vez, encerrou
em baixa de 0,28 por cento, ainda sobe efeito da cautela ante
eventuais novas medidas de aperto monetário na China.

Na Europa, as perdas também prevaleciam e o FTSEurofirst
300 recuava 0,37 por cento, após fechar na máxima em
seis meses na véspera, com resultados corporativos
proporcionando algum suporte, como o da Ericsson, que
apresentou números superior às expectativas.

Em Nova York, os futuros acionários sinalizavam uma
abertura também fraca, com o contrato futuro do S&P 500 registrando perda de 0,90 ponto, em uma jornada vazia de
indicadores econômicos.

Nesse cenário, o petróleo avançava 0,77 por cento, a 81,18
dólares o barril, nas operações eletrônicas em Nova York.

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Veja como terminaram os principais mercados na
quinta-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1696 real, em alta de 1,25 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa recuou 1,07 por cento, para 69.652 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 7,33 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros cedeu 1,61 por
cento, a 35.286 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,34 por cento ao ano no call
das 16h, ante 11,27 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3917 dólar, ante
1,3964 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
mostrava estabilidade em 139,813 por cento do valor de face,
oferecendo rendimento de 2,222 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 3 pontos, a 184 pontos-básicos. O EMBI+
recuava 8 pontos, a 256 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones avançou 0,35 por cento, para
11.146 pontos. O Nasdaq teve oscilação positiva de 0,09
por cento, para 2.459 pontos. O índice S&P 500 ganhou
0,18 por cento, para 1.180 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
perdeu 1,98 dólar, ou 2,4 por cento, a 80,56 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, cedia, oferecendo rendimento de 2,54 por
cento ante 2,48 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Paula Arend Laier; Edição de Vanessa
Stelzer)