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PANORAMA1-Exterior segue no foco, mas Panamericano chama atenção

SÃO PAULO, 10 de novembro (Reuters) - O quadro externo segue no radar e como principal influência para o mercado financeiro brasileiro, mas o aporte de 2,5 bilhões de reais no banco Panamericano anunciado no início da noite de terça-feira deve repercutir nas mesas de operações nesta sessão, após uma onda de rumores na véspera. […]

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2010 às 07h21.

SÃO PAULO, 10 de novembro (Reuters) - O quadro externo
segue no radar e como principal influência para o mercado
financeiro brasileiro, mas o aporte de 2,5 bilhões de reais no
banco Panamericano anunciado no início da noite de terça-feira
deve repercutir nas mesas de operações nesta sessão, após uma
onda de rumores na véspera.

De acordo com o comunicado enviado pelo banco à CVM, os
recursos foram obtidos mediante operação financeira contratada
com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), integralmente
garantida por bens do patrimônio empresarial do Grupo Silvio
Santos --responsável pelo aporte.

O montante é bastante superior ao patrimônio líquido e ao
valor de mercado da instituição, ambos ao redor de 1,6 bilhão
de reais, de acordo com cálculos de uma analista que pediu
anonimato. A diretoria também foi modificada.

As ações preferenciais do Panamericano se desvalorizaram em
quase 25 por cento desde meados de outubro, tendo recuado 6,75
por cento apenas na terça-feira. Um operador descarta um efeito
maior sobre o mercado com um todo, pois o risco sistêmico fora
eliminado. A conferir o impacto nas ações do banco e do setor.

Ainda no Brasil, a inflação destaca-se na pauta
macroeconômica, enquanto a cena corporativa inclui os
resultados trimestrais de Vivo (se vc puder colocar o código),
Pão de Açúcar, CPFL Energia, Light, Ultrapar, MRV Engenharia e
Telesp.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo subiu
0,97 por cento na primeira quadrissemna de novembro, ante 1,04
por cento em outubro, informou a Fipe. O resultado ficou em
linha com o esperado.

No exterior, notícias da China ocupam os holofotes, mas a
reunião dos líderes do G20 nesta semana na Coreia do Sul
permanece no foco. Também persiste alguma preocupação com o
tamanho do custo de proteção para dívidas soberanas de países
periféricos da Europa.

No segmento de moedas, o índice DXY, que mede o valor do
dólar ante uma cesta de divisas globais, seguia em alta, de 0,2
por cento às 8h20, embora o euro apresentasse alguma reação,
com acréscimo de 0,17 por cento, a 1,3800 dólar. No caso do
iene, o dólar oscilava ao redor da estabilidade, a 81,73
ienes.

O petróleo também recuperava-se nesta sessão, com
valorização de 0,14 por cento, a 86,84 dólares, nas operações
eletrônicas em Nova York.

As praças acionárias, por sua vez, não assumiam um viés
único. Na Ásia, o Nikkei encerrou com ganho de 1,40 por cento
com o fortalecimento do dólar beneficiando exportadoras, mas o
índice da bolsa de Xangai cedeu 0,63 por cento após o governo
chinês elevar o compulsório dos grandes bancos.

Na Europa, o FTSEurofirst 300 cedia 0,42 por cento,
enquanto o contrato futuro do S&P-500 registrava variação
positiva de 0,03 por cento --0,4 ponto-- nos Estados Unidos. A
agenda de indicadores norte-americana não é pequena nesta
sessão, incluindo dados de orçamento, comércio exterior e
emprego.

O índice MSCI para ações globais declinava 0,44 por cento,
enquanto para ações emergentes recuava apenas 0,24 por cento. O
índice MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do
Japão perdia 0,6 por cento.

Veja como fecharam os principais mercados nesta
terça-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,699 real, estável frente ao fechamento
anterior.

BOVESPA

O Ibovespa recuou 1,35 por cento, para 71.679 pontos. O
volume financeiro na bolsa era de 6,82 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros cedia 2,83 por
cento perto do fechamento, a 36.289 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,49 por cento ao ano, ante
11,42 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3753 dólar,
ante 1,3921 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, caía a 139,750 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,158 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil tinha queda de 9 pontos, para 171
pontos-básicos. O EMBI+ retrocedia 8 pontos, a 230
pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones perdia 0,87 por cento, a 11.308
pontos minutos antes do fim do pregão; o S&P 500 recuava
1,17 por cento, para 1.208 pontos, e o Nasdaq caía 1,02
por cento, a 2.553 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
perdeu 0,34 dólar, ou 0,39 por cento, a 86,72 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, cedia, oferecendo rendimento de 2,66 por
cento ante 2,56 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por Paula Laier; Edição de Silvio Cascione)

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