Egito ainda preocupa; cena local traz dados fiscais
SÃO PAULO - Números sobre o desempenho fiscal do setor público brasileiro em dezembro e 2010 merecem atenção de investidores do mercado local nesta segunda-feira, enquanto a agenda externa destaca dados de consumo e renda dos norte-americanos no último mês do ano passado. Mas risco de os protestos no Egito --onde já morreram mais de […]
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2011 às 09h22.
SÃO PAULO - Números sobre o desempenho fiscal do setor público brasileiro em dezembro e 2010 merecem atenção de investidores do mercado local nesta segunda-feira, enquanto a agenda externa destaca dados de consumo e renda dos norte-americanos no último mês do ano passado.
Mas risco de os protestos no Egito --onde já morreram mais de 100 pessoas-- se espalharem por outros países próximos no Oriente Médio ou afetarem o transporte de petróleo pelo Canal de Suez, que é controlado pelo Egito, mantinha agentes preocupados.
A Moody's, que rebaixou o rating do Egito de Ba2 para Ba1 e a perspectiva da nota de estável para negativa, disse que o cenário para o país se tornou ainda mais incerto. "Os principais gatilhos para o rebaixamento foram o rápido aumento do risco político e as potenciais consequências fiscais. As finanças públicas do Egito já estão mais fracas do que seus pares Ba", disse Tristan Cooper, analista-chefe para o Oriente Médio da Moody's.
Em Londres, o contrato de Brent para março aproximou-se de 100 dólares mais cedo, mas reverteu e cedia 0,24 por cento, a 99,16 dólares, enquanto o petróleo negociado nas operações eletrônicas em Nova York ainda valorizava-se 0,75 dólar, a 90,08 dólares.
No segmento acionário, índice MSCI para ações globais recuava 0,41 por cento e o para ações emergentes caía 0,84 por cento às 7h48. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão perdia 0,96 por cento.
Em Tóquio, o Nikkei fechou com declínio de 1,18 por cento, mas o índice da bolsa de Xangai avançou 1,38 por cento, apesar da proximidade do feriado em razão das comemorações do Ano Novo chinês e promessas de mais aperto monetário.
Na Europa, o FTSEurofirst 300 recuava 0,65 por cento, enquanto o futuro do S&P 500 nos Estados Unidos registrava decréscimo de 1,3 ponto.
Entre as moedas, o índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais, desvalorizava-se 0,10 por cento, enquanto o euro era negociado a 1,3638 dólar ante 1,3613 dólar na sexta-feira. Ante o iene, o dólar marcava 82,21 ienes ante 82,10 ienes no último pregão.
Veja a variação dos principais mercados na sexta-feira:
CÂMBIO
O dólar terminou a 1,685 real, em alta de 0,36 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa caiu 1,99 por cento, para 66.697 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 7,59 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros recuava 2,07 por cento, a 35.012 pontos.
JUROS
No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,41 por cento ao ano, ante 12,46 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3604 dólar, ante 1,3726 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, cedia a 134,875 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,774 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil subia 10 pontos, para 185 pontos-básicos. O EMBI+ avançava 12 pontos, a 258 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones perdia 1,35 por cento, a 11.827 pontos; o S&P 500 recuava 2,43 por cento, a 2.688 pontos, e o Nasdaq caía 1,74 por cento, a 1.276 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo avançou 3,70 dólares, ou 4,32 por cento, a 89,34 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 3,3292 por cento ante 3,389 por cento no fechamento anterior.