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BC decide juro no Brasil; petróleo ainda preocupa

São Paulo - A comunicação do Banco Central será colocada à prova nesta quarta-feira, quando o Copom anuncia após encontro de dois dias sua decisão para a taxa Selic, atualmente em 11,25 por cento ao ano. Nos documentos que se seguiram à reunião anterior, a indicação foi de que o processo de ajuste seria contínuo, […]

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 08h37.

São Paulo - A comunicação do Banco Central será colocada à prova nesta quarta-feira, quando o Copom anuncia após encontro de dois dias sua decisão para a taxa Selic, atualmente em 11,25 por cento ao ano. Nos documentos que se seguiram à reunião anterior, a indicação foi de que o processo de ajuste seria contínuo, o que levou agentes a entenderem que uma nova alta de 0,50 ponto percentual seria aplicada este mês.

Desde janeiro, contudo, a persistente deterioração nas expectativas de inflação no mercado financeiro e um ajuste fiscal considerado conservador abriram espaço para mudanças em algumas apostas, bem como projeções. Pesquisa da Reuters realizada na véspera registrou o abandono do consenso na elevação do juro para 11,75 por cento. Resta saber se o BC buscará acalmar a parcela mais preocupada no mercado --e agir diferentemente do que sinalizou-- ou se seguirá o rito.

Para analistas do Banco Modal, que preveem elevação de 0,50 p.p., a instituição "torce por uma janela de oportunidade que se abriria já agora em março, com dados mais fracos de atividade, em conjunto com uma desaceleração na inflação mês a mês, dados de crédito também mais fracos e contas fiscais mostrando desaceleração dos gastos".

Antes da decisão, prevista apenas para depois do fechamento do mercado brasileiro, o foco deve ficar sobre o desempenho de janeiro da produção industrial brasileira. As medianas das projeções apuradas pela Reuters apontam queda de 0,4 por cento ante dezembro e avanço de 1,5 por cento na comparação com um ano antes. Em dezembro, houve retração de 0,7 por cento e de 2,7 por cento, respectivamente.

No exterior, preocupações de que a agitação política no Oriente Médio e Norte da África mantenham os preços do petróleo elevados e atrapalhem a recuperação econômica global continuavam abatendo os mercados acionários. O MSCI para ações globais <.MIWD00000PUS> cedia 0,5 por cento e para emergentes <.MSCIEF> 0,4 por cento às 7h50. O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão <.MIAPJ0000PUS> caía 0,82 por cento.

Na Europa, o FTSEurofirst 300 <.FTEU3> perdia 0,92 por cento, com ações de empresas automobilísticas e aéreas entre as maiores baixas. Na contramão, o contrato futuro do norte-americano S&P-500 aumentava 0,07 por cento --0,90 ponto. Na Ásia, o Nikkei <.N225> fechou em queda de 2,43 por cento e o índice da bolsa de Xangai <.SSEC> recuou 0,18 por cento.

A escalada da tensão na Líbia e temores sobre um eventual espalhamento para a Arábia Saudita sustentaram o petróleo em alta mais cedo, mas o avanço era abrandado, com a commodity subindo apenas 0,39 por cento, a 100,02 dólares, nas operações eletrônicas de Nova York. Em Londres, o Brent oscilava ao redor da estabilidade, a 115,40 dólares, após alcançar 116,36 dólares na máxima até o momento.

No segmento cambial, as variações eram pequenas. O índice DXY <.DXY>, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais moedas globais, cedia 0,31 por cento. O euro valorizava-se 0,37 por cento, a 1,3826 dólar. Ante a divisa japonesa , o dólar apreciava-se 0,12 por cento, a 81,97 ienes.

De volta ao mercado local, a cena corporativa destaca o resultado da ALL para o quarto trimestre de 2010. A empresa de logística divulgou lucro líquido de 16,9 milhões de reais nos últimos três meses do ano passado. Após o encerramento, a CAB Ambiental divulga a precificação de seu IPO.

Veja a agenda com os principais indicadores desta quarta-feira [ID: nN02154841]

Veja a variação dos principais mercados na terça-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,664 real, com variação positiva de 0,06 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP>

O Ibovespa caiu 1,69 por cento, para 66.242 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 6,04 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS <.BR20>

O índice dos principais ADRs brasileiros recuou 1,25 por cento, a 35.882 pontos.

JUROS <0#2DIJ:>

No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,50 por cento ao ano, ante 12,54 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3773 dólar, ante 1,3801 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 134,625 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,695 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS <11EMJ>

O risco Brasil caía 3 pontos, para 173 pontos-básicos. O EMBI+ cedia 2 pontos, a 270 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones <.DJI> recuou 1,38 por cento, a 12.058 pontos; o S&P 500 <.SPX> retrocedeu 1,57 por cento, a 1.306 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> perdeu 1,61 por cento, a 2.737 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo avançou 2,66 dólares, ou 2,74 por cento, a 99,63 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 3,3976 por cento ante 3,422 por cento no fechamento anterior.

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