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Ouro fecha em alta de 0,86%, mas cai 2,17% na semana

Metal havia registrado menor preço de fechamento em quatro meses na quinta-feira


	Contrato mais negociado do metal registrou ganho de 0,86% nesta sexta-feira
 (AFP)

Contrato mais negociado do metal registrou ganho de 0,86% nesta sexta-feira (AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 17h29.

Nova York - Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam em alta nesta sexta-feira, se recuperando após perdas recentes. Além disso, alguns investidores compraram o metal em busca de um "porto seguro", em meio ao impasse nas negociações entre o Congresso dos Estados Unidos e a Casa Branca para evitar o chamado abismo fiscal.

O contrato de ouro mais negociado, com entrega para fevereiro, ganhou US$ 14,20 (0,86%), fechando a US$ 1.660,10 a onça-troy. Mesmo assim, na semana, o metal teve queda de 2,17%.

A alta do ouro nesta sessão acontece após o metal fechar na véspera no menor nível em quase quatro meses, pressionado pelos receios com o abismo fiscal - uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos programada para entrar em vigor no começo do ano que vem. Dentre outras coisas, as medidas incluem impostos maiores para os lucros obtidos com fundos de índices (ETF, na sigla em inglês) de ouro, lucros com a negociação de barras físicas de ouro e lucros com investimentos em geral.

Mas nesta sexta-feira, em meio à forte queda das Bolsas, alguns investidores voltaram a considerar o ouro um "porto seguro". Além disso, alguns bancos centrais aumentaram seus estoques de ouro recentemente. No caso do Brasil, por exemplo, os estoques do BC dobraram nos últimos três meses, segundo dados compilados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Em novembro, o BC brasileiro comprou 472 mil onça-troy de ouro, enquanto a Rússia comprou 92 mil onça-troy e a Bielo-Rússia, 45 mil onça-troy.

Os bancos centrais de países emergentes têm aumentado seus estoques de ouro nos últimos dois anos, em um esforço para diversificar suas reservas cambiais, já que crises nos EUA e na Europa têm pressionado moedas tradicionais, como o dólar e o euro. No terceiro trimestre deste ano, as compras por bancos centrais responderam por quase 9% da demanda global, segundo o Conselho Mundial do Ouro. As informações são da Dow Jones.

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