Exame Logo

Orçamento adia perda no rating da Moody's, diz pesquisadora

Segundo a pesquisadora Monica de Bolle, o corte de R$ 26 bilhões do Orçamento de 2016 adia a perda de grau de investimento do Brasil pela Moody's

Moody's: segundo a pesquisadora, a agência deverá esperar para verificar a sua implementação antes de tomar alguma decisão sobre o rating do país (REUTERS/Brendan McDermid)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2015 às 18h24.

São Paulo - O corte de R$ 26 bilhões do Orçamento para 2016 adia temporariamente a perda de grau de investimento do Brasil concedido pela Moody's , comentou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Monica de Bolle, pesquisadora do Instituto Peterson para Economia Internacional.

"A Moody's acabou de reduzir a nota do Brasil (em agosto) e com essas medidas de diminuição de despesas a agência deverá esperar um pouco para verificar a sua implementação antes de tomar alguma decisão sobre o rating do País", comentou.

"No caso da Fitch, não sei o que vai ocorrer. A agência está muito quietinha."

Na avaliação de Monica, a redução de despesas, sobretudo no programa Minha Casa, Minha Vida, deve gerar "fortes ruídos políticos", especialmente junto à base popular de apoio político à presidente Dilma Rousseff.

"Diante das atuais condições das finanças do País, os cortes de despesas anunciados eram inevitáveis. Mas são apenas tapa-buraco para as contas públicas de 2016", comentou a pesquisadora.

"As reduções de gastos deveriam também envolver medidas para diminuir o déficit da Previdência Social, onde está o principal problema fiscal do Brasil", ponderou.

"É positivo o governo buscar a meta de 0,7% do PIB de superávit primário para o próximo ano. Mas é preciso bem mais que isso. É fundamental anunciar uma estratégia de médio prazo para o ajuste fiscal."

Veja também

São Paulo - O corte de R$ 26 bilhões do Orçamento para 2016 adia temporariamente a perda de grau de investimento do Brasil concedido pela Moody's , comentou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Monica de Bolle, pesquisadora do Instituto Peterson para Economia Internacional.

"A Moody's acabou de reduzir a nota do Brasil (em agosto) e com essas medidas de diminuição de despesas a agência deverá esperar um pouco para verificar a sua implementação antes de tomar alguma decisão sobre o rating do País", comentou.

"No caso da Fitch, não sei o que vai ocorrer. A agência está muito quietinha."

Na avaliação de Monica, a redução de despesas, sobretudo no programa Minha Casa, Minha Vida, deve gerar "fortes ruídos políticos", especialmente junto à base popular de apoio político à presidente Dilma Rousseff.

"Diante das atuais condições das finanças do País, os cortes de despesas anunciados eram inevitáveis. Mas são apenas tapa-buraco para as contas públicas de 2016", comentou a pesquisadora.

"As reduções de gastos deveriam também envolver medidas para diminuir o déficit da Previdência Social, onde está o principal problema fiscal do Brasil", ponderou.

"É positivo o governo buscar a meta de 0,7% do PIB de superávit primário para o próximo ano. Mas é preciso bem mais que isso. É fundamental anunciar uma estratégia de médio prazo para o ajuste fiscal."

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingCrise econômicaeconomia-brasileiraMercado financeiroMoody'sOrçamento federalRating

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame