O que esperar da Petrobras na Bovespa em 2014?
O ano será difícil para a Petrobras, mais difícil que o atual, segundo estrategista da Santander Corretora
Da Redação
Publicado em 27 de dezembro de 2013 às 05h12.
São Paulo – Em 2014, a Petrobras ( PETR3; PETR4 ) seguirá na linha de frente do Ibovespa . A empresa terá o maior peso no índice, de acordo com as prévias divulgadas. Tendo em vista tudo que a estatal passou em 2013 – e que no próximo ano serão realizadas eleições presidenciais – o que esperar da Petrobras no ano que vem?
“2014 será um ano difícil para a Petrobras, mais difícil que o atual”, afirmou Leonardo Milane, estrategista da Santander Corretora.
Em 2013, a petroleira teve que lidar com o tema do aumento do preço de combustíveis e do repasse dos gastos mais elevados com a importação, em decorrência da taxa de câmbio. A estatal até chegou a divulgar uma nova metodologia de preços, sem maiores detalhes, no entanto, e sem agradar tanto assim o mercado. No primeiro pregão após a novidade, a empresa teve queda recorde.
A recomendação da Santander Corretora é ficar fora do papel. “Seja por falta de governança, já que a empresa decidiu não divulgar a metodologia de reajuste automático, seja pela importação de combustível a preço mais caro do que ela vende aqui, o que acaba queimando caixa, seja pelos investimentos cavalares no pré-sal, ainda sem o mesmo retorno, com endividamento aumentando”, listou o estrategista, entre motivos.
A recomendação de André Moraes, analista do Rico, home broker da Octo Investimentos, também é ficar fora de Petrobras “até falarem como serão os reajuste de gasolina e diesel em 2014”.
Já a recomendação do Citi para a Petrobras é neutra, segundo relatório da metade do mês, assinado por Pedro Medeiros e Fernando Valle.
Os comentários da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. durante reunião mudaram a opinião do Citi, que passou a ver uma probabilidade maior de os aumentos de preços em 2014 e 2015 serem mais frequentes do que a expectativa de dois aumentos ao ano, talvez com uma alta já no primeiro trimestre.
Após a reunião, o Citi também passou a acreditar que a estatal deve conseguir manter os preços dos combustíveis acima dos preços internacionais se os preços do petróleo bruto caírem. “Isso faz das ações uma aposta relativa interessante no setor de petróleo para fundos de investimento globais”, afirma o material.
Para Ricardo Amorim, economista e presidente da Ricam Consultoria, a Petrobras tem dois problemas: a ingerência estatal e a precificação, mas é uma das ações que está muito barata atualmente em relação a seus preços históricos, mesmo levando em consideração a perda de rentabilidade.
“Em algum momento vamos vê-la ter desempenho positivo. O que joga contra 2014 é esperar mudanças do governo em ano eleitoral, o que é pouco provável”, afirmou.
O orçamento será essencial para as perspectivas de alavancagem e para a credibilidade da diretoria, segundo o Citi. O banco acredita que a empresa continuará sua nova grande campanha de elevação da dívida em 2014, mas esse será provavelmente o último ano.
“Essa é uma mensagem positiva, se os investimentos em 2014 continuarem em linha com os de 2013 e não forem acrescentadas novas refinarias ao plano de 2014 a 2018”, afirma o relatório.
São Paulo – Em 2014, a Petrobras ( PETR3; PETR4 ) seguirá na linha de frente do Ibovespa . A empresa terá o maior peso no índice, de acordo com as prévias divulgadas. Tendo em vista tudo que a estatal passou em 2013 – e que no próximo ano serão realizadas eleições presidenciais – o que esperar da Petrobras no ano que vem?
“2014 será um ano difícil para a Petrobras, mais difícil que o atual”, afirmou Leonardo Milane, estrategista da Santander Corretora.
Em 2013, a petroleira teve que lidar com o tema do aumento do preço de combustíveis e do repasse dos gastos mais elevados com a importação, em decorrência da taxa de câmbio. A estatal até chegou a divulgar uma nova metodologia de preços, sem maiores detalhes, no entanto, e sem agradar tanto assim o mercado. No primeiro pregão após a novidade, a empresa teve queda recorde.
A recomendação da Santander Corretora é ficar fora do papel. “Seja por falta de governança, já que a empresa decidiu não divulgar a metodologia de reajuste automático, seja pela importação de combustível a preço mais caro do que ela vende aqui, o que acaba queimando caixa, seja pelos investimentos cavalares no pré-sal, ainda sem o mesmo retorno, com endividamento aumentando”, listou o estrategista, entre motivos.
A recomendação de André Moraes, analista do Rico, home broker da Octo Investimentos, também é ficar fora de Petrobras “até falarem como serão os reajuste de gasolina e diesel em 2014”.
Já a recomendação do Citi para a Petrobras é neutra, segundo relatório da metade do mês, assinado por Pedro Medeiros e Fernando Valle.
Os comentários da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. durante reunião mudaram a opinião do Citi, que passou a ver uma probabilidade maior de os aumentos de preços em 2014 e 2015 serem mais frequentes do que a expectativa de dois aumentos ao ano, talvez com uma alta já no primeiro trimestre.
Após a reunião, o Citi também passou a acreditar que a estatal deve conseguir manter os preços dos combustíveis acima dos preços internacionais se os preços do petróleo bruto caírem. “Isso faz das ações uma aposta relativa interessante no setor de petróleo para fundos de investimento globais”, afirma o material.
Para Ricardo Amorim, economista e presidente da Ricam Consultoria, a Petrobras tem dois problemas: a ingerência estatal e a precificação, mas é uma das ações que está muito barata atualmente em relação a seus preços históricos, mesmo levando em consideração a perda de rentabilidade.
“Em algum momento vamos vê-la ter desempenho positivo. O que joga contra 2014 é esperar mudanças do governo em ano eleitoral, o que é pouco provável”, afirmou.
O orçamento será essencial para as perspectivas de alavancagem e para a credibilidade da diretoria, segundo o Citi. O banco acredita que a empresa continuará sua nova grande campanha de elevação da dívida em 2014, mas esse será provavelmente o último ano.
“Essa é uma mensagem positiva, se os investimentos em 2014 continuarem em linha com os de 2013 e não forem acrescentadas novas refinarias ao plano de 2014 a 2018”, afirma o relatório.